INTRODUÇÃO E AS CHAVES DE INTERPRETAÇÃO
Lição 1
Leitura: I Pe 1.3-12
Versículo para Memorizar: Ap. 19.10, “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.”
Introdução
A palavra “escatologia” significa: [Do gr. eschatos, 'último', 'extremo', 'final' + -logia, discurso, ciência, estudo.] S. f. 1. Doutrina sobre a consumação do tempo e da história. 2. Tratado sobre os fins últimos do homem (Dicionário Aurélio Eletrônico - Século XXI ver. 3.0, nov 1999).
Deus age com ordem, e deseja que façamos tudo decentemente e com ordem (I Co 14.40). Creio ser proveitoso promover algumas chaves importantes para interpretar o que a Bíblia diz sobre o assunto de escatologia. Se mergulhássemos neste assunto sem regra fixa que nos orientássemos, ficaríamos como uma folha seca levada a todo lugar pelo vento (Sl. 1.4; Mt 7.26,27; Ef 4.14), ou seja, ficaríamos instáveis, sem segurança na fé, impossibilitados de ensinar a outros e sem a consolação que essa doutrina traz manejada corretamente (I Ts 4.18, “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”). Essa ordem é uma infraestrutura sólida que possibilita o Cristão exercitar os seus sentidos de discernimento e, assim, se aperfeiçoa para toda boa obra (Hb 5.14-6.1; II Tm 3.16-17; I Pe 2.2; Tg 1.25).
Desde que Deus não encobriu muitos fatos da escatologia, os revelando na Sua Palavra, são para nós e os nossos filhos para sempre (Dt 29.29). Essas verdades contidas nas Escrituras estão descobertas para nosso ensino e para nossa consolação (Rm 15.4). Portanto, Deus não nos deu essas verdades eternas para serem interpretadas de qualquer forma (II Pe 1.20). Se a interpretação das verdades da Palavra de Deus gera confusão e insegurança; gera falta de crescimento à imagem de Cristo, ou posiciona a bíblia contra si mesma podemos estar confiantes que tal interpretação não é de Deus (I Co 14.33, “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.”).
Gostaria de propor sete regras para lembrarmos durante a nossa busca de entendimento sobre a doutrina das “últimas coisas”. Tendo essas chaves para nos nortear, creio que amadureceremos para a glória de Deus.
Sete Chaves de Interpretação da Profecia Bíblica
1. Iluminação do Espírito Santo é Necessária – Jo 16.13-14, “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar.” É essencial a obra do Espírito Santo em qualquer estudo bíblico. Como podemos esperar entender a verdade sem O Guia em toda a verdade? Como entendemos as coisas de homem pelo espírito do homem, sabemos exclusivamente as coisas de Deus pelo o Espírito de Deus (I Co 2.11, “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus”). Portanto: “Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei.”, Sl 119.18.
2. Literalidade em Primeiro Lugar – Dt 29.29, “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.”; “Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.”, Amós 3.7. O Pastor Davis W. Huckabee comenta no seu livro Estudos em Hermenutica Bíblica, pgs. 24-25 o seguinte:
“A obscuridade deliberada é impensável numa revelação. Mas se essas coisas são assim, então é óbvio que ao dar uma revelação de Sua vontade ao homem, Deus não obscureceria deliberadamente o sentido dela, mas a apresentaria em termos mais claros e necessários para o homem entendê-la. Se fosse de outro jeito, não se poderia fazer com que o homem prestasse contas por conhecê-la, pois até mesmo a lei humana reconhece o princípio onde declara que nenhuma lei obscura tem alguma força obrigatória. Se cremos que a bíblia é a revelação de si mesmo e Sua vontade ao homem, então devemos também crer que ela será expressa em termos que o homem possa entender. E certamente indicam isso as centenas de exemplos em que as Escrituras dizem “Então falou Deus todas estas palavras”, ou “veio a palavra do Senhor”, e outras declarações semelhantes que indicam que o que é entregue é compreensível àqueles a quem é falado.
“Por esse motivo não temos o direito de entender qualquer palavra em qualquer sentido, exceto seu sentido mais natural e comumente aceito, exceto em raras exceções que consideraremos mais tarde neste estudo. Alguém bem disse: “Se o sentido comum de uma palavra faz sentido, então não busque outro sentido”. A tolice de fazer de outro jeito foi mostrada nos primeiros dias da história cristã, pois até hoje o entendimento de muitas pessoas acerca das Escrituras foi arruinado pelas interpretações loucas que certos antigos comentaristas da Bíblia aplicaram às Escrituras. Orígenes (c. 185-254) de Alexandria, um dos tão chamados “Pais da Igreja”, popularizou a espiritualização até mesmo dos textos mais simples e ensinando que eles sempre tinham algum significado misterioso e oculto que não era óbvio ao crente comum. Seu método de descartar até os ensinos mais claros foi seguido por alguns em todas as gerações. É claro, o ego do pregador se sente bajulado se ele puder afirmar ter achado nos textos simples o que não é evidente para ninguém mais, e isso explica, em grande parte, a popularidade de tais meios não bíblicos de lidar com a Bíblia. Um desejo orgulhoso de obter glória para si é sempre uma tentação para qualquer um, inclusive pregadores. Tendo dito isso, deve-se reconhecer que há partes das Escrituras que têm sentidos simbólicos ou representativos, pois o próprio Senhor e seus escritores inspirados às vezes mostram isso. Mas devemos ter o cuidado de não inventar tais interpretações, e principalmente nunca ir atrás de tal modo de interpretação que menospreze o sentido literal do texto.” (D. W. Huckabee, Estudos em Hermenêutica, pg. 24-25, itálicos meus).
Espiritualizando profecia encoberta o seu segredo, mas interpretando-a literalmente faz com que os Seus servos, os profetas, saibam seguramente o significado. Se a interpretação literal não faz bom senso com as outras profecias esclarecidas, pode-se procurar um sentido espiritual, mas somente se a interpretação literal contradiz a verdade que já foi estabelecida por outros versículos. Enfatizo o que o Pastor Huckabee citou: “Se o sentido comum de uma palavra faz sentido, então não busque outro sentido”.
3. Literalidade é provada pelo Cumprimento Literal – Exemplo: Os 3.4-5, “Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, e sem príncipe, e sem sacrifício, e sem estátua, e sem éfode ou terafim. Depois tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao SENHOR seu Deus, e a Davi, seu rei; e temerão ao SENHOR, e à sua bondade, no fim dos dias.” Da maneira que Deus cumpriu literalmente a maior parte das Suas profecias é uma indicação importante para nós sabermos como serão cumpridas as profecias que ainda restam ser cumpridas no futuro.
Considere as numerosas profecias detalhadas sobre a primeira vinda de Cristo – a cidade, a mãe, quem será o seu precursor, Seu ministério, os resultados deste ministério, a Sua traição por um amigo, o preço exato dessa traição, a maneira da Sua morte, do Seu sepultamento, a ressurreição, e a Sua ascensão. De maneira literal foram cumpridas. Portanto, o cumprimento das profecias sobre a Sua segunda vinda não devem ser menos literais. O citado Oséias 3.4-5 é um exemplo disso. Se a primeira parte desta profecia já foi cumprida literalmente, como poderemos esperar menos literalidade na última parte dela? O cumprimento literal da profecia no versículo quatro justifica a interpretação literal da profecia no versículo cinco.
4. Cumprimento Parcial ou Cumprimento em Duas Fazes é Possível – I Pe 1.11, “Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir”.
“Frequentemente as Escrituras proféticas têm cumprimento imediato como também futuro. A declaração do anjo em Lucas 1.31-33 exemplifica isso. Diz: “E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, Seu pai; 33 E reinará eternamente na casa de Jacó, e o Seu reino não terá fim.” Os fatos mencionados neste texto sobre o nascimento de Jesus Cristo foram literalmente verdadeiros (cumpridos comprovadamente), mas não serão universalmente verdadeiros (ou comprovadamente cumpridos) até a segunda vinda quando Ele vem para reinar no trono de Davi. Portanto, a lei de Cumprimento Parcial ou o Cumprimento em Duas Fazes tem que ser reconhecida em algumas porções das Escrituras quando tiver um cumprimento parcial primeiramente, seguido por um cumprimento completo depois.” – Tom Ross, pgs. 18-19, tradução livre.
5. Múltiplas Profecias em Poucos Versículos – Muitas profecias no Velho Testamento ignoram a era entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Como se avistaram dois acontecimentos – neste caso a primeira e segunda vinda de Cristo – sem perceber que teria um espaço de tempo entre elas. Se olharmos as cordilheiras que passam pelo Brasil, veremos os picos das montanhas perto um do outro com os das mais distantes sem ver os vales entre eles. Assim foi com os profetas do Velho Testamento. Viram a primeira vinda e a segunda vinda de Cristo sem perceber a era da igreja. Portanto, o fato que dois eventos estejam profetizados um após o outro não pede o cumprimento sucessivo e imediato dos dois. Exemplo: Mq 5.2-4, “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Portanto os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel. E ele permanecerá, e apascentará ao povo na força do SENHOR, na excelência do nome do SENHOR seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será engrandecido até aos fins da terra.” Jesus nasceu em Belém mas o governo literal e a permanência literal de Cristo entre o Seu povo quando Ele literalmente apascentará o Seu povo, ainda não aconteceu. Portanto podem existir múltiplas profecias em poucos versículos.
6. A Época da Igreja Neotestamentária era um Mistério para os do Velho Testamento - I Pe 1.11, “Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir.” A era da igreja neotestamentária era comumente oculta aos profetas do Velho Testamento. O foco da maioria das suas profecias aponta a apostasia, restauração e futura glória de Israel somente. A instituição do ajuntamento neotestamentário, seu crescimento e a sua comissão eram vedados aos seus entendimentos. Mas Deus usou o apóstolo Paulo pelo qual abriu esse mistério como diz: Ef 3.9-11 “E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor”. Reconhecendo esse fato entendemos que a igreja do Novo Testamento não é uma continuação do Templo, ou da nação de Israel. São entidades distintas e separadas. O fato que muitas promessas à nação de Israel podem ser aplicadas aos crentes do Novo Testamento não descarta o cumprimento literal delas para com Israel ainda. Não há razão Bíblica de transferir ou cancelar as promessas das profecias feitas à Israel somente por que algumas promessas podem ser aplicadas aos crentes do Novo Testamento. A igreja neotestamentária era um mistério não descoberto aos profetas do Velho Testamento.
7. Cristo é o Espírito da Profecia – Ap 19.10, “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.” Todas as profecias na Palavra de Deus, cumpridas ou não, apontam de alguma forma a Jesus Cristo (I Pe 1.10-11). Portanto qualquer interpretação das profecias escatológicas que não prioriza ou engrandece a glória e soberania de Jesus Cristo deve ser ignorada. Que esta reprovação não seja dirigida a nós: “O néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!”, Lc 24.25. (adaptação do livro: Elementary Eschatology, Pastor Tom Ross).
I Pe 1.13-16, “Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo; Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.”
Aplicação: Tendo a Palavra de Deus em nossas mãos, e sabendo que O Autor a deu para ser entendida e deseja que sejamos consolados por ela:
1. Peça que Ele ajude a sua compreensão orando para que o Espírito Santo sonde os vossos corações para que se houver algo não condizente à Verdade, e tendo feito isso, que Ele abra os seus ‘olhos’ para ver as belezas de Cristo (Sl 119.18, “Abre Tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei.”).
2. Não tema a aproximar-se com as profecias concernentes à escatologia. Deus deseja que seja consolado por elas e tenha a Sua fé firmada para não precisar de se envergonhar, mas confiantes no manejo da Sua Palavra (II Tm 2.15, “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”).
3. Seja sábio e use os seus dias investindo nas atividades que resultem em maior temor a Deus, ou seja, obediência em amor à Sua Palavra (Sl 90.12, “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.”).
4. Não rebele contra as revelações de Cristo, mas submete-se a Ele para a salvação da sua alma (Jo 3.15-19), e maior conformidade à Sua imagem (Rm 8.29). Rejeitar a Palavra e a Verdade que Ela revela é selar a sua própria condenação.
5. Proclame a Palavra de Deus com ousadia e confiança em ter a Verdade divina em suas mãos. Seja dependente da ajuda do Espírito Santo que visa testemunhar de Cristo pela Sua Palavra (Jo 16.13-14). Lembre da promessa do Pai que a Sua palavra prosperará naquilo pelo qual a enviou (Is 55.11, “Assim será a Minha palavra, que sair da Minha boca; ela não voltará para Mim vazia, antes fará o que Me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.”).
OS “ÚLTIMOS DIAS”
Lição 2
Leitura: Atos 1.1-10
Versículo para Memorizar: Jo 12.28, “Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei”
Introdução
Conforme a nossa leitura de hoje percebemos que Jesus não tratava o reino de Deus como algo necessário a ser conversado atrás de portas fechadas. Nos últimos 40 dias que o Salvador ressurrecto e glorificado ficou nessa terra falava “das coisas concernentes ao reino de Deus” (At 1.3). Todavia, quando a teologia e os teólogos querem ir além do que é revelado, é danoso e tolice. Com olhos ainda vendados os discípulos perguntaram algo que muitos indagam ainda hoje, ou seja, “o tempo” deste reino. Todavia, sabendo “o tempo” dos eventos não faria que eles fossem mais espirituais do que outros servos de Deus. Jesus, O Salvador, enfatizava algo melhor, ou seja, o próprio reino e o poder viver uma vida que testemunha de Cristo (At 1.3, 6-8). Esse poder é pelo Espírito Santo no Cristão obediente à Palavra de Deus. Está vivendo esta vida?
É supremamente mais importante conhecer Cristo como O Salvador dos pecadores e buscar a submeter-se a Ele como Senhor, do que poder decifrar os tempos da futura vinda deste Salvador como O Rei Justo. Estando em Cristo é o que determina a sua participação no reino seja qualquer que for o tempo da restauração do reino a Israel. Não contente-se em manejar fatos que para muitos são enigmas. Contenta-se em estar no reino pelo arrependimento e a fé no Rei vindouro, o Senhor e Salvador Jesus.
Conforme Jo 12.28, nosso versículo para a memorização, sabemos que Deus é sempre glorificado pela exaltação a Cristo. Portanto, enquanto procuramos entender os assuntos que englobam a escatologia, o melhor proveito será procurar e perceber a exaltação de Jesus Cristo. O resultado de conhecer melhor essas doutrinas das últimas coisas deve ser Cristãos confortados (I Ts 4.13-18) e ímpios avisados (Lc 13.1-5; Jo 3.36).
Este não é um estudo detalhado de um único livro de profecia do Velho ou do Novo Testamento. Todavia é um estudo das “últimas coisas” apresentadas tanto no livro de Apocalipse quanto em muitos outros livros da Bíblia. Não podemos conhecer o que Deus revelou sobre a escatologia se estudarmos um único livro desde que, como dizem, um em cada vinte e cinco versículos da Bíblia refere-se ao retorno de Cristo (Huckabee, pg. 73).
Esta apresentação não é exaustiva e portanto não responderá todas as perguntas que alguém possa ter sobre a cronologia e os acontecimentos deste vasto assunto. Todavia, espero que seja explicado suficientemente os fatos concernentes aos eventos e aos personagens envolvidos neste assunto para que o inquiridor sério possa manejar as Escrituras corretamente para resolver as suas dúvidas.
Este estudo da Palavra de Deus categorizará os assuntos associados da doutrina das últimas coisas, com um foco pré-tribulacionista e pré-milenário.
O Apocalipse é a revelação de Jesus Cristo (Ap 1.1). Cristo é o espírito da profecia (Ap 19.10). Portanto, seja sábio e abençoado, procure O Cristo revelado nesta profecia.
Na sua procura de fatos sobre escatologia, não são os fatos, mas a edificação, o crescimento na graça e o conhecimento de Jesus Cristo o alvo maior.
Os “Últimos Dias”, e o “Último Dia”
A Sua Marca: “escarnecedores andando segundo as suas próprias concupiscências”.
Não pode ser negado que estamos na era dos “últimos dias”, uma era que começou há uns dois mil anos. Desde pouco antes do ministério publico de Cristo, e continuamente pelos dias de hoje, a marca dos “últimos dias” está evidente. Essa marca é a existência de muitos escarnecedores andando segundo as suas próprias concupiscências (II Pe 3.3).
Podemos identificar em nossos tempos que tais escarnecedores estão desprezando a verdade de uma só fé, ou seja, a salvação única e completamente através de Jesus e este escárnio é difundido pelo pentecostalismo, o catolicismo, o protestantismo, e o adventismo. Os falsos desprezam a verdade da existência de um só batismo, ou seja, pela água e pela autoridade de uma igreja neotestamentária, e este desprezo pelos que promovem o ecumenismo. Os escarnecedores desprezam também a verdade de um só Senhor, e este escárnio é difundido pelas filosofias atuais em todas as suas formas de humanismo (pragmatismo, auto-estima, etc.).
Os “Últimos Dias” segundo os escritores da Bíblia
Alguns dos Seus Acontecimentos
Os profetas do Velho Testamento e os escritores do Novo Testamento falaram dos últimos dias como vários acontecimentos incluindo o tempo da primeira vinda de Jesus à terra (Hb 1.1), o derramamento do Espírito Santo (Jl 2.28-32; At 2.16-21); a inclusão dos gentios na salvação (At 13.39-49; Is 42.1-6; 60.3-5), e o milênio (Mq 4.1-7; Ez 38.16).
O Começo e O Fim Destes “Últimos Dias”
Podemos afirmar que o ministério de João o Batista começou, ou como diz a Bíblia “principiou” essa era com a pregação “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mt 3.2; Mc 1.1-4). Jesus, depois do Seu batismo, pregou a mesma mensagem de João o Batista: “Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mt 4.17). O escritor da epístola aos Hebreus se identificou com os “últimos dias” (Hb 1.1,2), como também o apóstolo Paulo (II Tm 3.1-5,13), o apóstolo Pedro (I Pe 1.20), Tiago (Tg 5.1-8), Judas (Jd 18-19), e o amado apóstolo João (I Jo 2.18). Se estes do primeiro século identificaram-se com os “últimos dias”, foi por serem parte desta época.
O fim destes “últimos dias” será marcado por vários acontecimentos. Não terá um “último dia” com somente um acontecimento. Os “últimos dias” apontam a uma época. Alguns destes acontecimentos que acontecerão nesta época serão: a primeira ressurreição, a dos justos (Jo 6.39-40, 44, 54; 11.24); o milênio, aquela era do futuro quando Jesus Cristo receberá de Deus a terra para Seu governo e reinado (Pink e Peak, pg. 10; compara Jo 6.40), e o tempo do julgamento dos ímpios no grande trono branco (Jo 12.48).
Portanto, podemos afirmar que nós somos posicionados entre o começo destes “últimos dias” no tempo de João o Batista e uns dois mil anos mais perto do fim destes “últimos dias” que finalmente culminará no tempo do milênio e nos eventos logo depois.
Aplicação para Os Nossos Dias
II Pe 3.13-18, “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. 14 Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. 15 E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; 16 Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. 17 Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza; 18 Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.”
Sendo que estamos na época do fim dos “últimos dias” convém que estejamos prontos para encontrar o nosso Criador e Juiz, Jesus Cristo (Rm 13.13,14). Sejam Salvos! Sejam Santos!
Convém deixar todo o embaraço (impedimentos) e o pecado que tão de perto nos rodeia e olhar para a Nossa Redenção, pois a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé (Rm 13.11,12). Persevere!
Convém pregar a Palavra de Deus ativamente pois o tempo de proclamar o Evangelho é agora e pode brevemente ser terminado. Seja povo de oração! Sejam evangelistas!
Hoje temos oportunidades que os nossos antepassados não gozavam tais como: o radio, a imprensa, o telefone, a internet, transporte fácil e rápido .... seja sábio!
Temos mais conhecimento da verdade da Palavra de Deus do que antes. Sejamos ativos e comunicativos!
Pode ser logo que o Noivo venha. Convém que sua noiva esteja pronta. Verifique o seu Óleo (Mt 25.1-13)! Vigiai!
Devemos ser os mais amorosos, obedientes, prestativos, santos e perseverantes do que qualquer Cristão de outras épocas passadas. Estamos mais pertos do fim e do encontro com o Salvador do que todos antes de nós. Não sejam indiferentes, mas zelosos!
O “REINO DE DEUS” E O “REINO DOS CÉUS”
Lição 3 –Leitura: Atos 28.23-31
Versículo para Memorizar: Mateus 6.33, “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
Introdução - O “Reino de Deus” faz parte da Escatologia. Portanto, o “Reino de Deus” e o tema dos “últimos dias” são partes da mesma doutrina. Muita profecia do Velho Testamento é concernente a estes dois assuntos (II Sm 7.12, “seu reino”; Dt 4.30, “últimos dias”). O que aconteceu no Novo Testamento tem a ver com o “Reino de Deus” e os “últimos dias”, portanto, precisamos entender mais sobre as “últimas coisas” e do “Reino de Deus”. Há mais menção na Bíblia a respeito do “Reino” do que o termo “Últimas Coisas”. Portanto devemos importar bem sobre o “Reino”, e, como diz o nosso versículo para memorizar, buscar primeiro o “Reino”. Todavia, não devíamos desconsiderar as “Últimas Coisas”, pois também fazem parte da nossa responsabilidade, e os dois tratam tanto do passado no tempo de Jesus como dos nossos dias atuais.
O Que é o Reino de Deus? - O Reino de Deus simplesmente é tudo que se tem a ver com Cristo, especialmente o Seu relacionamento com o Seu Povo como Senhor, Salvador, Sacerdote e Rei. Disso podemos estar confiantes analisando uns poucos versículos do Apóstolo Paulo e as igrejas primitivas. Paulo, na sua despedida dele da igreja em Éfeso, deu um resumo do seu testemunho e da sua mensagem entre os daquela igreja. A sua mensagem foi “tanto aos judeus como aos gregos” e a sua proclamação era “a conversão a Deus, e a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20.17-21). A mensagem do arrependimento e a fé em Cristo é a mensagem de todo pregador sério e zeloso para com a sua vocação. É a mensagem atual desde o começo do ministério de Cristo e continuará até a Sua volta (Mt 28.19.21; Mc 16.15; Lc 24.46-48; Jo 20.21). Pelo contexto da despedida de Paulo aos Efésios sabemos que a pregação da “conversão a Deus, e a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo” é o evangelho da graça de Deus (At 20.24). Examine Atos 20.25 e perceberá que este ministério da pregação da graça, do arrependimento e da fé em Cristo é a pregação do Reino de Deus (At 20.25). Aos Corintos este mesmo Apóstolo Paulo definiu o evangelho como sendo “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” Como ele pregou o evangelho da graça em Éfeso e chamou isso a pregação do Reino de Deus, assim nós podemos chamar a pregação do evangelho da vinda de Cristo, a Sua morte, o Seu sepultamento e a Sua ressurreição a pregação do Reino de Deus. Por quê? Porque o Reino de Deus envolve tudo sobre Cristo.
Você está no Reino de Deus? Se entra nele pelo novo nascimento, um nascimento pelo Espírito Santo. O arrependimento e a fé neste Cristo é a sua responsabilidade. Se reconhece a sua fraqueza de se arrepender e crer, clama a Deus em ter misericórdia e que salve mais um pecador.
Por isso a instrução do nosso versículo para memorizar dada por Jesus é para nós ainda hoje.
O Reino de Deus e O Reino dos Céus - Para entendermos o que Deus nos revelou sobre as “Últimas Coisas”, verdades que são para nós e para os nossos filhos (Dt 29.29), precisamos entender como o Reino de Deus relaciona-se com o Reino dos Céus.
Comparando todos os versículos que usam os termos “Reino de Deus” ou “Reino dos Céus” e anotando o contexto de cada uso, verá que os dois simplesmente referem-se às mesmas coisas. Não há diferença entre os dois termos ou os seus usos. Os que desejam ensinar diferenças importantes entre os dois termos são forçados a darem explicações tão complicadas ao ponto do leitor perder qualquer noção do que se tratam as frases, e, por tentar levar a sério essas supostas diferenças, começa a pensar que a Escatologia é demasiadamente difícil de entender. Como Paulo preocupou-se com os membros em Corinto para não ser levados pela conversa dos outros, também preocupa-me ensinar-lhes que não sejam enganados e “apartam da simplicidade” (II Co 11.3) que haja entre esses dois termos em pauta.
Os Usos dos Dois Termos
Nos Ensinos Gerais - Depois do batismo de Jesus e a provação no deserto, Jesus, conforme Mateus, “começou a pregar, e a dizer: Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus” (Mt 3.17). Mas, quando Marcos relata o começo do ministério de Jesus, ele relata que Jesus “veio pregando o Reino de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho” (Mc 1.14,15). Se fossem duas coisas distintas, teríamos dois grandes problemas. Um é que não poderíamos estar confiantes em termos uma mensagem exata com a qual poderíamos pregar ao mundo todo para agradar a Deus. Outro problema pareceria que a Palavra de Deus não foi dada por inspiração verbal. Mas, não temos nenhum problema com qualquer destas doutrinas, pois estas duas frases enfatizam uma única coisa. Graças a Deus que temos uma mensagem clara para pregar ao mundo.
Logo depois de Jesus escolher os doze apóstolos, teve um encontro com uma grande multidão e começou a ensinar-lhes. Mateus relata que Jesus abriu a sua boca, “ensinava, dizendo: Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.2,3). Porém, Lucas relata que, na mesma ocasião Jesus dizia: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus” (Lc 6.20). Ou o Espírito Santo que inspirou essas palavras entra em contradição, ou os dois termos significam a mesma coisa. Desde que foi pela inspiração do Espírito Santo estes autores escreveram essas palavras, podemos crer que os dois termos apontam à mesma coisa.
Se desejar comparar outras passagens do mesmo teor, examine estas: Mt 18.4 com Mc 10.15; Mt 19.14 com Mc 10.14; Mt 19.23,24 com Mc 10.23-25.
Nas Parábolas
Existem muitas parábolas no Novo Testamento relatadas pelos diferentes evangelistas usando um ou o outro termo, mostrando claramente que os dois termos enfatizem a mesma coisa. Alguns destes casos são:
A parábola sobre o grão de mostarda – Mt 13.31 e Mc 4.30 - Em Mateus 13.31 Jesus propôs uma parábola começando-a com as seguintes palavras: “O Reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda...” e assim nos ensina que o reino dos céus é pequeno à vista dos homens, mas o seu fim é glorioso.
Em Marcos 4.30 Jesus procura um exemplo para assemelhar o Reino de Deus, ou seja, uma parábola para o representar. Ele afirma em Marcos 4.31 que o Reino de Deus “É como um grão de mostarda, a menor de todas as sementes mas, depois, cresce e faz-se a maior de todas as hortaliças. Nisso Ele ensina a mesma lição quanto a parábola de Mateus.
Se essa parábola representa o Reino de Deus tão bem quanto o reino dos céus, é evidente que tanto o Reino de Deus quanto o Reino de Céus são a mesma coisa. Ou, será que não devemos esperar que haja harmonia entre os evangelhos? Será que o Espírito Santo não sabe distinguir um do outro quando trouxe a eles a Palavra para ser escrita? Creio que o Espírito Santo sabe bem entregar a Palavra de Deus aos autores e por isso creio na inspiração verbal, e creio que os autores da Bíblia tiveram harmonia que só vem do alto. Crer que os dois termos são iguais é fundamental para essa conclusão.
O propósito das parábolas – Mt 13.11; Mc 4.3; Lc 8.10 - Os discípulos perguntaram o porquê das parábolas e Jesus os respondeu - Mateus relata a resposta de Jesus como: “Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino de céus, mas a eles não lhes é dado.” Marcos relata a resposta de Jesus como: “A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas.” Lucas relata a resposta de Jesus assim: “A vós vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros por parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam”.
Conclusão - Então, se o Reino de Deus não é o Reino dos Céus, quem está mentindo? Os três responderam que Jesus disse palavras exatas e um entre os três relatou que Jesus não disse o que os outros disseram que Jesus disse? Só pode ter um mentiroso entre os homens santos que Deus usou para falarem inspirados pelo Espírito Santo. É bem melhor aceitar o fato que as duas frases apontam à mesma coisa e deixar a possibilidade que Mateus, para retratar Cristo como rei, teve razão para dizer “céus” e não “Deus”, mas a exata razão não foi explicada a nós. Todavia, a comparação destes três relatos leva-nos a crer que as duas frases significam a mesma coisa. Como diz o Pastor D. W. Huckabee no seu livro de Hermenêutica, “Se o sentido comum de uma palavra faz sentido, então não busque outro sentido.” (Huckabee, pg. 25).
Apenas uma Mensagem aos Judeus ou Mensagem Atual? – Alguém talvez queira afirmar que o Reino de Deus foi uma mensagem somente aos judeus. Querem alguns afirmar que quando Jesus deu Seus avisos aos judeus, acabou a importância do Reino de Deus. Especialmente enfatizem que quando os judeus crucificaram Cristo rejeitando-O como o Messias, a mensagem do Reino de Deus terminou. Disso, pelo estudo, podemos entender que não é a verdade. Vejamos:
Além da verdade que “toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa... para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (II Tm 3.16,17; Rm 15.4) e, portanto o Reino de Deus é proveitoso para nós hoje, o assunto do Reino de Deus continua importante por outras razões. O Reino de Deus foi um assunto das igrejas neotestamentárias e para os gentios muito tempo depois da rejeição pelos judeus e a Sua crucificação.
Jesus, depois da Sua ressurreição, por quarenta dias falou “das coisas concernentes ao Reino de Deus” (At 1.3). Os discípulos, depois da rejeição de Cristo como o Messias pelos judeus, deram a entender que ainda faltava muito a respeito do Reino de Deus, pois pouco antes de Cristo ascender ao céu, o Seu Reino era um assunto entre eles com Cristo (At 1.6).
Dois ou três anos depois, a perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém fez que os membros espalhassem pelas terras da Judéia e de Samaria (35 d.C.). Cristo foi pregado na cidade de Samaria por Filipe e a sua mensagem era “acerca do Reino de Deus” (At 8.5-12). Mesmo sem a presença de Cristo, a mensagem que foi principiada por João o Batista, continuava sendo importante às igrejas primitivas.
Mais de uma década depois da perseguição contra a igreja em Jerusalém, a mensagem do Reino de Deus foi ensinada por Paulo às igrejas recém organizadas na sua primeira viagem missionária, entre judeu e gentio (48 d.C., At 14.22). Observe: tal mensagem foi para confirmar os ânimos dos discípulos. Na sua terceira viagem missionária (53 d.C.), Paulo ainda pregava zelosamente sobre o Reino de Deus (At 19.8; 20.25). Em 60 d.C., quase três décadas depois da ressurreição de Cristo, ainda no fim do ministério do apóstolo Paulo, este missionário exemplar “declarava com bom testemunho o Reino de Deus, desde a manhã até à tarde” aos judeus e, depois da rejeição destes do Evangelho, Paulo pregava o Reino de Deus com toda liberdade a todos quantos vinham vê-lo (At 28.23-31).
Entendemos que o Reino de Deus era a mensagem das igrejas primitivas, e era para ser entregue a todos os povos. Desde que a comissão destas igrejas primitivas seja a nossa também, o Reino de Deus deve ser a nossa mensagem hoje e até Cristo voltar.
Aplicação:
Cuidado quando o Evangelho da graça de Deus, ou seja, o Reino de Deus torna um assunto infreqüente das pregações deste púlpito! A graça exalta a Cristo, o Rei deste reino, e Cabeça desta igreja. Para enfatizar a graça, não canse de declarar a pecaminosidade do pecado e a sua eterna condenação. Não minimize a mensagem da responsabilidade do pecador para com a lei de Deus. Assim a necessidade da graça é reconhecida e exaltada pelo sacrifício vicário de Cristo. Anuncie sempre que Cristo salva todo pecador que se arrependa e crê nEle pela fé como o Substituto no seu lugar. Conhece já essa graça?
Faça com que a razão desta igreja existir não seja minimizada por acomodar outros assuntos pragmáticos, sociais ou os que estão na “moda”. No momento que o Reino de Deus esteja ausente desta igreja, as bênçãos do Cristo do Reino também estarão ausentes desta igreja (Ap 3.14-22).
De uma forma o Reino de Deus é aqui e agora! Viva submetendo-se ao Rei Jesus, conformando-se à Sua imagem. Isso se faz morrendo à carne, renovando a sua mente, sendo fiel na leitura particular da Palavra de Deus, criando e mantendo a leitura doméstica da Bíblia, se sacrificando na contribuição, levando a Palavra de Deus aos outros, cumprindo os seus deveres de membro da igreja local, orando sem cessar entre outros exercícios espirituais.
Você pode ‘ver’ este reino já? Já entrou nele? Está submisso ao seu Rei? A Sua Palavra importa a você?
O “REINO DE DEUS” E O “REINO DOS CÉUS”
Lição 4A Importância da Doutrina do Reino de Deus no Novo Testamento, e, A Importância de Não Diferenciar o Reino de Deus do Reino dos Céus
Leitura: Salmos 22
Versículo para Memorizar: Sl 22.28, “Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações.”
Introdução:
Examinamos com bom proveito as sete chaves de interpretação da profecia Bíblica na primeira lição. Depois, estudamos os termos “últimos dias” e “último dia” na segunda lição. Na terceira lição, definimos os termos Reino dos Céus e Reino de Deus e aprendemos que esses termos apontam à mesma verdade. Parece que não temos transcorrido grande distancia até agora em consideração ao que resta para considerar. Todavia, temos estabelecido uma base boa e essa base servirá para entender o que segue. Não devemos ter impaciência em estabelecer uma base boa. A falta dela seria sentida bem depois quando entrarmos em assuntos mais complexos. O assunto hoje é parte desta base.
A Importância da Doutrina do Reino de Deus no Novo Testamento
O Novo Testamento menciona o assunto do reino não menos que 141 vezes. O uso deste assunto é mais do que o uso da palavra ‘igreja’ pela qual Jesus Cristo derramou o Seu sangue (At 20.28). Porém, desde que o Espírito Santo deu tanto destaque a essa doutrina no Novo Testamento, convém que demos a ela a devida atenção. Não precisamos descartar as demais doutrinas e estudar somente essa, mas também não devemos esquecer essa a qual é mencionada tantas vezes.
A importância da doutrina do Reino de Deus no Novo Testamento é entendida quando percebemos que todos os autores do Novo Testamento mencionam assuntos relativos ao reino. A Palavra de Deus é viva e portanto sempre atual (Hb 4.12). A verdade é imutável, portanto sempre convém para aperfeiçoar o homem de Deus para toda a boa obra (II Tm 3.16,17). Portanto, aquilo que os nossos irmãos no primeiro século necessitavam ouvir e aprender para servir ao Senhor agradavelmente é o que nós precisamos ouvir e aprender para servir hoje ao mesmo Senhor.
Por menos que lemos o Novo Testamento confrontaríamos com esse assunto, pois 17 dos 27 livros contêm a palavra “reino”. Os outros sete livros referem-se ao assunto do reino de Deus sem usar tais palavras, mas estes não estão incluídos nessa contagem. Por uma boa parte do Novo Testamento usar essa palavra, convém que saibamos algo do reino para manejarmos bem a Palavra de Deus.
A Importância de Não Diferenciar o Reino de Deus do Reino dos Céus
Estes termos apontam à mesma verdade, como estudamos antes. Para enfatizar essa verdade faço as seguintes observações:
Somente Mateus menciona o Reino dos Céus. Se o Reino dos Céus é uma doutrina diferente da doutrina do Reino de Deus, não seria muito estranho que somente Mateus de todos os escritores da Bíblia menciona essa doutrina? Seria sábio dar muita ênfase numa doutrina elaborada por um só autor da Bíblia e jamais mencionada por outro? Seria confiável tomar a sério uma doutrina sobre a mensagem de Cristo e aquilo que somos responsáveis a pregar quando nem Marcos nem Lucas nem João sequer mencionaram quando relataram a vida de Cristo? Não seria ilógico o fato em que Marcos, Lucas e João são unânimes sobre a vida de Cristo e o Seu Reino, mas não ter a mínima concordância com Mateus que também relata essa mesma vida? A própria inspiração da Bíblia seria em jogo se estes quatro autores não estivessem em concordância em um assunto tão largamente tratado entre eles e por outros homens que o Espírito Santo usou para produzir as Escrituras. Porém há muita importância em não diferenciar os significados do Reino de Deus e o Reino dos Céus.
E qual é a mensagem que devemos crer, pregar e ansiar? Se formos ensinados a pregar uma mensagem específica por Jesus no livro de Mateus e outra mensagem específica por Jesus pelos outros evangelistas, se estas mensagens não houvesse concordância, como poderíamos ter certeza de que estaríamos anunciando a mensagem correta de Jesus? Porém há grande importância em não diferenciar os significados do Reino de Deus e o Reino dos Céus.
A definição que temos de qualquer palavra Bíblica influenciará em muito nosso entendimento no estudo da Palavra de Deus. Se tivermos duas definições do Reino é certo dizer que o nosso entendimento da Palavra de Deus será influenciado em muitas áreas como, por exemplo, a nossa pregação, a atitude para com a nossa vida cristã agora e a nossa esperança do porvir. Assim se vê a importância em não diferenciar os significados do Reino de Deus e o Reino dos Céus.
A importância de saber que o Reino dos Céus é igual ao Reino de Deus nos ajuda a aplicarmos as verdades da Palavra de Deus às nossas vidas. Se tivéssemos a correta definição do Reino, as sérias exortações e os alertas para os que fazem parte deste Reino serão aplicados às nossas vidas.
É importante saber que o Reino dos Céus é igual ao Reino de Deus pois isso nos ajuda a ver a Bíblia de forma homogênea. Se desejarmos manejar bem a Palavra de Deus, temos que saber o que é uma coisa e o que não é a outra coisa. Se não definimos bem estes assuntos, a Bíblia não será homogênea, mas separada em si, nós concluiríamos erroneamente os nossos estudos, e as nossas vidas não seríamos agradáveis ao Senhor. Desde que agradar a Deus é a finalidade de existirmos se vê a grande importância de não diferenciar os significados do Reino de Deus e o Reino dos Céus.
Aplicação
Igualar o Reino dos Céus com o Reino de Deus nos ensinará a submeter-nos já a Deus como Rei deste Reino presente e não esperar somente para uma época futura. Essa verdade é muito importante. Salmo 22.28 nos ensina que “ele domina entre as nações”. Portanto, não convém esperar participar do Reino dos Céus literal e vindouro quando o senhorio do Rei deste reino não seja importante para sua vida no presente tempo. Se não está submisso ao domínio do Rei hoje, é muito provável que não esteja presente na época futura quando aquele domínio que é espiritual agora torna um domínio literal e eterno.
Examine-se a si mesmo se já conhece este Rei Jesus.
Faça uma sondagem para ter certeza que está submisso ao Rei Jesus.
Não convém ser pego de surpresa como foram as cinco virgens tolas (Mt 25.1-13).
A VINDA DE CRISTO – PARTE I
Lição 5Leitura: At 1.1-11
Versículo para Memorizar: At 1.11, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”
Introdução: Na leitura observamos Lucas relatando o que Jesus fez e ensinou até a Sua ressurreição e a entrega da comissão à Sua igreja. Lucas continua no seu livro de Atos a relatar como Ele, por quarenta dias, ensinou aos Seus apóstolos “das coisas concernentes ao Reino de Deus” (At 1.1-3, 6-7). Cristo os orienta ensinando que o viver da vida Cristã com o poder do Espírito Santo neste reino é mais importante que saber a cronologia deste reino (At 1.6-8). Depois disso, Ele foi ao Pai literal e visivelmente (At 1.9). Dois “homens vestidos de branco” se puseram junto dos apóstolos confortando-os: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11).
Aqueles fatos que os anjos ensinaram aos apóstolos são também para o nosso conforto e ensino. Existem teorias que Jesus já voltou e está reinando. Os Testemunhas de Jeová crêem assim. Essa é a razão que ajuntam no “Salão do Reino”. Há outros que crêem que a Vinda de Cristo acontece quando o salvo morre. Então, o que os anjos ensinaram aos apóstolos é confortante e edificante para nós hoje. Jesus voltará “como para o céu O vistes ir” (At 1.11), ou seja, corporal, literal e publicamente.
Poderíamos tentar esmiuçar e produzir uma sensação intensa sobre os eventos que acompanharão esta vinda. Poderíamos procurar colocar em ordem cronológica estes eventos sensacionais, mas uma boa base que estabeleca os fatos principais da própria vinda de Cristo seria melhor.
Uma Vinda Literal e Física – Estabelecido o fato que a vinda de Cristo com o Seu corpo glorificado é literal e físico não seremos influenciados tão facilmente pelas heresias. Existem os falsos pregadores que citam Jo 14.3 que diz: “Virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também” para ensinar que Jesus vem ao salvo quando este morre e o leva aonde Ele está. Na verdade, quando morrermos estaremos onde Jesus está. Todavia essa não é a segunda vinda de Cristo.
Atos 1.11, o nosso versículo para memorizar é claro, que como Ele foi, Ele virá. Se na Sua ascensão Ele foi recebido por uma nuvem, Ele virá numa nuvem. Se a Sua ascensão foi literal e corporal, a Sua vinda será tão literal como corporal. Ele “há de vir assim como para o céu o vistes ir”.
Portanto, não aceite nenhum tipo de explicação de escatologia que não inclua a volta literal e física de Cristo. Qualquer posição que espiritualiza a vinda de Cristo ao ponto que nega a Sua presença literal, visível e corporal na Sua vinda tem que ser descartada. A espiritualização da Sua vinda pode não ser aceita a não ser que espiritualize a Sua ascensão.
Jó, pela inspiração do Espírito Santo, suportou a aflição de sua alma provocada pelos seus ‘amigos’, regozijando-se com a bendita verdade que o seu Redentor vive e “que por fim se levantará sobre a terra”. Quando este evento acontecer, Jó, milhares de anos antes da primeira vinda de Cristo, se satisfez na realidade que contemplaria literalmente nesta terra com seus próprios olhos físicos o seu Redentor na Sua segunda vinda (Jó 19.25-27). Jó não estava espiritualizando a vinda de Cristo de forma alguma, mas enfatizando que ele fisicamente veria Jesus Cristo quando este literalmente levantará “sobre a terra”..
Lucas 21.24-27 também enfatiza que quando “os tempos dos gentios se completem”, haverá vários sinais estupendos e visíveis que envolvem literalmente o sol, a lua, as estrelas e as nações. Essas nações real e literalmente ficarão angustiadas e perplexas pela força do bramido de um verdadeiro mar. Os homens, em seus corpos, desmaiarão por tais eventos verdadeiramente expressos. Quando estes eventos que sem dúvida acontecerão de modo real, estas nações “verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória”. Será que isto já aconteceu sem ninguém notar? Com certeza não! Mas ainda acontecerá e será uma vinda comprovadamente literal.
A manifestação de Cristo será gloriosa e literal da mesma maneira como será literal a nossa manifestação com Ele em glória. Com a esperança dessa verdade real, o apóstolo Paulo exorta os fieis em Colossos a crescer nas virtudes cristãs. Essa esperança de fisicamente estar com Cristo é incentivo para nós também de mortificar os nossos membros físicos para não praticar literalmente nenhuma desgraça uns com os outros (Cl 3.1-17, ver v. 4). Se a manifestação de Cristo a nós for espiritualizada temos também espiritualizar a nossa manifestação com Ele. Isto negará uma ressurreição corporal. Se não existir a ressurreição, a afirmação e esperança do corpo ressurrecto que a irmã de Lazaro expressou será uma mentira (Jo 11.24). Se espiritualizarmos a manifestação de Cristo não temos responsabilidades com os nossos irmãos na fé, mas somente em intenção e em oração. Com isso, se vê a necessidade de crer que a vinda de Cristo será literal e corporal.
Na mesma verdade de uma ressurreição literal do corpo seguindo o exemplo como Cristo foi corporalmente ressurrecto, também a vinda dEle é tratada com os mesmos termos (Em I Ts 4.13-18). A verdade é clara que o mesmo Senhor que foi ressurrecto em corpo “descerá do céu”. Seria muito difícil concluir nessa passagem que a vinda de Cristo será algo menos literal que a própria ressurreição dEle.
Para maior estudo desse assunto examine Fp 3.20-21; I Pe 5.4; I Jo 2.28; 3.2; Sl 17.15.
Está pronto para a vinda literal de Cristo? Está vivendo fielmente para querer o olhar nAquele que conhece os corações?
Aquilo que impede a prontidão e a esperança com verdadeiro gozo por poder vê-lO tem que ser confessado a Ele e abandonado já. A obediência que está deixando para depois, não seria melhor aperfeiçoar-la já?
Uma Vinda Futura – De tanto enfatizar que a vinda de Cristo será literal, necessário é lembrar que é futura. Cristo não está aqui como estará um dia. A mensagem dos anjos é: “há de vir assim como para o céu o vistes ir.”
Por causa de Himeneu e Fileto terem crido tanto na vinda de Cristo quanto na ressurreição dos mortos em Cristo já teria acontecido, o Apóstolo Paulo instruiu Timóteo de evitar tais (II Tm 2.14-19). Em 70 d.C. o imperador romano Tito tomou a cidade de Jerusalém e destruiu o templo. Muitos crêem que essa foi a grande tribulação profetizada e desde então o reino de Cristo está nessa terra com o próprio Jesus reinando. Outros crêem que depois da “Idade das Trevas” Cristo veio. Outros dizem que desde 1878 ou 1918 Ele está aqui na terra. Mas a mensagem dos anjos é: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir”, um retorno futuro visível e literal.
A mensagem da Ceia do Senhor é que Cristo morreu por nós, ressuscitou e virá. A Ceia do Senhor deve ser observada “até que venha” o mesmo Senhor Jesus Cristo que está sendo lembrado pela Ceia (I Co 11.23-26). Se houver uma igreja que crê que a vinda de Cristo já aconteceu e estamos neste presente tempo no milênio reinando com Ele, tal igreja, para ser consistente, deve deixar de celebrar a Ceia. Portanto, por várias razões Bíblicas, qualquer ensino que estabeleça a vinda de Cristo no passado é inaceitável.
Jesus Cristo está vindo como Ele foi recebido, ou seja, literal, visível e fisicamente. Por não ter vindo já desta maneira, Ele ainda está por vir. A promessa não tardará.
O aparecimento de Jesus Cristo, sendo futuro, é motivo de perseverar em santidade (Cl 3.4; II Pe 3.9-14) e de renunciar toda a impiedade (Tt 2.11-15; I Jo 3.1-3). A segunda vinda de Cristo é uma esperança amada para o Cristão fiel (Fp 3.20, 21; II Tm 4.1, 8; Hb 9.28). Todavia, tal vinda real e literal é um aviso sério para os que pecam voluntariamente depois de conhecerem e rejeitarem a verdade (Mc 8.35-38; Hb 10.26-27, 38-39).
A necessidade dos não salvos é arrepender-se dos seus pecados e confiar unicamente em Cristo a quem Deus deu para ser a Salvação eterna para todos que venham a Ele.
A responsabilidade dos salvos é serem obedientes mais e mais à Palavra de Deus, purificando-se a si mesmo com alegria enquanto aguardam essa esperançosa vinda com glória (I Jo 3.1-3).
A VINDA DE CRISTO – PARTE II
Lição 6Leitura: II Tm 4.1-5
Versículo para Memorizar: II Tm 4.1, “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,”
Introdução: Na primeira parte deste estudo sobre a vinda de Cristo, estabelecemos os fatos que a vinda de Cristo será necessariamente tanto literal quanto futura. A mensagem dos anjos que se puseram junto dos apóstolos na hora da ascensão de Cristo estabelece estes dois fatos quando disseram: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11). Queremos ampliar este estudo básico enfatizando outros dois fatos que caracteriza a Sua vinda.
Uma Vinda Óbvia e Repentina – Novamente, a mensagem dos anjos estabelece esses fatos, pois disseram: “há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11). Na ocasião da sua ida Jesus estava ensinando aos apóstolos sobre o próximo evento que foi necessário para cumprir a profecia, ou seja, a vinda do Espírito Santo marcadamente para ratificar a instituição que Ele estabeleceu durante o Seu ministério.
Sem pormenores, sem show e sem nenhuma proclamação geral e pública Cristo, imediatamente, enquanto ensinava sobre a vinda do Espírito Santo, “vendo-o eles”, Jesus, física e literalmente, “foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.” (At 1.9) Já sabemos que Cristo voltará como foi, ou seja, a Sua segunda vinda será óbvia e repentina. Assim foi a Sua ascensão.
Jesus ensinou abertamente que a Sua vinda será testemunhada tanto pelos Seus como pelos incrédulos. Na ocasião em que Jesus foi traído, levaram-no ao sumo sacerdote para buscar algum testemunho contra Ele com intenção de culpá-lO de morte. Naquela ocasião, depois de infrutíferos esforços tentaram achar nEle algo errado, o sumo sacerdote lhe perguntou: “És Tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?” Jesus respondeu dizendo: “Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens.” (Mc 14.53-62). Sem rodeios Jesus ensinou que a Sua vinda será óbvia.
Outra vez, aos discípulos, antes do tempo da Sua traição, Jesus preparou-lhes sobre a Sua vinda para que eles não fossem enganados. Nessa instrução Ele enfatizou que a vinda dEle não seria algo feito num canto sem todos saberem. Assim Ele ensinou: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.”, (Mt 24.24-27). Não há dúvida, Jesus ensinou que a Sua vinda será óbvia e repetina.
Em Apocalipse, Jesus ensinou a João sobre a Sua vinda: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.”, Ap 1.7. Jesus claramente deixou todos avisados sobre a Sua vinda que“todo o olho verá”, sim os olhos de todos as pessoas de todos os tempos! Ele ainda adiantou que saberão quem Ele é e o que Ele vem fazer, ou seja, julgar os pecadores pelos seus pecados. Por isso “todas as tribos da terra lamentarão sobre Ele”.
Considerando que a vinda de Cristo será óbvia e repentina, você estará entre esses que lamentarão a vinda de Cristo? Ou estará entre os que com gozo esperam por Ele? A vinda de Cristo pode ser hoje. Como será contemplada a Sua vinda por você?
Uma Vinda Militante e Cristocêntrica – Dizer que a segunda vinda de Cristo é militante quer dizer que a vinda de Cristo será com violência, guerra e luta. A Sua vinda não será com a paz, mas com uma espada aguda saindo da Sua boca para ferir com ela as nações (Ap. 19.11-15). Dizer que a segunda vinda é Cristocêntrica aponta que Cristo mesmo virá com ação militante (Ap. 19.16, “E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.”). Observa o que afirma o nosso versículo para memorizar:
Existem muitos que querem crer que o mundo está cada vez melhor. Segundo estes, o crime está sendo controlado, as famílias estão tendo mais entendimento entre elas, e pela pregação da Palavra de Deus o mundo está sendo conquistado pela paz para o retorno pacífico do Rei Jesus. Alguns crêem que já estamos no milênio e logo as espadas serão convertidas em pás, as lanças em foices e nenhuma nação levantará contra outra.
Não obstante ao que alguns crêem, o mundo é corrupto, piorando cada vez mais. Sem dúvida nenhuma pode ser afirmado que o mundo é caso perdido! Também, apesar da esperança enganosa de alguns, podemos estabelecer o fato que o homem não está melhorando. Do coração corrupto do homem estão saindo constantemente maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias (Mt 15.19; Jr 13.23). O mundo não vai melhorar por si, nem o coração do homem. É guerra que está vindo ao mundo, não a paz. É julgamento dos pensamentos e das ações do homem que estará para vir, não a paz.
Se Cristo não veio ainda, não é porque Ele espera o mundo ou o coração do homem melhorar. Creio que é porque ainda está salvando os Seus. Portanto irmãos, até o tempo que Ele venha temos trabalho para fazer. Preguem a Palavra de Deus! Os que ainda não estão em Cristo têm responsabilidade diante de Deus. Arrependem já e crêem pela fé em Cristo para estar pronto na Sua vinda militante.
Salmo 110.1 é usado por alguns para enfatizar que Cristo não virá a não ser quando os inimigos dEle estiveram dominados, ou seja, tudo estará em paz. Todavia, pelo mesmo contexto, versículos 5-6, este dia será um dia de ira quando o Senhor ferirá os reis. Será um dia em que as aves se encherão dos corpos mortos dos grandes e pequenos (Apocalipse 19.13-18). Este tempo vem quando Cristo voltar. Seguramente a Sua vinda será militante e Cristocêntrica e não em paz. Ele trará a paz e por isso somos pré-milenaristas, mas só depois da guerra.
O apóstolo Paulo ensinou aos da igreja em Tessalônica para sofrer as perseguições, descansando no fato que Cristo, na Sua volta, colocará tudo em ordem. Ele explica claramente que essa vinda literal, óbvia, e repentina será militante e Cristocêntrica. Paulo escreve aos Tessalonicenses ensinando que Jesus virá “Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo”, II Ts 1.8.
O Apóstolo Paulo ensinou a Timóteo (I Tm 6.14-15) a ser um bom exemplo dos fieis até a volta de Jesus. Naquela ocasião Cristo será manifesto como o “único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores;” Nessa volta, como diz o nosso versículo para memorizar, Cristo vem julgar os vivos e os mortos, ou seja, a Sua volta será militante e Cristocêntrica.
Portanto, qualquer explicação de escatologia, quando trata dos eventos da segunda vinda, que não aponta a Cristo mesmo voltando literal e repentinamente, com uma espada para ferir as nações, é contrária à revelação Bíblica. Há muito que não sabemos, mas há fatos que podemos afirmar. Que Cristo será exaltado é confirmado biblicamente.
A volta de Cristo será militante sobre os inimigos. Portanto arrependei-vos já! Reconciliai-vos já com Deus pela fé em Jesus Cristo (II Co 5.19-21). Pode ser que Cristo volte hoje!
A volta de Cristo será para galardoar os fieis (II Tm 4.8; I Pe 1.7). Portanto, esteja vigilante! Esteja em oração constante! Esteja obediente em amor! Pode ser que Cristo volte hoje!
OS TRÊS TEMPOS DO REINO DE DEUS
O Reino de Deus é Espiritual e FísicoLeitura: Mt 6.9-13
Versículo para Memorizar: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;”, Mt 6.10.
No assunto de escatologia, existem três interpretações básicas. Amilenarismo, Pré-milenarismo e Pós-milenarismo. Essas interpretações são resumidas assim:
Amilenarismo é a crença em que a passagem de Apocalipse 20.1-7, quando usada a expressão “mil anos” seis vezes, nenhuma vez refere-se literalmente à passagem de tempo de mil anos cronológicos, mas quer apontar a um tempo indeterminado. Cristo já está com Seu povo como estará com eles eternamente.
Essa posição também nega que haja duas ressurreições – uma dos salvos e uma dos não-salvos, mas para apenas uma ressurreição geral seguida por um julgamento geral.
Os amilenaristas visam as profecias do Velho Testamento concernente à Israel e aplicam-nas à Igreja no Novo Testamento. O trono de Davi é o céu.
Pós-milenarismo é a crença em que a passagem de Apocalipse 20.1-7 determina que o mundo todo será evangelizado e convertido, fazendo um tempo milenar de paz e justiça, no fim do qual Jesus Cristo voltará. O mundo progressivamente melhorará antes da vinda de Cristo.
Daniel Whitby (1638-1726) é considerado a fonte inicial deste ensino. Hoje existem grupos querendo popularizar estes ensinos e são chamados Reconstrucionistas.
Pré-milenarismo é a crença que toma a passagem de Apocalipse 20.1-7, quando usada a expressão “mil anos”, de onde vem a crença geral de milenarismo, como referindo-se sempre à passagem de mil anos cronológicos. Jesus Cristo voltará em pessoa à terra firme antes deste tempo de mil anos cronológicos para reinar fisicamente com Seu povo ressurreto.
Para os pré-milenaristas as profecias no Velho e Novo Testamento são interpretadas literalmente admitindo ensinos simbólicos quando o contexto pede tal interpretação.
Como qualquer resumo, este também não pode dizer tudo sobre essas crenças, mas creio que são verdadeiros no pouco que descrevi destas três interpretações.
Desde que o Reino de Deus concerne tudo que tem a ver com Cristo, especialmente o Seu relacionamento com o Seu Povo como Senhor, Salvador, Sacerdote e Rei, por necessidade tal reino é assunto do passado, no presente e no futuro e é tanto espiritual como físico.
Os Três Tempos do Reino de Deus
O Reino de Deus É Passado – Mt 11.11-15 relata Jesus testemunhando sobre a pessoa e ministério de João o Batista. Jesus destaca que aquilo que todos os profetas e a lei vagamente profetizaram por símbolos, João claramente, sem rodeios, sem desculpas declara abertamente. Portanto, “não apareceu alguém maior do que João o Batista” (v. 11). João foi maior no sentido de clareza de expressão, mas ele não foi o primeiro a falar de Cristo. De Cristo, “todos os profetas e a lei profetizaram” (v. 13).
Se Cristo foi profetizado anteriormente pelos profetas (I Pe 1.10-12) e foi buscado pelos patriarcas, pelos juizes, e pelos sacerdotes fiéis do Velho Testamento (Hb 11.13, 32-40) o Reino de Deus seria uma realidade de alguma forma antes do Novo Testamento. Portanto o Reino de Deus é passado, ou melhor, antes do Novo Testamento.
O Reino de Deus É Presente – Mt 11.11-15. Jesus testemunhando sobre a diferença de João o Batista dos que precederam a João, ele explica que o Reino de Deus não estava sendo buscado somente com grande esforços por muitos, mas que muitos estavam apoderando-se dele naquele tempo. Esse maior desejo dos famintos que não desistiram até conseguirem obtê-lo era “desde os dias de João o Batista até agora” (v.12). Este período é conhecido como a era do Novo Testamento e Jesus ensina que neste mesmo tempo, o Reino de Deus existia.
Noutra ocasião Jesus confrontava com os fariseus pois negavam que Ele era de Deus. Porém, Jesus raciocinou com eles que não poderia ter nada além de Deus atuando nEle pois Satanás não expulsaria a si mesmo. Portanto, Jesus enfatiza que se Ele expulsava os demônios pelo Espírito Santo, o Reino de Deus é “chegado” a eles (Mt 12.22-30). Desde que Jesus operava com o Espírito Santo sem medida Jesus ensina-lhes que o Reino de Deus era naquele tempo uma realidade. O Reino de Deus é da era neotestamentária, como nós somos.
O Reino de Deus É Futuro – Mt 6.10, “Venha o teu reino...” Jesus, outra vez ensinando aos Seus discípulos, e desta vez sobre a oração, ensina-lhes a pedir que o Reino de Deus viesse. Sim, o Reino de Deus era presente, mas também é algo futuro. O futuro Reino de Deus será algo diferente do que é agora.
Frisando que o Reino de Deus é futuro são os ensinos de Lc 22.18, “Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus”; 23.42, “E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”.
Resumindo podemos afirmar que o Reino de Deus existia, de alguma forma, antes da vida terrena de Cristo. Também podemos afirmar que ele existe agora e existirá numa maneira mais gloriosa ainda no futuro. Mais importante, podemos afirmar: se você não faz parte dele agora, não fará parte dele no futuro. Esteja em Cristo já.
O Reino de Deus é Espiritual
Não há nada errado crer como o amilenarista que o Reino de Deus é espiritual. Certamente é espiritual! Quando Jesus ensinou que somente o regenerado poderia ver ou entrar no Reino de Deus, ele ensinava que era espiritual (Jo 3.3-8). O erro do amilenarista é dizer que o Reino de Deus é somente espiritual.
Por ser espiritual, e por poder participar dele somente os que têm vida espiritual, é necessário nascer do Espírito. Você já nasceu do Espírito? Já reconheceu a sua pecaminosidade que te condena diante de Deus? Por favor, olhe a Jesus Cristo, o sacrifício idôneo que Deus deu para substituir o pecador! Arrependa-se e creia pela fé neste Salvador! Essa é a única maneira que verá e entrará no Seu reino.
O Reino de Deus é Físico
Jesus Cristo, na instituição da Ceia do Senhor, pouco depois de Judas ter saído para O entregar, Jesus ensinou que Ele não beberia este fruto da vide “até aquele dia em que o beba novo” com eles no Reino de Deus. Como Jesus literal e fisicamente bebeu com eles naquele dia, beberá literalmente com eles e todos os Seus este fruto da vide no reino do Seu Pai, ou seja, no Reino de Deus (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18).
Alguns querem espiritualizar esse caso e dizer que o Reino de Deus é somente espiritual. Se forem consistentes com tal atitude eliminarão a verdade de um céu literal e um inferno real. Na passagem de Mateus 25.31-46, uma passagem distintamente escatológica, as ovelhas serão postas à Sua direita e herdarão o reino, ou seja, a vida eterna. Os bodes serão postos à esquerda e apartados para a maldição, ou seja, para o fogo eterno. Se o reino é apenas espiritual, também é o inferno. Mas o nosso Salvador literalmente foi ao céu e, como Ele foi, voltará para levar os Seus a estar junto com Ele (Jo 14.1-3). Os que não estarão preparados serão lançados no lago de fogo com o Satanás real (Ap. 20.10-15).
Aplicação
Não busque mera informação sobre o Reino de Deus somente para poder saber apenas a existência dele. Busque o próprio Reino de Deus. Sim, busque primeiro o Reino de Deus e terá o mais importante de tudo. Já faz parte dele? Devemos orar por este Reino, servir este Reino e buscar este Reino! Se estamos em Cristo, fazemos parte deste reino agora! O que está fazendo para promover esse Reino? Deus dirá a você um dia: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”, Mt 25.34?
A NATUREZA DO REINO DE DEUS – PARTE I
Lição 8O Reino de Deus é Misterioso e Invisível
A Natureza dos Cidadãos do Reino de Deus
Submissos e Pobres em Espírito
Leitura: Lc 17.20-24
Versículo para Memorizar: Lc 17.21, “Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.”
Introdução: O que está aqui e não é percebido? O que está entre nós, mas não é visto tocado, saboreado, ou ouvido? Essa é parte da nossa lição de hoje. A resposta é: O Reino de Deus. Está presente, mas não em todos. É o princípio de santidade dada aos santos pela salvação por Jesus Cristo. È o homem interior que os fariseus não viram. Esse reino de Deus é percebido por você? Sl 45.13, “A filha do rei é toda ilustre lá dentro; o seu vestido é entretecido de ouro.”
O Reino de Deus é Misterioso – Mt 13.10-12. O Reino de Deus está aqui hoje como no tempo do Novo Testamento. Está entre nós (Lc 10.11; 17.21). Não é entendido pelas mentes entenebrecidas. Alguns percebem o Reino de Deus e para estes Cristo é precioso (I Pe 2.7; I Co 2.11-13). Muitos não conseguem perceber nada sobre Cristo e o Seu reino e para estes Ele é uma pedra de tropeço (I Pe 2.7-8; I Co 2.14).
Para perceber este reino é necessário nascer de novo, do Espírito (Jo 3.3-8). A Verdade não é conhecida por todos, mas por poucos (Mt 7.14, “E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.”; Mt 20.16, “Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.”). É do agrado do Pai ocultar aos sábios e entendidos do mundo certas verdades de Cristo e das Suas operações soberanas. Essas mesmas verdades misteriosas Deus revela aos Seus pequeninos, ou seja, aos que o mundo desprezam (Mt 11.25-27).
Quando o Reino de Deus é ensinado, você percebe-o? Tem a unção do Santo (I Jo 2.20) pela qual podemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus (I Co 2.12)? Ou para você nada deste assunto do Reino de Deus tem nexo? Está faltando a regeneração? Se for, olhe pela fé em Jesus Cristo a Quem Deus deu para ser o Salvador de todos que se arrependem!
O Reino de Deus é Invisível – Lc 17.20-24. Sempre existem aquelas pessoas que crêem que têm entendimento das coisas difíceis sobre os mistérios de Deus. Sempre têm os que crêem que são melhores que outros por viver aparentemente o que muitos julgam uma vida exemplar. A este tipo de pessoa, ou seja, aos hipócritas, Cristo ensina que o Reino de Deus “não vem com aparência exterior”. Ou seja, para estes o Reino de Deus é invisível.
Deus opera do interior para o exterior (Jo 3.6, “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.”). Ele olha ao coração (I Sm 16.7). O “homem encoberto”, ou seja, a nova natureza exercitando-se em obediência, reverência, modéstia e justiça é mais precioso diante de Deus do que aparências extravagantes (I Pe 3.1-7). Você possui o que é precioso diante de Deus, ou somente aquilo que impressiona o homem?
Aos que estão com os olhos vedados pelo diabo, o Reino de Deus é invisível. O Reino de Deus pode estar na frente deles, como Cristo estava diante daqueles fariseus, e não o verão, mas perguntarão com toda a sua soberba: “Quando virá o Reino de Deus?” Não vêem que o reino já é chegado em alguma forma (Lc 17.21). Que terrível condição estar na presença da Salvação e não a ver!
Para o mundo o Reino de Deus é invisível. Aquilo que norteia o Cristão, é precioso para o remido, e alegra o seu coração; é algo incógnito, ou seja, desconhecido pelo mundo. Por isso o nosso andar é estranho para o mundo (Jo 15.19, “Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.”; Tt 2.14; I Pe 2.9). Como você é acolhido pelo mundo? Os que são o mundo são confortáveis com você no seu beber, comer, viver, falar, vestir, e adorar? Ou eles estranham suas maneiras por não ver o que você percebe?
O dia virá que o Reino de Deus será conhecido por todos (Hc 2.14; Hb 8.11 e Jr 31.34 e Jo 6.45). Todavia, esse dia ainda não veio. Portanto, seja paciente para a Sua vinda. Até aquele dia seja uma testemunha viva que tem força tanto para confundir aos que desejam te acusar como para informar aos que estão cansados de pecar (I Pe 2.11-16, 19-25; 4.12-19).
A Natureza dos Cidadãos do Reino de Deus
Submissos – Lc 20.25; Lc 22.24.
É claro que o mundo preocupa-se com a sua própria satisfação (I Jo 2.16). É fato bem conhecido que a inclinação da carne é inimizade contra Deus (Rm 8.6, 7). No mesmo grau de certeza, a marca que caracteriza melhor os cidadãos verdadeiros do Reino de Deus é a sua submissão ao Rei. Sem declarar verbalmente quem é seu Rei, é fato conhecido por todos pela observação a quem você sujeita-se. O apóstolo Paulo raciocina com os irmãos em Roma: “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?”, Rm 6.16. A submissão ao Rei dos reis é forte testemunho da sua cidadania no Reino de Deus como a sua submissão anterior ao “príncipe das potestades do ar” marcava sua cidadania mundana (Ef 2.2,3).
Existe aquilo que pertence a César e devemos dar a ele o que a ele pertence (Lc 20.25; Rm 13.1-7). Também existe aquilo que pertence a Deus e devemos dar a Ele o que a Ele pertence (Mc 12.30, amar a Ele com todo o teu coração, tua alma, teu entendimento, e tuas forças; Ap 4.11, “glória, e honra e poder”).
Os apóstolos tinham a carne na qual habitava o pecado, como todos os integrantes do Reino de Deus hoje têm (Gl 5.17), e tal natureza sempre se evidencia pela exaltação da carne. Isso provocava contenda entre eles (Mt 20.20-28; Lc 22.24-27). A faísca desta contenda deu início quando a mãe dos filhos de Zebedeu, Tiago e João, procurou glória para seus filhos acima dos demais. A esta faísca foram adicionados os ciúmes dos outros dez. Logo o fogo ameaçava inflamar contenda tamanha que poderia consumir qualquer bom testemunho que os apóstolos teriam. Jesus usou a situação para mostrar como a submissão é a marca distintiva do Reino de Deus (Mt 20.25-28). Como sempre Ele é o melhor exemplo (v. 28).
Como é a sua reação à pregação que enfatiza seu dever a um testemunho modesto na sua vestimenta, santidade no seu linguajar, separação dos prazeres imorais da carne, investimento na obra do Senhor com as suas finanças, o seu tempo, a sua presença e as suas orações? Sentindo reprovado, procura ainda a graça de Deus para humilhar-se diante tal reprovação e aplicar essa instrução à sua vida? Ou tal pregação te irrita e sente que o pastor está mal humorado e não deve ficar invadindo o seu espaço? A sua atitude diante da instrução bíblica revela se você tem a principal marca dos cidadãos do Reino de Deus. Será que a sua submissão à verdade trará os perdidos ao conhecimento do Evangelho como a submissão de Cristo trouxe o Evangelho a nós? Por causa do propósito da salvação nos conformar à imagem de Cristo, sem dúvida nenhuma, como Cristo se deu a Si mesmo em resgate de muitos, os que estão no Seu reino devem O imitar.
Pobres em Espírito – Mt 5.3-9
Jesus afirma que o espírito do cidadão do Reino de Deus é pobre. Essa pobreza não vem da ausência de boas características pessoais, nem pela ausência de bens ou do Espírito Santo. A pobreza de espírito ao qual Jesus louva é o espírito que tem a ausência de satisfação de si mesmo. Alguns sinônimos seriam a humildade e a ausência de autoconfiança. O pobre de espírito é exemplificado pelo publicano em Lc 18.13 que diz: “O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”
Essas duas qualidades (submissão e pobre de espírito) complementam-se. Essas duas qualidades são expressas no choro pelas falhas e pecados que reconhece em seu coração; na atitude mansa que o controla em todas as situações; no desejo ardente de crescer na graça e conhecimento do seu Senhor e Salvador Jesus Cristo; nas ações misericordiosas para com o seu próximo; pelo arrependimento contínuo e a confissão dos seus pecados a Deus. Dessa maneira se mantém um coração limpo com prontidão de perdoar tanto aos outros como pede que os outros te perdoem (Mt 5.4-9) 0
Religião pode satisfazer o homem, mas o Reino de Deus exige do homem o que ele naturalmente não deseja, ou seja, a morte de si mesmo. Se você não passou por tal morte, é difícil de afirmar que você tem uma vida que sobreviveria muito tempo no Reino de Deus na sua forma celestial.
Submete-se já à Verdade! Arrependa-se já dos seus pecados! Creia já pela fé em Cristo Jesus o Salvador Único!
A NATUREZA DO REINO DE DEUS – PARTE II
Lição 9Existem Falsos Dentro do Reino
A Natureza dos Cidadãos do Reino de Deus:
São Perseguidos, o Sal e a Luz do Mundo, e Amam a Lei de Deus
Leitura: Mt 7.21-23
Versículo para Memorizar: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”, Mt 7.21
A Natureza do Reino de Deus
Muitos Falsos Dentro – Mt 7.21; 25.1-13
Numa coisa boa, todos querem participar. Todavia, nem todos querem pagar o custo da coisa boa. Quando Cristo estava curando os doentes e aleijados, alimentando os famintos com pão e peixe, ressuscitando os mortos e entrando triunfalmente como rei em Jerusalém, as multidões O acompanhavam com alegria e boa vontade. Todavia, na hora da necessidade, o seu amigo O traiu, outro O negou, as multidões pediram a sua morte, e poucas pessoas tiveram compaixão por Ele na morte. Por que? O custo de ser um verdadeiro Filho do Reino é muito alto.
Ainda é assim hoje com o Reino de Deus. Muitos querem aparecer como cidadão deste reino que figura um lugar tão abençoado na Bíblia pois Jesus é o seu Rei. Ter esperança de participar numa terra bonita onde não há crime, noite, morte e doença é chamativo; sonhar em morar com multidões de anjos, louvar e cantar e ter benefícios de comer da árvore da vida à vontade é fácil desejar. Todavia muitos se enganam pois pensam que lá não terão mais responsabilidades.
E não são poucos. Na passagem de Mateus 7.21-23, Jesus diz que há “muitos” pensando entrar no Reino de Deus, e com direito também, mas não entrarão. Na passagem de Mateus 25.1-13, há uma proporção igual dos enganados quanto dos esclarecidos no Reino de Deus, pois são dez planejando entrar, mas apenas cinco entraram. Se essa proporção continuar ainda hoje uma grande multidão de “crentes” serão obrigados a ouvir: “Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mt. 7.23).
Existe uma multidão de “crentes” que chamam Jesus “Senhor, Senhor” mas somente desejam escolher o que é conveniente obedecer para Ele exercer o Seu senhorio. Não querem mortificar a carne, eliminar o pecado que tão de perto os rodeiam, ou estudar a Bíblia para descobrir o que Ele manda fazer para tornarem conforme a Sua imagem. Não querem sacrificar a ‘minha vontade’ para fazer a dEle. Distanciam daquela atitude submissa para com os outros Cristãos qual Jesus exemplificou quando lavou os pés dos discípulos. Não querem falar de Cristo aos pecadores nem conhecer a generosidade que vem de um coração alegre na hora de contribuir a igreja. Estes mudarão de igreja antes de ceder à mudança nos seus próprios planos e estilos de vida. São estes os falsos no Reino de Deus.
Estes podem ouvir com atenção ávida tudo sobre profecia, a marca da besta, e as guerras que virão. Por longas horas podem prestar atenção à expulsão de demônios, ouvir revelações das suas vidas e receber instruções para alcançar a prosperidade. Todavia, levar as cargas dos outros, pedir que Deus os sondam para ver se tem um caminho mal neles, ou tentar examinar-se a si mesmos para saber se estão ou não na fé verdadeira, não são opções destes. Tais são os falsos no Reino de Deus.
Portanto, tenha cuidado! A mera presença entre os que têm a fé verdadeira não garante a sua entrada no céu. Ser um participante ávido nas atividades da igreja entre os quais habita o Espírito Santo (Mt 25.1-3), não determina a sua possessão daquela fé que foi uma vez dada aos santos (Ap 3.1). Realizar grandezas, ser conhecido como “Apóstolo”, e ter fãs exuberantes não prova que Deus Pai lhe conhece (Mt 7.22,23). Melhor ser o menor no Reino de Deus tendo o necessário que garanta o prazer de Deus do que ter fama entre os enganados e finalmente ouvir da boca de Deus que você é um praticante de iniqüidade (Mt 7.23).
Os cidadãos verdadeiros estão completamente preparados para qualquer hora ir ao encontro do Rei deste reino. Você está preparado? Não compare-se com a multidão que tem aparências (II Co 10.12), mas examine-se diante de Deus e da Sua Palavra (II Co 13.5; Sl 26.2; 139.1,23-24). Se não houver um momento na sua experiência de salvação o reconhecimento da sua culpa e condenação dos seus pecados diante do Juiz justo; se não ‘viu’ Cristo como o seu Substituto e chegou a crer nEle, sua vida está faltando a salvação. Você está vazio do principal;como vazia estava as lâmpadas do óleo necessário das cinco virgens tolas.
Os participantes verdadeiros no Reino de Deus fazem já a vontade do Deus celestial (Mt 7.21). Não são partes seletas dessa vontade que garantem a atenção e o louvor das massas, mas os verdadeiros procuram subjugar os seus corpos, reduzindo-o à servidão obedecendo em tudo para o agrado de Deus (I Co 9.27). Se você não conhece hoje o fruto do Espírito Santo na sua vida, e se não deleite-se na lei de Deus com todo o coração, é certo que nunca ouvirá Deus lhe saudando: “Bem está, bom e fiel servo! Entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25.21).
A Natureza dos Cidadãos do Reino de Deus
Perseguidos por Causa da Justiça – Mt 5.10,11
É um axioma: “... todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”, II Tm 3.12. Fazer o certo, moral e biblicamente, não nos tornam heróis, mas mártires. Os verdadeiros participantes no Reino de Deus são os que querem viver moral e piamente em todas as esferas das suas vidas, e sofrem por viver tal vida. Como a verdade não cede nada ao vilanaço, assim o vilão não cede nada à verdade, mas persegue os que praticam a justiça (Adam Clark, comentário sobre Mt 5.10).
Gideão foi um homem valoroso, o SENHOR estava com ele de forma especial (Jz 6), e O obedeceu naquilo que pertenceu ao pai dele. Gideão derrubou o altar de Baal, cortou o seu bosque, e o segundo boi do seu pai reservado para Baal, foi oferecido no altar edificado para a verdadeiro Deus. Tal obediência a Deus não o transformou em herói mas quase em mártir. O axioma citado se provou verdadeiro.
Enquanto Ló tolerava as práticas de Sodoma, os de sodoma toleravam ele. Mas quando Ló desejava fazer o que era justo, ele foi rejeitado abertamente pelos seus vizinhos e genros (Gn 19.6-14). O axioma citado se provou verdadeiro.
O mesmo pode ser dito de João o Batista (Lc 3.19,20), do Nosso Senhor Jesus Cristo (At 10.38-39), e do Apóstolo Paulo (At 23.12-22). Quanto mais declaravam justiça pelas suas vidas e palavras, tanto mais ferozes ficavam os opositores.
Não pense que estes eram coitados, miseráveis ou vencidos por isso. Eram bem-aventurados! Eram cheios de gozo interior. Pela perseguição tomaram parte do grande galardão dos profetas fiéis que foram antes deles! Isso Jesus quis dizer quando disse: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós”, Mt 5.10,11.
“Aqueles que sofrem pela lealdade ao Reino de Deus têm a benção de ser ligados mais intimamente com aquele Reino pelo qual sofrem” – Four Fold Gospel Comentário.
Por qual Reino você é mais e mais ligado? O seu testemunho merece perseguição pelas hostes de Satanás? Se não, por que não?
As bênçãos que Cristo promete para os fieis não são melhores do que aquele gozo momentâneo do pecado depois de qual vem a amarga corrupção? As bênçãos oriundas do Rei do Reino de Deus são ricas e duradouras. Entre nessa vida se arrependendo dos seus pecados crendo pela fé em Cristo o Salvador.
São o Sal e a Luz do Mundo – Mt 5.13-14
O Reino de Deus é o Reino de Deus. Quando Jesus ensina sobre o Reino de Deus Ele deseja dar informação sobre o Reino de Deus. Nessas horas Ele não está ensinando sobre a nação de Israel, ou a igreja, mas, do Reino de Deus. Por causa do Cristão verdadeiro fazer parte do Reino de Deus e por causa dele também fazer parte de uma Igreja neotestamentária, a igreja tenha características do Reino de Deus. Contudo, para ter clareza sobre o assunto, quando Jesus ensina sobre o Reino de Deus Ele não está ensinando sobre a igreja. É claro pelos versículos 3, 10, 19, e 20, que nessa passagem Jesus está ensinando o Reino de Deus, e mais particularmente, dos filhos deste Reino.
Os filhos do Reino hoje fazem parte das igrejas em particular e na sociedade em geral. Os Cristãos no tempo de Jesus, faziam parte da igreja verdadeira daquele tempo, e também faziam parte da sociedade. Jesus, olhando à todos nesta multidão ouvindo Ele ensinar, e já testificada qual era a natureza dos filhos do Reino de Deus, Ele destaca-os ainda mais com essa verdade: “vós sois o sal da terra”, “vós sois a luz do mundo”. Os verdadeiros Filhos do Reino são aqueles poucos que fazem uma boa diferença entre os muitos da sociedade.
Mas, os filhos do Reino somente são essa boa e saudável diferença no mundo quando exercitam a qualidade de filhos verdadeiros do Reino. Se tiver um Reino, logo tem um rei e, é claro, têm os quais servem o rei. Esses Cidadãos tementes, obedientes à lei do Rei, submissos à Sua vontade são os únicos que fazem no mundo uma diferença notável e formosa. Neste mundo há multidões de escravos andando segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Dia e noite andam nos desejos da carne, fazendo a vontade da carne e dos seus pensamentos pois, por natureza, são filhos da ira (Ef 2.2, 3). Mas, entre toda dessa podridão, ruína e corrupção, são os que não são como a maioria. Aqui e ali são os que deleitem ser feitos conforme a imagem do Santo. Outros ainda são graciosos de conversa, pacificadores no trato de negócios e bons exemplos de mansidão no comportamento, e modestos e puros no viver. Como a falta de tempero não ressalta o sabor agradável na comida, assim se não tivesse estes na sociedade que procuram ser submissos ao Rei a nossa sociedade não teria nada agradável a Deus.
A mesma coisa pode ser dito da luz que destaca mais e mais tanto quanto pior a escuridão. Se os filhos do Reino de Luz não brilhem, que esperança há para os que estão ainda assentados em trevas, na região e sombra da morte (Mt 4.16)?
Ou, você está fazendo uma diferença neste mundo, ou está necessitando a luz brilhar em você. Como vai a sua vida? Os do mundo testificam que você identifica com eles? Ou as corrupções do mundo são descobertas pela sua vida que emana santidade?
Mt 5.16, “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”
Amam a Lei de Deus – Mt 5.17-20
Jesus coloca muita importância sobre o ensino e cumprimento da lei quando caracteriza a natureza dos que são cidadãos do Reino de Deus. Portanto o Reino de Deus não é relegado para uma dispensação passada, antes do tempo do Novo Testamento. Também Jesus não está ensinando que o cumprimento da Lei de Moisés traz salvação. Jesus está no tempo do Novo Testamento ensinando aos que já são cidadãos do Reino de Deus que uma característica destes é o amor deles pela a Sua lei. Lembre-se que um Reino logicamente estabeleça o fato que haja um Rei. A qualidade de boa cidadania é submissão às leis do Rei. Os cidadãos somente podem sujeitar-lhes ao Rei do reino se estiverem leis e se estas forem declaradas. Deus estabelece os Seus princípios santos para os Seus filhos na Sua lei. Uma característica da natureza dos Cidadãos do Reino de Deus é o seu amor e sua obediência às leis de Deus. Este amor não é pela aparência da obediência das Suas leis, mas o amor verdadeiro de coração que estima a Sua Palavra tão preciosa quanto a Pessoa de Cristo (Rm 7.22, “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;” Sl 119.127, 128, “Por isso amo os teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino. Por isso estimo todos os teus preceitos acerca de tudo, como retos, e odeio toda falsa vereda.”; I Pe 2.7, “E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina,”).
Mesmo amando a lei de Deus como ama a Pessoa de Deus em Cristo não afirma que o seu amor nem a sua obediência é tudo que deseja ser. O pecado que habita nos seus membros cobiça contra o espírito; faz que estes não respeitam as Suas leis sempre como desejam (Rm 7.18; Gl 5.17). Todavia, confessam os seus pecados a Deus e Ele, pela Sua fidelidade e pela obra eterna do sangue de Cristo, os perdoa e purifica de toda a iniqüidade (I Jo 1.9).
Também a grandeza da graça de Deus, a certeza da preservação divina de os apresentar irrepreensíveis diante dEle, e a salvação eterna que têm em Cristo não os incentiva a pecar mas estimula-os a serem mais e mais santos como Ele é (I Jo 3.1-3). Os Cidadãos do Reino de Deus são miseráveis por não obedecer as leis de Deus, nunca sentem aliviados ao pensar que estão dispensados de observar aquilo que é santo e bom, ou seja, os Seus mandamentos (Rm 7.24; I Jo 5.1-3).
Como são os princípios da Lei de Deus para você? Tem alegria em dizimar e ofertar ao Senhor e à Sua causa? Estar presente nos cultos no tipo de igreja que agrada Deus é sempre pesado? Perdoar os que lhe ofendem, e honrar os que obedecem menos sua suposta e completa obediência é uma prática estranha para você? Você deleita-se na mortificação da carne e deseja fugir da fornicação? A leitura e estudo da Palavra de Deus são hábitos crescentes? A lei de Deus dá padrões absolutos com os quais os filhos verdadeiros do reino se meçam. Quando estes sentem miseráveis por não acertar na perfeita obediência, regozijam pela vitória que têm em Cristo.
Você é um verdadeiro filho de Deus no Seu reino? Alegre-se por ser perseguido por Sua causa? Faz uma diferença boa no mundo como fazem o sal e a luz? A lei de Deus é estimada por você? A sua vitória é a obra de Cristo?
A NATUREZA DO REINO DE DEUS – PARTE III
Lição 10A Responsabilidade dos Homens, A Busca do Reino, A Graça e A Segurança no Reino
Leitura: Isaías 55.1-7
Versículo para Memorizar: Isaías 55.7, “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.”
Introdução: Há maneiras diferentes de entrar no Reino de Deus. Quando o Cristão morre, ele entra pela morte no Reino eterno de Deus. Existe outra maneira de entrar no Reino de Deus que não é pela morte. É pela fé em Cristo Jesus. Essa lição trata não da entrada pela morte, mas pela fé.
O Homem é Responsável – Lc 13.24. Não pode entrar no Reino de Deus se não nascer de novo (Jo 3.3-8). Quem nasce é passivo. O novo nascimento não é pelo homem mas pelo Espírito. Todavia, o homem pecador é responsável a entrar no Reino de Deus. O homem que deseja entrar é mandado a se esforçar muito para entrar. “Porfiar” vem da palavra grega ‘agonizomai’ (#75, Strong’s). Pela pronúncia da palavra se nota que é similar à palavra em português ‘agonizar’. No grego, a palavra original traduzida ‘porfiar’ significa: lutar, literalmente competir para ganhar um premio; figurativamente significa contender com um adversário; esforçar-se para conseguir algo (Strong’s).
Deus julga o homem segundo a sua responsabilidade. Notamos que o julgamento é segundo as obras do homem e não segundo as boas e sublimes intenções, a genealogia, a capacidade financeira, a posição eclesiástica, ou o suposto alto grau moral que o homem se julga ter Mt 16.27; Rm 2.6. Desde que o julgamento será segundo as obras do homem, entendemos que todo homem é condenado e sob a ira de Deus por que as mãos do homem são sujas e o padrão da obra aceitável é alto demais para qualquer homem pecador (Jo 3.16-19, 36; Tg 2.10). Aquilo que é sujo não pode produzir aquilo que é puro (Mt 7.18; Jr 13.23; 17.9). A única obra aceitável para com Deus é a obra consumada pelo Seu Filho Jesus Cristo (Jo 3.16-18, 35-36; 5.22; At 17.30-31; Tt 3.5; Ap 20.13; 22.12). Para que tenha a justiça da obra de Cristo imputada à sua conta é necessário o arrependimento dos pecados e a fé neste Salvador Jesus que Deus deu (At 16.31; 17.30). Portanto para entrar no Reino de Deus o homem pecador deve esforça-se para arrepender dos seus pecados e crer pela fé em Cristo. Não há nada no homem que é bom para agradar a Deus e nada no mundo que vale a perda da alma do homem (Rm 7.18; Mc 8.36). Agonize já para arrepender-se dos seus pecados e creia pela fé na obra satisfatória de Jesus Cristo. Rejeitar a Cristo é rejeitar a vida eterna. Lembre-se: Você é responsável diante de Deus em fazer todo o possível para entrar na porta estreita que o leva à vida (Mt 7.13-14).
A Busca do Reino mas a Falta de Entrar no Reino – Lc 13.24. Não existe o homem pecador que buscou de todo seu coração entrar no Reino de Deus pelo arrependimento dos seus pecados e pela fé em Cristo Jesus que não tenha entrado. Contrariamente, existem muitos que procuram entrar no Reino de Deus por outra porta a não ser a estreita. Estes procuram ter a vida eterna por um salvador constituído pelas suas próprias maneiras e méritos. Os que esperam entrar por outro além do que já foi posto, ou seja, por Jesus Cristo, serão barrados no ultimo dia por rejeitarem a Deus e a Seu Filho Jesus (At 4.12; I Co 3.11). Foi isto que Jesus ensinou por contrastar o Reino de Deus ao grão de mostarda e ao fermento no pão. Os que si gloriam em ser grandes e suficientes (Israelitas, Fariseus, árvore grande) tendo muitos seguidores (os judeus que seguem cerimônias, as aves), ou os que são cheios de si mesmos (tradições, genealogia, posição, fermento num pão), desejarão entrar no Reino de Deus baseando a sua aceitação na sua própria grandeza. Contudo, não são conhecidos por Aquele que julga retamente. Por isso são impedidos de entrar na presença de Deus. Porém, aquele que não se satisfaz consigo mesmo; aquele que é vazio de justiças próprias e nega confiar em qualquer outro que se diz justo, este que deseja ser nascido de novo do Espírito, olhando a Deus e confiando no Caminho que O Pai estabeleceu, este é aquele que entra no Reino de Deus.
A Entrada no Reino É Somente Pela Graça – Mt 22.1-14. Talvez seja difícil entender como o Reino de Deus sendo semelhante a um casamento ensina a graça. Todavia, para os convidados, isso é fácil. Para o convidado ir ao casamento, o que é necessário ele fazer para que o casamento seja consumado? Nada! Tudo já está preparado. Os bois e cevados não são nossos, mas daquele que nos chama para as bodas (v. 4). Tudo está preparado, só é necessário que os convidados venham. O Reino de Deus não é do homem, mas uma obra feita por Deus. Os que entram nele entram apenas pelo sangue de Cristo. O sacrifício de Deus, qual é o próprio Cristo, já foi consumado. O agrado do Pai já está satisfeito. Para o pecador nada resta fazer para que o Reino esteja pronto. É necessário que o convidado venha em obediência à chamada de Deus. A chamada de Deus pode ser conhecida em Mt 4.17.
É a graça de Deus que opera aqui. Para os que rejeitam a si mesmos, os maus, os famintos e sedentos por justiça, ou seja, os que percebem que não têm justiça própria, sim, estes são convidados. Estes não têm mérito próprio. Nisso se entende a graça.
Os que entram no Reino de Deus são os que buscam calorosamente a justiça. Estes serão fartos (Mt 5.6). Porém, os que estão buscando um escape do inferno, prosperidade material, aceitação social, posição eclesiástica ou qualquer mérito, não estão convidados. Porquê? Por que os preparativos para entrar no Reino de Deus e a sua própria entrada é pela graça.
O que você está procurando no Reino de Deus? Se for outra coisa a não exultar o fato de que Cristo reina e os Seus O estão servindo, você não estará lá. Entrar no Reino de Deus e atender o convite é vir a Cristo. Vindo a Cristo é render-se aos Seus pés como um servo prestativo ao seu Mestre. O Reino tem um Rei soberano, os que entram são submissos à Sua lei. Se a sua atitude for submissão ao Rei e espírito de arrependimento pelos seus pecados, achará prazer no seu Senhor e o seu Senhor alegrará em chamá-lo Seu povo (Ap 21.3; 22.3,4). Você tem a veste nupcial, o sangue de Cristo? Está procurando entrar pelas obras do homem, igreja ou lei e méritos próprios ou somente pela graça de Deus?
Os Que Entram no Reino pela Graça Estão Seguros – Jo 10.26-27. Quando Deus deseja cumprir a Sua vontade, não há mão que possa impedi-la (Dn 4.34-37; Sl 115.3; 135.6). Os que entram no Reino de Deus pela graça, confiando inteiramente na obra divina de Cristo, estão eternamente seguros (Jo 10.19, “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.”). Em Cristo a misericórdia e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram (Sl 85.10).
Essa segurança é entendida pelas promessas de Deus e do Seu Filho Jesus Cristo. O sacerdócio de Cristo permanece eternamente, podendo então “salvar perfeitamente os que por Ele chegam a Deus” (Hb 7.24,25). As ovelhas de Deus ouvem a voz de Cristo, são conhecidas por Ele e O seguem. À estas são dadas promessas de Cristo: “Não pereça” (Jo 3.16), “Nunca hão de perecer” (Jo 10.28) , “ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai” (Jo 10.28,29). É essencial lembrar que “os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm 11.29).
Aos que entram por outra porta, aos que faltam a veste nupcial (Mt 22.12, 13), aos que têm apenas boas obras religiosas (Mt 7.22), estes têm somente aparências e apenas confissões vazias e serão lançados fora (Mt 22.13; Jo 15.6).
Atenda à chamada da graça: “Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar”, Is 55.6, 7).
O REINO DE DEUS E A IGREJA DE DEUS
Lição 11Leitura: Mt 16.13-28
Versículo para Memorizar: Mt 16.18, 19, “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; 19 E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”
Introdução: O uso das duas frases, “a minha igreja” e “reino dos céus” próximas podem fazer confusão. Essa confusão não tem a sua origem pelo estudo Bíblico mas pela interpretação errada da Palavra de Deus por alguns através dos séculos. Pelo sincero e sério estudo da Palavra de Deus, ninguém chegaria à conclusão que as duas coisas, o Reino de Deus e a Igreja, são iguais. São bem diferentes, contudo relacionam-se um com o outro. Alguns aspectos podem ser comuns a dois seres, mas nem por isso são iguais na sua totalidade. Um dinossauro pode comer ervas e um cavalo pode comer ervas, mas as similaridades não os fazem a mesma coisa. Como veremos pelo estudo simples da Palavra de Deus, a igreja de Deus e o Reino de Deus têm similaridades mas nem por isso são iguais. Não são iguais por que as palavras ‘igreja’ e ‘reino’ têm significados diferentes, os dois têm desígnios diferentes, tipos diferentes de governos, e diferentes relacionamentos com Cristo. Outro exemplo Bíblico que denota confusão são duas coisas mencionadas juntas mas não são iguais: o batismo do Espírito Santo e o enchimento do Espírito Santo (At 2.1-4). Um é histórico (o batismo: Jl 2.28-32) e o outro é contínuo (o encher: Ef 5.18; Cl 1.9).
As Palavras ‘Igreja’ e ‘ Reino’ Têm Significados Diferentes
Li num livro de teologia há mais de vinte anos que a coisa mais responsável pela heresia é o significado errado dado à uma palavra. Se o significado de uma palavra Bíblica é errado, a doutrina baseada nessa palavra será uma heresia como também todas as pessoas que admitem tal erro serão hereges. Portanto entendemos a necessidade de saber corretamente o significado das palavras que a bíblia usa para explicar as suas doutrinas. O caso da igreja e o Reino de Deus é uma prova disso. Se os dicionários da língua portuguesa, ou os léxicos da língua grega, ensinam que as palavras ‘igreja’ e ‘reino’ em grego são iguais, deve todos ensinar que estas duas entidades são iguais. Porem, se os léxicos dão significados diferentes às duas palavras, todos devem ensinar que as doutrinas baseadas nestas duas palavras são diferentes de acordo com os seus significados.
A palavra ‘igreja’ vem da palavra grega ekklesia. É usada 115 vezes no Novo Testamento. Uma vez é traduzida “ajuntamento” (At 19.32), três vezes é traduzida “assembléia” (At 19.39, 41; Hb 12.23), duas vezes “congregação” (At 7.38; Hb 2.12) e todas as outras 109 vezes é traduzida “igreja” ou “igrejas” (#1577, Concordância Fiel e versão da Bíblia da SBTB). Já pelo uso da palavra se entende o significado: chamado para fora; uma reunião de pessoas, para usos religiosos ou não (Strong’s, #1577, Online Bible).
A palavra ‘reino’ vem da palavra grega basiléia. É usada 162 vezes no Novo Testamento. Parece que todas as vezes que a palavra grega basiléia é usada é traduzida ‘reino’ (#932, Concordância Fiel). A tradução da palavra grega basiléia por ‘reino’ dá o seu significado verdadeiro: realeza, (figurativamente) reinar, (não abstrato) um reino (Strong’s, #932).
Pelo uso das duas palavras e pelos seus significados o “reino” não pode ser uma “igreja” mesmo que uma pessoa possa pertencer às duas ao mesmo instante. A igreja existe somente quando as pessoas chamadas para fora, ou seja, os seus membros são reunidos. O reino existe se existe ou não reunião. A igreja é determinada como sendo exclusiva, pecadores chamados fora dos seus pecados e batizados de acordo com as Escrituras reunindo num local, ou seja, um grupo específico. O reino é determinado como sendo inclusivo, ou seja, todos os pecadores salvos se batizados ou não, ou seja, um grupo em geral. A igreja, na sua totalidade, por ser constituída por pessoas reunidas, por necessidade é local e visível. O reino, por ser espiritual, na sua totalidade, não tem necessidade de ser local nem visível, mas é universal e invisível.
Comparando os significados corretos das duas palavras é difícil imaginar como alguém pode confundir uma pela outra. Mas, se dermos significados errados às palavras é fácil entendermos a confusão resultante. Para as duas coisas serem iguais, ou a “igreja” perde o sentido de ajuntar pessoas reais num lugar e torna ser invisível e universal, ou o “reino” torna a ter atributos somente físicos.
Desígnios Diferentes
Desde que a palavra ‘ekklesia’ (palavra ‘igreja’ em grego) significa um grupo de pessoas ajuntando, reunindo ou congregando, o desígnio de uma igreja se cumpre quando reunida. A congregação dos que são chamados fora dos seus pecados, ajuntados com o propósito de publicamente obedecer a Palavra do Salvador com suas posses, seus corações e as suas vidas não é apenas o desígnio e desejo de Deus (Mt 28.19-20; Ef 4.11-16; Hb 2.12) mas o dever de todo Cristão (Ef 4.1-6; Hb 10.25; Jd 3), para a glória de Deus em Cristo (Ef 3.20-21). Também foi a prática das igrejas primitivas (At 2.41-47 e o resto do livro). Se fosse praticada biblicamente, logo foi possível.
Desde que a palavra ‘basiléia’ significa reino, e desde que um reino existe em todo lugar que o poder e a influência do rei se estenda, o reino vai além de um local de pessoas reunidas. Em verdade não é o desígnio de Deus reunir sempre todos do reino. Também não é uma prática neotestamentária nem mandamento de Deus. Não sendo uma prática neotestamentária, logo não é necessário. Pelos desígnios diferentes entendemos que o Reino de Deus não é igual à igreja de Deus.
Tipos de Governo Diferentes
A igreja tem um governo teocrático. Uma teocracia é o governo de Deus pelo Seu povo. Dizemos que uma igreja é democrática, por ser um governo pelo povo. Mas, na prática, os membros da igreja não estão procurando estabelecer as suas próprias idéias mas as práticas que com oração e estudo da Palavra de Deus crêem que são de Deus. Portanto é uma teocracia. Pelo voto comum (Mt 18.17; At 1.26; 6.5; 9.26-28; 10.47; 15.22; I Co 5.5; II Co 2.16) os membros são aceitos e os negócios da igreja são decididos. As instruções de Cristo à igreja para resolver o pecado público é um bom exemplo de uma teocracia (Mt 18.15-20).
Um reino não é uma teocracia. É uma monarquia! Ninguém tem voto num reino. O desejo do rei é uma obrigação dos cidadãos do reino. Sendo que Cristo nos venceu com Seu amor; os Seus desejam servi-lO em amor e santidade (I Jo 3.1-3; 5.19). Ninguém entra no Reino de Deus por voto comum, como na igreja (At 9.26-28). Entra pelo novo nascimento (Jo 3.3-8; Cl 1.13). Pelos tipos diferentes do governo de um Reino e de uma igreja entendemos que o Reino de Deus não é igual a igreja de Deus.
Relacionamentos Diferentes com Cristo e o Pai
Os membros de uma igreja, pela salvação por Jesus Cristo, baseados no relacionamento de Pai/filho, têm acesso ao Pai com ousadia (Ef 3.12; Hb 10.19). Têm direitos para com Deus por serem adotados (Rm 8.17; Gl 4.17), direitos exercitados em amor supremo de um filho profundamente agradecido (Rm 8.15; Gl 4.6). O relacionamento igreja/Salvador é íntimo como marido/esposa (Ef 5.25-32); II Co 11.2; Ap 19.7-8). O serviço que um membro da igreja presta para com Cristo ou a igreja não é cobrado, mas, com alegria e um espírito voluntário (I Co 16.1,2; II Co 9.7; Sl 51.12; Fm 1.14; Gl 4.15; At 2.44,45).
Os sujeitos do reino não têm direitos de se aproximarem pessoalmente do rei, mas formalmente por um representante. Considerando o relacionamento rei/cidadão, para ir ao Rei é necessário a obra do Mediador Jesus (Jo 14.6; Rm 8.34; Hb 7.25). O relacionamento no Reino de Deus é de Rei/sujeito.
Pelos tipos diferentes de relacionamentos que os membros na igreja têm com Cristo dos que estão no Seu Reino percebemos que a igreja e o Reino de Deus são duas entidades diferentes.
Quem é o seu rei? Você obedece em amor as regras de qual reino? O das trevas ou o da Luz? Submete-se ao Rei Jesus! Só assim entrará no Reino de Deus. Será assim também um candidato para ser membro de uma igreja do tipo que Cristo começou enquanto na terra.
A NAÇÃO DE ISRAEL E O REINO DE DEUS
Lição 12Leitura: Mt 10.1-7
Versículo para memorizar: Mt 10.6, “Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;”
Introdução: Sempre tem sido uma dúvida para mim por que o Senhor Jesus muitas vezes não quis que os curados anunciassem o Seu nome a todos. Se Ele veio para buscar e salvar o que havia perdido, e se a missão da igreja é fazer “discípulos de todas as nações” (Mt 28.19; Lc. 24.47), pregar “o Evangelho a toda criatura” (Mc 16.15), por que pediu aos discípulos para não ir “pelo caminhos dos gentios” nem entrar “em cidade de samaritanos” (Mt. 10.5)?
O Apostolo Paulo falou do Evangelho e disse que este “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego”. Será que a frase “primeiro do judeu” referia-se a primeira operação de Deus entre os judeus no Velho Testamento? Será que a frase “também do grego” referia-se a uma segunda etapa, ou seja, ao Evangelho para os gregos na época do Novo Testamento (Rm 1.16; 2.9, 10)?
Deus é soberano e, por isso, pode fazer o que quer com o que é dEle (Mt 20.15; Rm 9.21). Não duvido que Ele tem o direito de restringir o Evangelho aos judeus. Deus tem o direito de nos mandar pregar a todos, mesmo sendo algo que Ele não fez, todavia eu não entendia o porquê disso.
Pelo estudo das Escrituras o homem de Deus é aperfeiçoado para toda a boa obra. Agora percebo Cristo pregando primeiramente o Reino de Deus aos judeus, contudo, isso não significa que Ele pregou somente aos judeus. Depois de pregar aos judeus, Ele também incluiu os gregos, os quais somos nós, nos privilégios e responsabilidades da salvação.
Filhos do Reino Sendo Lançados Fora – Mt 8.5-13
Existem os filhos do Reino de Deus que serão lançados fora do Reino em trevas exteriores onde haverá “pranto e ranger de dentes” (v. 12). Isto é um ensino claro desta passagem de Mateus e também de Lucas (Lc 13.26-28). Haverá os que comeram e beberam na presença de Cristo (Lc 13.26), e que têm por pai a Abraão (Mt 3.9) que serão apartados de Deus (Lc 13.27) pois têm o machado posto à raiz para serem cortados daquilo que esperavam (Mt 3.10).
Se a participação no Reino de Deus significa ser salvo dos pecados ou ser feito um membro na igreja, temos um conflito grande com os ensinos claros da Palavra de Deus. Ela garante a segurança eterna para todos os que são regenerados em Cristo. Os em Cristo pela fé tem a vida “eterna” (Jo 3.16; 10.27-30; Hb10.12-14), uma salvação baseada firmemente na graça (Rm 11.6; Ef 2.8,9), a justiça imputada pela obra salvadora de Cristo (II Co 5.21). Estes têm o reforço da promessa de Deus que os salvos por Cristo nunca, de maneira nenhuma serão lançados fora (Jo 6.37-40).
Se Jesus prometeu que os salvos por Ele jamais serão lançados fora, quem são os filhos do Reino que Jesus ensinou que serão lançados fora? A resposta é: Os filhos do Reino que serão lançados fora são os judeus que, por linhagem, creram ser salvos sem um arrependimento dos pecados e sem uma fé pessoal no sacrifício de Cristo.
Nenhum filho de qualquer cristão tem garantia nenhuma de ganhar a vida eterna pela sua linhagem. Este filho pode ser ativo na igreja, até no púlpito, e depois ser lançado em trevas exteriores no dia do juízo. Por linhagem os judeus tinham privilégios “porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas” (Rm 3.2). Dos judeus “é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne” (Rm 9.4,5). Mas “nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; (Rm 9.5-7). Os que desejam a salvação devem olhar pela fé em Cristo Jesus somente (Jo 14.6). Não há outro meio ser salvo (At. 4.12).
O Reino de Deus não é a igreja. Também ter relacionamento com o Reino não é garantia de salvação. Pode estar no Reino presente e não ser permitido entrar na glória do Reino futuro. A garantia não é linhagem, posição, oratória, auto-justiça, ou atividade zelosa, sucesso eclesiástico, etc. É por estar em Cristo somente. Entra nEle quer dizer ser nascido de novo, ou seja, pelo arrependimento e a fé.
O Reino de Deus Veio Para Israel –
Quando foi que Jesus trouxe o reino para Israel? Aos Fariseus, os lideres dos judeus, Jesus declarou que “é chegado a vós o Reino de Deus” (Mt 12.28). No ministério público de Jesus, o Reino foi oferecido aos judeus. Note bem: “É chegado a vós.” Todavia, a mente deles estava velada para não perceber o Reino de Deus diante deles.
Na entrada de Jesus em Jerusalém, os fariseus pediram que Jesus repreendesse os discípulos por exaltá-Lo como Rei. Chegando mais perto da cidade, Jesus chorou sobre ela dizendo: “Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos.” No mesmo discurso Ele individualiza o contexto dizendo que eles, os judeus, não reconheceram “o tempo da tua visitação” (Lc 19.37-44; Mt 23-37-39, “quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos .... e tu não quiseste!”). Cristo referia-se ao fato do Reino de Deus ser dado primeiro aos judeus, à nação de Israel. Eles estavam cegos à Sua boa vontade para com eles e, consequentemente, não tomou posse do Reino.
Sem dúvida nenhuma, Jesus veio a todos os homens. Contudo, em um senso cronológico: Cristo veio primeiro aos judeus, uma linhagem que Ele compartilhava sendo Filho de Maria, mas “os Seus não o receberam” (Jo 1.11). Depois, o Evangelho foi entregue também aos gentios.
O Reino de Deus foi Tirado de Israel – Mt 21.43
Por Israel rejeitar Jesus como o Cristo, o Messias, a seguinte profecia foi proferida contra a nação de Israel: “a sua casa vai ficar-vos deserta porque Eu vos digo que desde agora Me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mt 23.38-39). Por Israel não receber Cristo como seu Rei, o Reino foi tirado deles (veja também: Mt 21.33-43).
Cristo estava entre esse povo, dado a este povo, mas rejeitado por este povo, tanto literal quanto espiritualmente. Quando Pilatos mandou que escrevesse: Este é Jesus “O REI DOS JUDEUS” (Mt 27.37; Mc 15.26; Lc 23.38; Jo 19.19), a placa disse algo que os judeus não quiseram aceitar, ou seja, que Jesus era o Rei que eles rejeitaram. O Reino não foi tirado para sempre, mas somente por um tempo.
Rejeitar a Cristo terá graves conseqüências. O! Quantos Judeus morreram sem ter a vida eterna pela nação rejeitar a Cristo!
O Reino de Deus Será Restabelecido com Israel – Mt 23.37-39
Durante o Seu ministério público Cristo não era reconhecido pelos judeus. Nem até hoje reconhecem Jesus como o Messias. Todavia um dia será declarado: “Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mt 23.38-39). Nesse dia Deus abrirá os olhos deles como uma nação, e receberão Jesus como seu Rei (Ap 7.1-8; 14.1-5; 21.1-8 e 26).
Os apóstolos entenderam Cristo quando disse que Jerusalém por um tempo ficaria deserta (Mt 21.43), pois, em Atos 1.6, perguntaram se naqueles dias depois da ressurreição Ele restauraria o Reino a Israel. Eles acharam que o tempo já tinha chegado. Na verdade, Jerusalém ficaria deserta, sem a glória de Deus muito mais tempo.
Paulo ensinou que a rejeição da nação de Israel seria temporária também, ou seja, “até que a plenitude dos gentios haja entrado” Rm 11.25-29. Depois daquele tempo da plenitude dos gentios as múltiplas profecias concernentes a salvação da nação de Israel serão cumpridas para sempre.
O tempo para isso acontecer não é revelado, e não é para nós perceber. A nossa responsabilidade é pregar o Evangelho aqui, ali, lá e até aos confins da terra (At 1.6-8).
As promessas do Senhor são imutáveis. Todo aquele que se arrepende dos seus pecados e crê pela fé em Cristo Jesus, seja judeu ou grego, será salvo. Está nEle já? Por Cristo é tido todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais. Conhece essa graça de Deus que salva os pecadores? Se morrer na condição de não salvo, só resta uma eternidade separada em tormenta sem a presença da misericórdia de Deus.
O ENCHIMENTO DO REINO DE DEUS
Lição 13Leitura: Mt 16.13-28
Versículo para Memorizar: Mt 16.18, 19, “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; 19 E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”
Introdução: Depois de doze lições sobre escatologia em geral e o Reino de Deus em particular os irmãos estão entendendo mais sobre o Reino de Deus. O Reino de Deus é um assunto tratado largamente no Novo Testamento. Continuaremos ensinando mais características do Reino de Deus com essa lição. Apenas estudando mais posso dizer que lhes ensinei todo o conselho de Deus, ou seja, tudo que Deus tem revelado do assunto nas Escrituras (At 20.27; Dt 29.29).
Quero hoje estudar o enchimento do Reino de Deus, o Reino de Deus pregado e como o Reino de Deus no céu é diferente do Reino de Deus na terra nos dias atuais.
O Enchimento do Reino de Deus – Lucas 14.21-23; Mateus 22.1-14.
Jesus, na passagem de Lucas, está dando uma resposta à afirmação “Bem-aventurado o que comer pão no reino de Deus” (v. 15). Essa passagem, além de ensinar da ação da graça de Deus no enchimento do Seu reino (lição 10), ensina outras verdades também. Essa parábola é profética pois não seria cumprida naquele tempo quando Jesus a deu. Os judeus iriam rejeitar Cristo (na crucificação) e Deus iria rejeitar Israel. Quando Israel for rejeitado por Deus, o tempo dos gentios entraria (logo depois, Lc 21.24).
Os primeiros convidados, os judeus, não atenderam o convite dado por Deus de fazer parte do Seu reino. Os pobres, e aleijados, e mancos e cegos, os gregos ou gentios, foram trazidos pela graça para fazer parte do Seu reino. Mas, mesmo com estes entrando, “ainda há lugar” (v. 22). Deus, pela Sua operação soberana em graça, está persuadindo eficazmente, ou forçando aqueles que estão nos caminhos e valados a entrarem no Seu reino. Portanto, podemos concluir que o Reino de Deus está ainda enchendo. E continuará enchendo até que esteja cheio (v. 23). As outras ovelhas pelas quais Cristo orou (Jo 17.20) ainda serão agregadas (Jo 10.16).
Mas “ainda há lugar”. Pela graça de Deus ainda operando pelo Seu Espírito na Palavra de Deus, muitos estão entrando neste reino. Podemos dar louvores a Deus pois Ele ainda está operando entre os filhos dos homens. O reino ainda está recebendo pecadores que se arrependem e que crêem pela fé em Cristo Jesus. Você já entrou? Não há tempo a perder. Se você espera entrar no Reino de Deus é necessário estar vestido com a justiça de Cristo. Creia já no Salvador Jesus Cristo!
O Reino de Deus Pregado – Atos 20.17-27
O Apóstolo Paulo pregou, anunciou, e ensinou publicamente e pelas casas, tanto aos judeus como aos gregos, “a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (v. 21). Essa é a nossa mensagem hoje também (Mt 28.20). O ministério que o Apóstolo Paulo recebeu da própria pessoa de Jesus Cristo era “dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (v. 24). Este ministério é nosso hoje também (Mc 16.15). Essa pregação de Cristo, esse ministério da graça de Deus para com os pecadores arrependidos, anuncia todo o conselho de Deus (v. 27). Devemos pregar o mesmo conselho de Deus (Lc 24.46, 47). A pregação pela qual Paulo cumpriu o seu ministério por pregar o arrependimento e a fé, ou seja, o “evangelho da graça de Deus” era também chamado a pregação do Reino de Deus (v. 25). Não há diferença em pregar Cristo e em pregar o Reino de Deus. Não há duas mensagens.
Essa mensagem, “o evangelho do reino” (Mt 24.14) será pregada “em todo o mundo”. Essa é a obra de cada igreja neotestamentária (Mt 16.19; 28.19-20). Pela Internet, folhetos, rádio, televisão, cultos em casa, a vida santa, e pela declaração verbal, essa mensagem deve ser espalhada. Você que faz parte desta igreja, está fazendo a sua parte? Não há outra razão de existirmos como igreja e não há responsabilidade maior de cada um que já conhece a Cristo a não ser anunciá-Lo, chamando os pecadores ao arrependimento dos seus pecados e à fé em Jesus Cristo.
O Reino de Deus no Céu e Na Terra
Estudamos que o Reino de Deus não é a Igreja de Deus (lição 11). Devemos lembrar a verdade: mesmo não sendo iguais, têm semelhanças. Nossos versículos para memorizar (Mt 16.18,19) mostram o fato que Cristo dá à igreja que Ele determinou “a minha igreja” “as chaves do Reino de Deus”. Jesus ensinou essa relatividade. Portanto, quando se trata do assunto da igreja trata-se também do assunto do Reino de Deus. Pelo uso dos verbos ‘ligar’ e ‘desligar’ Jesus ensina que Deus efetua o Seu trabalho celestial pelo Seu tipo de igreja na terra. Mesmo que a igreja não seja o Reino de Deus, estes termos são associados.
A missão das igrejas neotestamentárias é pregar o Reino de Deus. Sei que devemos pregar o Evangelho (Mc 16.15, “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”; Lc 24.47, “E em Seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados”). Mas a pregação do Evangelho é a pregação do Reino de Deus. João o Batista pregou o Reino de Deus (Mt 3.1-3). Jesus pregou o Reino de Deus (Mt 4.17, 23). Filipe pregou o Reino de Deus (At 8.12). O apóstolo Paulo pregou o Reino de Deus (At 20.25; 28.31). Se o evangelho não é a pregação do Reino de Deus, estes citados negligenciaram a missão da igreja pela qual Jesus derramou o Seu sangue (At 20.28). Mas não desviaram do Evangelho.
Para ver ou entrar no Reino de Deus é necessário nascer de novo (Jo 3.3-8). Para nascer de novo é necessário a pregação da Palavra de Deus, a “semente incorruptível” (Rm 10.17; I Pe 1.23-25). Cristo é a Palavra de Deus (Jo 1.1, 14). Pregando Cristo, o Evangelho, pregamos o Reino de Deus. Já ouviu do Evangelho? O evangelho anuncia a mensagem da condenação do pecado e do pecador. O evangelho declara a mensagem da substituição do pecador pela Pessoa de Jesus Cristo na Sua morte, sepultamento e ressurreição. O evangelho testifica do fato que as justiças de Cristo são imputadas ao pecador que se arrependa e creia na obra efetuada por Cristo na cruz. O evangelho prega a responsabilidade do homem pecador de arrepender-se e crer pela fé em Cristo. Você já submeteu-se ao evangelho? Somente pelo evangelho se pode entrar no Reino de Deus.
Mesmo que o Reino de Deus não seja a igreja de Deus, estes dois estão relacionados. Os que rejeitam o Evangelho agora serão tirados fora do Reino de Deus. Os que rejeitam Cristo e a Sua mensagem pregada pela igreja serão rejeitados por Deus no ultimo dia. Os que sujeitem-se a Cristo e à Sua mensagem são os mesmos que sujeitam-se ao Rei do Reino de Deus.
Presta atenção ao verbo “sujeitar”. O evangelho ordena o arrependimento e a fé em Cristo. O evangelho manda obediência. A nossa mensagem não procura levar o pecador a fazer uma oração simples ou fazer mera aceitação de fatos sobre a salvação. O evangelho não intenta oferecer prosperidade e sucesso para com Deus sem a sujeição à ordem do Rei: Arrependei-vos! Se o evangelho não custa nada, muitos querem. Muitos querem o céu no além se puder ter o pecado no presente. Pela sujeição ao Rei e ao Seu Cristo são identificados os verdadeiros cidadãos do verdadeiro Reino de Deus. A própria sujeição não os coloca no Reino de Deus, mas é a regeneração que os traz à conversão, e a conversão pela sua vez, manifesta-se pela sujeição ao Rei, uma sujeição que cresce mais e mais.
Convém observar que o único tipo de organização eclesiástica que Deus liga e desliga é uma igreja neotestamentária. A igreja de Deus é o meio exclusivo que Deus usa para edificar o Seu Reino. Deus deseja que a Sua igreja seja ativa em ligar os homens no Seu Reino pela pregação da Palavra de Deus. Você já foi ligado a Deus pelo Evangelho? Seja batizado e como membro servirá o Rei do Reino de Deus.
O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – I
Lição 14Leitura: Mateus 13.33-35
Versículo para Memorizar: Sl 78.2, “Abrirei a minha boca numa parábola; falarei enigmas da antiguidade”.
Introdução: Às vezes as parábolas parecem misteriosas. Também o ensino sobre o Reino de Deus pode ser difícil de entender. Mesmo sendo difíceis, são proveitosos, como veremos.
Nem tudo que o homem qualifica de parábola é chamada assim por Jesus.
O Que a Bíblia Chama Parábolas?
Palestras (Nm 23.5-7), dizeres (Mc 7.17), enigmas (Sl 49.4; 78.2; Ez 17.2; 18.2; Mt 13.34-35; Jo 16.29) e provérbios (Hc 2.6) são chamados parábolas pela Bíblia. Examinadas por um aluno sério, será descoberto que as parábolas são cheias de sabedoria e doutrina.
A Palavra ‘Parábola’ em Hebraico e em Grego
A palavra hebraica traduzida “parábola” (#4912, mashal) tem a sua raiz numa outra palavra hebraica (#4910, mashal). Essa raiz significa “governar” ou “reinar”. São chamados parábolas por que ‘governam’ ou ‘controlam’ os espíritos de homens sábios. Nisso percebemos a importância das parábolas. Sendo algo que governa o homem entendemos que elas comunicam regras e verdades absolutas. Sendo axiomas, ou seja, verdades absolutas, são propícias para julgar as ações e pensamentos dos homens. Portanto, se desejamos ser sábios, as parábolas devem ser seriamente consideradas.
Em grego, a palavra ‘parábola’ (#3850, parabolei) que significa: similitude, narração fictícia da vida cotidiana que tem um moral; um ditado. A raiz dessa palavra grega (#3846, parabollo) significa: por ao lado, como uma ajuda para chegar ao destino; ou comparar. Portanto uma parábola, como usada no Novo Testamento é algo dito para ajudar o entendimento de algo difícil através de uma comparação.
As parábolas são muito importantes, mesmo sendo alegorias, metáforas e analogias, por que carreguam a imagem da sabedoria moral do autor.
As Figuras e Tipos são Diferentes das Parábolas
Parábolas como são conhecidas, geralmente não são figuras, tipos ou símbolos. Símbolos, figuras e tipos apontam a uma historia real. Por exemplo: O primeiro Adão aponta a Jesus Cristo; o sacerdote do Velho Testamento aponta a Jesus Cristo; Jonas aponta ao sepultamento de Jesus Cristo. Assim entendemos que as figuras apontam à historia verdadeira.
As figuras apontam à fatos reais. Por exemplo, o cordeiro da Páscoa aponta ao Cordeiro de Deus, ou seja, Jesus Cristo A nossa Páscoa (I Co 5.7).
Os símbolos e figuras são tipos por que têm um antítipo, ou seja, um cumprimento. Uma vez que o tipo se cumpra no seu antítipo, cessa a sua utilidade. Por exemplo, a serpente de bronze tem cumprimento como tipo no seu antítipo, ou seja, Jesus na cruz (Jo 3.14). Tudo no Tabernáculo é símbolo, e o antítipo é Cristo.
Parábolas, como conhecidas pela maioria, são diferentes de figuras, símbolos e tipos porque não usam pessoas ou eventos reais. Se a passagem tiver o nome de uma pessoa literal ou um evento histórico não deve ser considerada como uma parábola. Um exemplo de parábola seria o semeador (Mt 13.1-13). Não temos o nome do semeador nem o lugar da sua atuação. É fictícia. Mas isso não minimiza a importância da lição que a parábola está ajudando-nos a aprender e que deve ser aplicada às nossas vidas.
Parábolas são diferentes de figuras pois tratam de uma doutrina ou prática, ou seja, um moral que Deus deseja levar à consciência do homem. Um exemplo disso seria a parábola usada por Natã ao Rei Davi (II Sm 12.1-9).
Identificando uma Parábola
Podemos distinguir uma parábola clássica quando ela é chamada “parábola”. É estimado que existem trinta parábolas proferidas por Jesus. Cada uma sendo precedida por palavras semelhantes a estas de Mt 13.3, “E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear”.
Podemos distinguir a natureza de uma parábola clássica quando o senso literal não edifica. Sabemos que a lição do semeador seria uma parábola mesmo se Jesus não a chamasse de parábola porque o senso literal seria meremente uma lição sobre agricultura. Pelo senso literal não ser edificante podemos saber que a passagem é uma parábola.
Por Que Jesus Usava Parábolas?
Jesus usava parábolas porque alguns dos Seus ouvintes eram contra a verdade – Mt 13.10-13, “E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundáncia; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem”.
Pode ser que Jesus usasse as parábolas para fazer-nos mais estudiosos. O capítulo dois de Provérbios nos ensina a “clamar” por conhecimento, “buscar” a sabedoria como a tesouros escondidos e assim acharemos o temor do Senhor (Pv 2.1-6). Por causa de ensinos espirituais estarem escondidos nas parábolas, somos forçados a estarmos muito atentos à sabedoria.
Creio que Jesus usava as parábolas para conscientizar-nos da nossa necessidade do Espírito Santo para entendermos a Palavra de Deus. Hebreus 5.14 nos ensina que o mantimento sólido é para os experimentados, os que têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal. Quando encontramos uma parábola, convém que oramos buscando o auxilio do Senhor, e devemos meditar mais tempo no contexto em que se encontra a parábola. Aplicando à passagem que contém a parábola às seguintes perguntas, podemos conhecer a verdade escondida nela: a quem foi dada a lição; quando foi proferida; onde foi instruída, e por qual razão foi dita.
Jesus usava as parábolas para cumprir a profecia – Mt 13.34, 35 “Tudo isto disse Jesus, por parábolas à multidão, e nada lhes falava sem parábolas; Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a minha boca; Publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo” (Sl 78.2).
Pode ser que Jesus usava parábolas para acostumar-nos a ver lições espirituais nas coisas naturais do nosso dia a dia. Quando usamos uma vela e a colocamos no velador podemos ser lembrados que devemos ser iluminados por Deus, a Sua Palavra, Seu Espírito e como o cristão é uma luz útil para o mundo conhecer a verdade. Também quando na vida cotidiana o nosso alimento falta sal, ou quando vemos alguem firmando um alicerce sobre a rocha ou quando observamos a terra naturalmente produzindo as ervas daninhas, somos relembrados das lições espirituais das parábolas para nosso melhor crescimento.
Cuidados Que Devemos Ter Com As Parábolas
Quando tratamos as parábolas devemos considerar o seu alvo principal que o autor avisa. Não busque nada além deste alvo para entender a desejada verdade. O próprio alvo da parábola é geralmente determinado na própria passagem, ou antes, ou depois. Na interpretação da parábola não podemos tomar liberdades além do alvo principal, mas na aplicação dela podemos usar maior liberdade.
Considere a história e cultura do povo mencionado. Conhecendo as verdades das plantas, do clima, e dos costumes do país em qual a parábola é dada ajuda muito. Quanto maior conhecimento do povo a quem é dada a parábola, tanto maior entendimento aproveitaremos.
Nem cada pessoa, ação, ou coisa mencionada na parábola deve representar uma verdade. Por exemplo, a vassoura usada para varrer o chão para achar a moeda perdida (Lc 15.8-10) não deve esconder uma grande verdade espiritual para nós. Tenha cuidado para não desenvolver algo além do proposto. As interpretações das parábolas não devem ferir nenhuma doutrina. Nunca permita que o ensino da parábola seja contrario à fé.
Portanto, peça a orientação do Espírito Santo no seu estudo bíblico. Tenha cuidado de não espiritualizar o literal ou o histórico, ou aquilo que é claramente proposto como verdade. Seja estudioso. Busque o entendimento da escritura alegórica pelas parábolas.
O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – II
Lição 15Leitura: Mateus 13.1-17; Isaías 6
Versículo para Memorizar: Mt 13.13, “Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.”
Introdução: As Parábolas em si poderão aparecer misteriosas e o ensino sobre o Reino de Deus pode ser difícil de entender. Talvez o mistério maior seja entender por que Jesus ensinava sobre o Reino de Deus pelas parábolas. Todavia podemos ter certeza que Ele sabia bem o que estava fazendo. No estudo bíblico sempre encontramos algo que é maior do que o nosso entendimento. A nossa fé é exercitada por este tipo de estudo.
As Parábolas Sobre o Reino de Deus
O Pastor Forrest Keener fez o trabalho de vasculhar o Novo Testamento e listar todas as parábolas existentes. Ele contou aquelas referidas por Jesus como parábolas, e outras que os homens referem como sendo parábolas mas não são relacionadas por Jesus como parábolas (o rico e o Lazaro não deve ser considerado como parábola). A contagem dele somou trinta parábolas. Ele depois observou que dessas, vinte são relacionadas claramente com o Reino de Deus. Das dez restantes, mais da metade são relacionadas com o Reino de Deus por que o contexto maior trata do Reino de Deus. Menos que cinco das trinta parábolas podem não ser relacionadas ao Reino de Deus.
Além das parábolas, Jesus usou objetos para ensinar sobre o Reino de Deus, como por exemplo, os meninos trazidos a Ele (Mt 19.14). Estas lições não são somadas ao número das parábolas.
Pelo grande número de parábolas usadas para ensinar sobre o Reino de Deus, é necessário entender a razão pela qual Jesus usou parábolas com tanta freqüência.
O Porquê das Parábolas Sobre o Reino de Deus
Será que o nosso versículo para memorizar nos diz que Jesus ensinou sobre o Reino de Deus pelas parábolas para que os ignorantes fiquem menos esclarecidos ainda? Não creio que esta seja a razão.
A passagem de Isaías 6.9, usada para explicar a razão que Jesus fazia uso das parábolas, é mencionada várias vezes no Novo Testamento (Mt 13.14,15; Mc 4.12; Lc 8.10; Jo 12.40; At 28.26,27; Rm 11.8). Todas às vezes essa profecia aponta aos judeus, a quem também Isaías deu a profecia (M. Poole). Esse fato é importante.
Há três grupos de pessoas aos quais as parábolas estão direcionadas. Presta atenção pois você faz parte de um desses grupos.
O primeiro grupo (Mt 13.11, 16) são os salvos daquela época. Os que Jesus diz que têm ouvidos e olhos espirituais são ensinados pelas parábolas para que cresçam em maior entendimento abundantemente (“Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância” Mt 13.12). Estes são bem-aventurados. Estes são os objetos da graça de Deus, “Por que a vós é dado conhecer” (Mt 13.11).
O segundo grupo são eles que não tem (“àquele que não tem”, Mt 13.12), ou para ser mais específico, os judeus não salvos que rejeitaram repetidamente o Evangelho. Portanto estes cumpriram o que foi profetizado por Isaías 6.9. Usando a parábola dos vinhateiros (Lc 20.9-19) Jesus mostra por que fala a eles por parábolas. Aos Judeus os profetas foram enviados e foram apedrejados e mortos (At 7.52). Depois Deus enviou João o Batista e os judeus não aceitaram a sua mensagem. Os apóstolos também foram primeiramente aos judeus (Mt 10.5-7; At 28.2,27) e foram rejeitados. Depois enviou Seu próprio Filho e os judeus clamaram que Ele fosse crucificado (Mt 27.23-25). Portanto, Jesus ensina que estes não têm ouvidos nem olhos espirituais, e todas as oportunidades de arrepender e crer em Cristo foram rejeitadas. Portanto, “até aquilo que tem lhe será tirado” (Mt 13.12; o que “tem” os judeus: Rm 9.4-5). Estes olharam aos sinais e às obras de Cristo mas não compreenderam a Verdade de Cristo. Estes ouviram as Palavras de Deus que Cristo apresentava, mas não ouviram de coração a Verdade. As parábolas foram dadas a estes para que entendessem a Quem estavam realmente rejeitando, e qual é o sério resultado dessa rejeição. Especificamente, essa parábola aplica-se aos judeus. Numa maneira geral aplica-se a todos que rejeitam a mensagem do Reino, ou seja, Jesus Cristo.
Observe: Deus pode fazer que a mente de alguém não entenda a verdade de Cristo se assim Ele quiser. Ele é soberano, os Seus caminhos e os Seus pensamentos são mais altos do que nossos caminhos e pensamentos (Is 55.8-11). Deus pode restringir o entendimento dos que insistem em O rejeitar (Pv 1.24-33; Os 4.6). Tenha cuidado de como se trata o Senhor e a Sua palavra. Humilhai-vos diante dEle e sirva a Ele com temor (Sl 2.11; Ml 1.6)!
O terceiro grupo é composto pelos que viverão depois daquela época. Esse grupo nos inclui. Essas coisas foram escritas para nosso ensino (Rm 15.4; II Tm 3.16-17). As parábolas e as suas interpretações na Palavra de Deus são para que possamos entender melhor as verdades sobre o Reino de Deus (Mc 13.28-37, “E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai”; Lc 12.41-48).
Note a compaixão de Cristo. Pela dificuldade que tinham em entender facilmente as verdades que Jesus ensinava diretamente, Ele lhes ensinava por parábolas. Parábolas são fáceis de lembrar se estiverem bem explicadas. Um ensino que de outra maneira seria difícil entender, pelas parábolas tornar-se-á fácil de entender.
Quando a verdade é explicada através de uma parábola, não é necessário que haja uma explicação da parábola em si, pois a parábola é fácil de entender, mas é necessário explicar a sua aplicação. Se eu quis lhe ensinar uma lição qualquer e usei uma bananeira para ajudar a sua compreensão, não seria necessário uma explicação do que é uma bananeira. Precisaria explicar como a bananeira é igual à verdade que ensino. Assim as parábolas necessitam aplicações para que a verdade seja entendida.
A Aplicação Dupla das Parábolas
Já estudamos que o Reino de Deus e a Igreja de Deus não são iguais. Têm similaridades entre eles, mas similaridades não fazem com que duas coisas sejam a mesma. Se alguém crê que a nação de Israel foi substituída pela Igreja no Novo Testamento será necessário que esta pessoa também aplique as parábolas do Reino de Deus sempre à Igreja. Se alguém mantém a posição de que a Igreja e o Reino são iguais seria indubitavelmente necessário que este também aplicasse as parábolas do Reino de Deus à Igreja.
Todavia, a nação de Israel no Velho Testamento não foi substituída pela igreja no Novo Testamento nem é representada necessariamente pelas parábolas do Reino de Deus. A nação de Israel no Velho Testamento continua sendo a nação de Israel no Novo Testamento e é ainda hoje. Reveja o estudo da lição doze para lembrar esse fato.
Também, como estudada na lição onze, o Reino de Deus não é igual à Igreja que Jesus organizou antes da Sua crucificação.
Apesar do Reino de Deus não ser igual à Igreja nem à nação de Israel, nas parábolas sobre o Reino de Deus, existem muitas lições para os Cristãos que fazem parte de uma igreja neotestamentária. Então esteja atento às parábolas!
As Lições das Parábolas Sobre o Reino de Deus
As Parábolas sobre o Reino de Deus ensinam verdades que de outra maneira não seriam enfatizadas.
As Parábolas do Reino de Deus explicam a suposta falha na mensagem do Evangelho. Quando evangelizamos os entes-queridos, vizinhos e todos em geral, parece a nós que poucos ouvem o que estamos dizendo. Por isso existe uma tendência entre líderes eclesiásticos de trocar a mensagem para algo mais agradável para o povo em geral. Mas nem todos sabem que quando trocam a mensagem por algo mais agradável, o verdadeiro Evangelho cessa de ser declarado. Para os que querem ser fiéis não existe opção de trocar a mensagem. Para ser fiel devem apenas continuar pregando a Palavra de Deus. Todavia, pela mensagem não ser popular, os fiéis freqüentemente têm uma síndrome de ser vencido. Alguns razoavam: Será que assim é a vontade de Deus? A parábola do semeador (Mt 13) indica que é assim mesmo. A maior parte dos ouvintes não tem fruto que glorifique a Deus. O mundo vê isso como uma derrota. Todavia, há fruto garantido. É o fruto que agrada Nosso Senhor. É o fruto da Palavra na terra boa que foi preparada pelo Espírito Santo usando os Seus meios (Mc 4.26-29). Há garantia que a Palavra cumprirá o propósito pela qual ela foi enviada (Is 55.11). Todavia, saiba que Deus não dá prêmios pela preguiça. O fruto desejado vem somente depois de semear (Tg 5.7).
Somos ensinados pelas Parábolas sobre o Reino que Deus permite que haja joio entre o trigo e que o julgamento futuro é inevitável (Mc 4.26-29). O agricultor não gosta que tenha joio entre o trigo, mas no Reino de Deus isso acontece, ou seja, isso acontece na vida do Cristão verdadeiro. Pela igreja ser composta dos que são no Reino, essa é uma verdade para ela também. Ninguém gosta de ser membro de uma igreja onde há hipócritas ou outros tipos de falsos. Todavia, aqui na terra, a igreja sempre terá este problema pois é assim no Reino enquanto não esteja no seu estado celestial. Veja a primeira igreja (Jo 6.70). Se tiver joio no seu coração, saiba que Deus, ao Seu tempo, meterá a foice e o joio será queimado (Rm 14.10) e o trigo ajuntado pelo Senhor. Você está pronto para o julgamento?
Outra lição importante contida nas parábolas sobre o Reino é a verdade que Deus usa coisas pequenas para fazer grandes coisas. (Mc 4.30-34). O mundo é atraído às coisas de destaque, de grandeza, de popularidade. Há ministrantes da Palavra que caem nesse modo de pensar também. Pela parábola do grão de mostarda aprendemos que os caminhos de Deus não são os do mundo e Ele deleita em usar as coisas pequenas (I Sm 16.7; Zc 4.10; I Co 1.26-29). Não seja acanhado pelas falhas que você tem na sua vida crendo que Deus não possa usá-las. Deus te fez junto com as falhas (Ex 4.11; I Co 4.7). E saiba isto: as falhas pessoais não eliminam as responsabilidades de proclamar o Evangelho. Antes procure a graça de Deus para servir com aquilo que tem (Ec. 9.10; II Co. 8.12).
Como as coisas pequenas são úteis na mão do Senhor, também as coisas ruins, mesmo pequenas, são perigosas para a obra de Deus (Mt 13.33; Ct 2.15). Um pouco de fermento na vida do Cristão, na família, ou na igreja logo espalha e toma conta da massa toda. Portanto a mínima doutrina falsa ou um pouco de práticas mundanas merecem cuidadosa vigilância. A verdade nunca é fortalecida pelo descuido dela, mesmo que o descuido seja por amor. O amor que sacrifica a verdade no seu altar não pode ser o amor verdadeiro. Não seja enganado, o amor verdadeiro não folga com a injustiça, mas com a verdade (I Co 13.4-6; Jo 14.15). Podemos ter verdade sem o amor, como a igreja em Éfeso (Ap 2.1-7), mas não há como ter o amor verdadeiro sem o maior respeito com a verdade.
A importância da responsabilidade pessoal é ensinada pelas parábolas. Deus entrega responsabilidades a cada um de nós conforme as capacidades particulares e somos responsáveis de usá-las para a Sua glória (Mt 25.14-30). As capacidades individuais são nos dadas por Deus (I Co 4.7; 12.4-11) e haverá prestação de contas de como foram investidas para a Sua glória. Portanto seja vigilante em como usa aquilo que Deus lhe deu seja oratória, posses, capacidade musical, aptidão para ensinar, administrar, servir ou outras capacidades.
A salvação da alma é parte integrante das parábolas, pois não há como perceber nem entrar no Reino de Deus sem ter nascido de novo (Jo 3.3-8). Você já renasceu? Já se arrependeu dos pecados e confiado em Jesus Cristo como seu sacrifício pelos seus pecados? Você conhece o Rei do Reino? Seu coração já se prostra diante deste Rei? Ou vive em rebeldia contra Ele ainda? Os verdadeiros súditos reconhecem a soberania do Rei e submetem-se a ela.
O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – III
Lição 16O Semeador
Leitura: Mateus 13.18-2
Versículo para Memorizar: Tiago 5.7, “Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia”.
Introdução: Geralmente não pensamos da diferença entre aquilo que os discípulos sabiam naquela época e o que nós sabemos hoje. Para eles alguns fatos destas parábolas não eram facilmente entendidos. Porém, depois de dois mil anos de história, nós deveríamos entender melhor, pois a história nos revela as lições dadas pelas parábolas aos discípulos. Por exemplo, nós temos a Bíblia completa com o relatório do que aconteceu no dia de Pentecostes e os ensinos do Apóstolo Paulo. Todos aqueles a quem as parábolas foram ditas não tinham a história para lhes ensinarem como temos nem a Bíblia completa. Estes fatos devem nos ajudar a entender melhor as lições dadas naquela época pelas parábolas.
Temos de lembrar que a submissão é um princípio chave no assunto do Reino de Deus. Por isso esta virtude aparece nas parábolas freqüentemente. As parábolas dos vinhateiros, dos despenseiros e outras ensinam como é errado e vil clamar igual aos reis da terra: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas (Sl. 2.1-3; Mc 12.1-7). Aquela época não era diferente de hoje. Hoje a filosofia popular visa satisfazer a nossa vontade como importância principal! Todavia, se você deseja fazer parte do Reino de Deus a submissão é primordial! Como você vê a sua submissão? Você será submisso ao Rei Jesus? Não basta pensar que Jesus é o melhor salvador, um refúgio ou o amigo mais chegado do que um irmão. Como está a sua submissão a Ele? Você concede que Ele sempre reine sobre você? Sobre tudo?
O Semeador
Quando Cristo foi rejeitado pelos ‘muitos’, Ele não ficou chocado ou desnorteado. Ele sabia que seriam poucos que entrariam pela porta estreita. Poderíamos ficar menos desapontados se entendêssemos as lições da parábola do Semeador.
O Alvo - Trata particularmente dos resultados da pregação da “palavra do reino” (v. 19). Essa mensagem é a nossa mensagem também. A palavra do Reino é o evangelho (“evangelho do reino”, Mt 4.23; 9.35; 24.14; Mc 1.14). Cristo ensinou aos Seus discípulos em todas as épocas: A nossa pregação do Evangelho não será 100% entendida. A história Bíblica nos mostra como é verdadeira essa lição: Mesmo que Jerusalém e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão ia ter com João o Batista (Mt 3.5); mesmo que Jesus fizesse e batizasse mais discípulos do que João (Jo 4.1), no dia da subida de Jesus ao céu, o numero da multidão junta seria apenas cento e vinte pessoas (At 1.15).
Por causa da doutrina forte muitos dos discípulos tornaram para trás, e já não andavam mais com Ele (Jo 6.66). Por isso, Jesus ensinava aos Seus discípulos que o sucesso dEle não era grande nem sempre óbvio, e também não seria o sucesso deles, nem será o nosso. Muitas atribulações seriam prevenidas se contemplássemos o ministério de Jesus e as lições das parábolas.
O Ensino: A pregação da Palavra do Reino produz quatro resultados diferentes aos que a ‘ouviram’: 1. Os que não entendem (Mt 13.19). 2. Os que respondem apenas emocionalmente (Mt 13.20,20). 3. Os que importam mais com as coisas do mundo e, mesmo tendo ‘vida’, não têm fruto (Mt 13.22). 4. Os que ouvem, compreendem e dão fruto.
É triste quando a preciosa Palavra de Deus que opera eternos benefícios tão grandes para necessitados tão depravados é desprezada, mal entendida, e menosprezada. Mas, devemos tomar esses fatos tristes como normais e não abnormais.
Todavia, para o semeador experiente e sábio, mesmo não desejando desperdício de tempo, oportunidade e esforço, o fruto é que importa ao semeador. Como o sábio pregador observou: “Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará”, (Ec 11:4), assim, se focalizamos demasiadamente como a nossa pregação é recebida, nunca semearemos e, portanto, não ceifaremos. Para o semeador sábio, o fruto é o desejado; o mais importante, aquilo que recompensa todo o seu trabalho (Tg 5.7, “Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia”).
Portanto: A responsabilidade do semeador é de semear. Ele então espera em Deus ceder o fruto que lhe agrada (I Co 3.6). E, se eles não entendem o Evangelho? Mesmo assim pregue a Palavra a toda criatura! Se eles não continuam alegres com a Palavra? Continue pregando a Palavra! Se eles só têm aparências e nenhum fruto? Insiste em pregar a Palavra a todos! Somente semeando continuamente a todos é garantido o fruto almejado, ou seja, o fruto que agrada a Deus pois este é dado por Deus.
Devemos ser avisados a não sermos criativos com a Palavra para que seja mais atrativa, mais agradável, mais bem sucedida. A Palavra de Deus não precisa de melhores métodos, mas precisa de mais pregadores que são consagrados a Cristo e que são satisfeitos em semear a Semente! Ela não necessita de pragmatismo. A Palavra de Deus só precisa de ser comunicada, proclamada, falada, testemunhada, propagada, declarada, anunciada e pregada.
Pastor, não meça a sua espiritualidade pelos tipos de ouvintes que você tem, mas, semeia a verdade “instes a tempo e fora de tempo” (II Tm 4.2). Ore a Deus que Ele dê o crescimento em nossas famílias, bairros, cidades, e ao redor do mundo, pois, tudo depende dEle. Fique perseverante em oração (Lc 18.1-6; Rm 8.31,32; Ef 6.18). Seja fiel no seu testemunho (I Pe 3.1,2; 4.14). Faça o que deve fazer (Lc 17.10). Os ouvintes prestarão contas a Deus como cada um reagiu a Sua Semente.
Lembre-se do Rei deste Reino! No tempo dos apóstolos um foco exagerado era dado ao Reino de Deus. Muitos eram atenciosos e indagavam: A profecia estava sendo cumprida? Será que o reino será estabelecido? Por quem e quando? Hoje é igual, ou seja, muitos estão esquentando a cabeça, bem preocupados sobre os mistérios, cronologias e outros fatos do reino. Todavia não dão tanta importância ao Rei.
Muitos hoje querem decifrar as profecias, mas esquecem que o espírito da profecia é Cristo (Ap 19.10). Cristo é o assunto, a importância maior! Terá Cristo como Rei para reinar sobre você? O reino milenar tem Cristo exaltado, o Rei dos reis e Senhor dos senhores (I Tm 6.15; Ap 19.6). Não somos nós que fazemos Cristo ser Rei. Deus já o fez assim (At 2.36). O Evangelho é o que Cristo fez pelo pecador para agradar Deus. Cristo veio, morreu pelos nossos pecados, foi sepultado, ressurgiu e está assentado à destra do Pai (I Co. 15. 1-5). Cristo foi exaltado e lhe dado todo o poder (Fl. 2. 8-10; Mt. 28.19). Ele é a nossa Semente para semear em todo lugar deste mundo. Existem e existirão os que não entendem, os que pendam apenas para a emoção, os que têm cuidado demais das coisas do mundo, e os que têm apenas aparências; todavia, terão os que produzem fruto.
Você deseja que Ele tenha o Seu fruto na sua vida? Submete-se a Ele arrependendo dos seus pecados e crendo em Cristo pela fé. Prostre diante dEle como seu Salvador e Senhor!
O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – IV
Lição 17A Semente e O Joio Entre o Trigo
Leitura: A Semente, Marcos 4.26-29; O Joio e o Trigo, Mateus 13.24-30, 36-43.
Versículo para Memorizar: I Coríntios 15.58, “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.”
Introdução: Aprendemos pela parábola do semeador que não devemos desanimar na obra do Senhor. Jesus nos adiantou que proporcionalmente há poucos entre todos que ouvem a Palavra e aqueles que dão o fruto agradável ao Senhor. Nisso aprendemos que não devemos medir a nossa espiritualidade pelos resultados do nosso ministério, quer dizer, se estamos fiéis em semear. Também aprendemos que não são os números, nem a aparência de sucesso que Ele procura, mas o fruto que vem de um coração singular na obediência da Palavra de Deus. Portanto, não devemos inventar métodos criativos, mas, devemos ser perseverantes e fiéis em semear a preciosa Semente, esperando em Deus a dar o fruto que O agrada. Verdadeiramente, os caminhos do Senhor são muito mais altos do que os caminhos do homem (Is. 55.8).
Estas duas parábolas, a Semente e O Joio e o Trigo, têm lições que nos ajudam a aprender aspectos diferentes do Reino de Deus.
Para os que são tentados a serem contemporâneos, ou seja, mais relevantes aos gostos do mundo, essas parábolas têm respostas claras: somente a Semente Boa produz os filhos do reino, e, qualquer fruto da invenção ou método do homem será recolhido e lançado no fogo.
A Semente E O Joio E O Trigo
Comparando as duas parábolas entendemos que o semeador da Boa Semente é o Filho do homem (Mt. 13.37). Somos consolados na grande obra de semear a semente incorruptível, a Palavra de Deus. Não estamos a sós nessa obra. Pregamos, anunciamos, declaramos, testificamos, e proclamamos a Palavra. Todavia, é o Filho do homem que está semeando a Boa Semente pela nossa pregação. Entendemos que não temos licença para semear outra Semente além daquela que Deus considera boa. A missão permanente desta igreja é de ir por todo o mundo pregando o evangelho a toda criatura. Com certeza existem outras sementes sendo semeadas. São as que alimentam os pobres, educam os ignorantes, dão casas aos sem-teto e terra aos sem-terra. Todavia, não são semeadores da Boa Semente. A Boa Semente é as boas novas da vida eterna por Jesus Cristo pelo arrependimento dos pecados e a fé nEle. Os semeadores das outras sementes não são os servos de Cristo. São os servos do diabo (Mt. 13.38).
A Boa Semente sempre produz de acordo com os propósitos divinos (Is. 55.8-13). Por Cristo ser o Semeador, e a Palavra de Deus a Semente, Deus tem o direito de determinar o resultado. O apóstolo Paulo se refere a esta determinação soberana quando diz: “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo?” (II Co. 2.14-16). Paulo está dizendo que os que crêem, o Evangelho é para vida, e para os que não crêem no Evangelho o mesmo é para a morte. Quando pecadores se arrependem e crêem em Cristo pela fé, o Evangelho é um cheiro de vida para vida e podemos concluir que assim os propósitos divinos estão sendo cumpridos. Quando os pecadores rejeitam a Palavra, a Palavra está sendo eficaz e cumprindo assim os propósitos divinos mesmo assim. Para estes o Evangelho é um cheiro de morte para morte. Talvez não entendemos isso, mas não é para nós entender. A nossa responsabilidade é pregar, ou seja, semear a Boa Semente. Não temos ordem para analisar essa verdade ou mesmo criticá-la, mas para semear a Boa Semente.
O semeador do joio é o diabo. Satanás é um semeador muito ativo. A sua semente produz joio. O joio são os filhos do maligno. Notou que existem só dois tipos de sementes? Notou que existem somente dois tipos de resultados? A Semente Boa produz o trigo, ou seja, os filhos do reino. A outra semente não é boa e produz o joio, ou seja, os filhos do maligno. É pena, mas não há uma terceira opção. Ou você é agora um filho do reino ou um filho do maligno. Se não for de um, do outro é. Sem usar parábola, Jesus disse em outra ocasião aos que não creram nEle, “Vós tendes ao pai, o diabo”, (Jo. 8.44). Portanto, é necessário nascer de novo se deseja ver e entrar no reino de Deus (Jo. 3.5-8). Nunca pense, por ser religioso, bondoso, amável e generoso, você, mesmo não sendo filho de Deus, também não é um filho do maligno. Não há meio termo. Se não nascer de novo, não verá o reino de Deus.
O campo é o mundo (Mt. 13.38). Como há somente dois tipos de sementes e dois resultados possíveis, também não existe outra opção. Ou somos do mundo ou de Deus. De qual você é?
Considere o que foi dito aos servos diante da descoberta do joio entre o trigo. Os servos estavam prontos para arrancá-lo, porém foram instruídos: “deixai crescer ambos juntos até à ceifa”. Parece a nós que por Cristo semear somente a Semente Boa, Ele ficaria feliz de ter somente o trigo no campo. Se olhássemos ao que Deus aprova, poderíamos raciocinar que Ele só deseja o fruto da Boa Semente, ou seja, o trigo. Foi isso que os discípulos, Tiago e João, pensaram também (Lc. 9.54). Todavia, a vontade de Deus, quando considerado o que Ele permite, Ele deixa o joio crescer junto com o trigo. É verdade que o reino é dEle, Ele é o Rei dos reis, e Senhor dos senhores. Porém, o reino com Cristo reinando vitoriosamente sobre tudo não é a vontade de Deus por enquanto. Agora Ele quer deixar o joio e o trigo crescer juntos.
Desde que o campo é o mundo, entendemos que, agora, não estamos no milênio. Um dia, o reino incluirá os novos céus e um novo mundo (Ap. 21.1). Naquele dia todas as coisas de hoje passarão. Breve, em um dia nesta terra, durante o milênio, o Seu reino será uma realidade (Ap. 20.1-6). Mas, hoje, as coisas são diferentes. O mundo ainda é o que é. O campo é o mundo e não o céu.
Por causa do campo ser o mundo e, desde que o joio cresce junto do trigo, temos condições para fazer nossa missão. Se não tivesse joio no mundo, não teríamos como cumprir a nossa responsabilidade de pregar o evangelho a toda criatura. Na pregação da Palavra, quem está sendo convertido senão o joio? Há uma doutrina falsa chamada a “teoria das duas sementes”. Essa doutrina erroneamente ensina que os que serão salvos sempre foram salvos. Porém, a verdade é que todos são filhos do maligno até que, pela conversão, tornam a ser filhos do reino. Efésios 2.1-3 determina que os que são objetos da misericórdia de Deus, em noutro tempo eram por natureza filhos da ira como qualquer filho do maligno. Temos Campo! Temos esperança que a Palavra de Deus terá efeito bom! Seja missionário! Semeie!
Olhando as proporções, parece que os filhos do reino estão perdendo para os filhos do maligno. Porém, por Deus ser soberano, mesmo que os filhos do maligno opõem-se a qualquer propósito de Deus, eles operam para que a Sua divina vontade seja feita. Os filhos do maligno, na sua rebelião, operem os propósitos de Deus. As provações do diabo contra o justo Jó que operavam para a glória de Deus é um exemplo. As mãos ímpias que crucificaram Cristo cumprindo assim a eterna vontade de Deus é outro exemplo. Portanto, filhos do reino, não tenham atitude de vitima! Deus tem um grande propósito em permitir que o joio cresça junto com o trigo. Vá trabalhando! Ele retirará o joio no tempo oportuno.
A ceifa chegará e os justos resplandecerão como o sol no reino de seu Pai. A parábola da semente ensina-nos que não sabemos como a semente brota e cresce. A terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, e por ultimo o grão cheio na espiga (Mc. 4.26-29). Tudo opera bem, mesmo que não sabemos como. Às vezes pregamos com sinceridade a verdade plena e oramos com zelo para que os pecadores sejam salvos, mas não frutificam como filhos do reino. Em outros casos, parece que um leve contato com um pecador dá fruto. Será porque todos não são tão ligeiros ao serem convertidos? Não sabemos como. Podemos ficar felizes por não sermos responsáveis em explicar como tudo funciona e por termos apenas a responsabilidade de semear a Semente em vez de fazê-la frutificar. Podemos ficar felizes que a terra boa produz fruto e a Semente Boa produz trigo. A proporção e a maneira que a ceifa será feita não pertencem a nós mas a Deus. Todavia, faremos parte da ceifa e faremos com gozo (Sl. 126.6; Jo. 4.36).
Repetindo: o mundo não é o que o reino de Deus será. O campo tem o reino de Deus crescendo nele, mas o mundo agora não é tudo o que será. O reino de Deus virá quando os Seus anjos metem-se a foice. Será logo. Eles colherão tudo o que causa escândalo e os que cometem iniqüidade estes serão lançados na fornalha de fogo. Porém os justos resplandecerão como o sol no reino de seu Pai. “Sede firmes e constantes” (I Co. 15.58).
É necessário que cada um faça a pergunta a si mesmo: Sou trigo, ou sou joio? Uma maneira de saber é examinar o seu fruto. Enquanto você se examina e reconhece que não é fruto da Semente Boa, entende-se que você é o joio. Assim estas parábolas nos ensinam. Se deseja ser o trigo, ou seja, o filho do reino, busque a misericórdia de Deus em Jesus Cristo.
O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – V
Lição 18O Grão de Mostarda e O Fermento
Leitura: Mateus 13.31-33; Lucas 13.18-21
Versículo para Memorizar: Mt 5.16, “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”
Introdução: O uso de parábolas é um método de ensino que usa o que é familiar para ajudar a compreensão de uma verdade não familiar. Quando a verdade é explicada através de uma parábola, não é necessário uma explicação da parábola em si, mas sim a sua aplicação. Se eu quis lhe ensinar uma lição qualquer e usei uma bananeira para ajudar na sua compreensão, não seria necessário uma explicação do que é uma bananeira. Precisaria explicar como a bananeira é igual à verdade que quero ensinar. Então se vê que parábolas necessitam de aplicações para que a verdade pela qual ela foi usada para ensinar seja entendida.
Nessa lição temos duas parábolas que usam coisas pequenas para ensinar aspectos do Reino de Deus: um grão de mostarda e o microscópico fermento. Se entendemos corretamente a natureza dessas coisas pequenas, podemos aprender aspectos do Reino de Deus que elas foram dadas para explicar.
O Que Essas Duas Parábolas Têm em Comum
Se não fosse evidente já, o grão de mostarda e o fermento são muito pequenos. O grão de mostarda é “a menor de todas as sementes” (Mt. 13.32). O fermento em si é microscópico (não confunda o próprio fermento com o agente que é misturado nele para facilidade de manuseio). Pequenos e aparentemente insignificantes são os dois.
Também, o grão e um pouco de fermento são capazes de imenso aumento. O grão de mostarda torna “a maior das plantas” (Mt. 13.32). O fermento, em bem pequena quantia, leveda toda a massa (Mt. 13.33).
Um terceiro fato em comum entre estes dois é que o estágio final é reconhecido pelo mundo. A planta de mostarda é vista, pois é bem grande, e aquilo que é fermentado é notado por todos, sim, todos os dias para quase todos os brasileiros, na hora do café da manhã. Tanto um quanto o outro, no seu crescimento maduro, são bem notados por todos.
O Que a Parábola do Grão de Mostarda nos Ensina do Reino de Deus
A aplicação da parábola do grão de mostarda ao Reino de Deus aponta à verdade do Reino de Deus sendo insignificante para o mundo. Apesar disso, o número desses ajuntamentos cresse. Essas pequenas assembléias espalham apesar do desprezo contra elas e da perseguição que visa erradicá-las. Porém, no dia que o Rei dos reis, e Senhor dos senhores vier, Ele reinará no seu Reino. Como o grão de mostarda crescido, a perspectiva mundial para com Seu reino será diferente. Para a Sua cidade principal “os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra” e “a ela trarão a glória e honra das nações”. Naquele dia essa cidade celestial será madura e crescida, com toda a glória e honra de todos (Ap. 21.23-26). O Reino de Deus será bem diferente naquele dia quando o Reino será crescido do que no tempo do Novo Testamento quando era microscópico.
Um exemplo disso é o Nabucodonosor. As coisas de Deus eram de pouca importância para este rei e para o povo babilônico, como o grão de mostarda é pequeno e insignificante antes de crescer. Porém a hora veio em que o rei Nabucodonosor viu crescido a grande glória e poder soberano de Deus (Dn. 4.34). Será igual um dia para todos na terra.
Essa verdade, decerto, instruiu e animou os discípulos de Cristo naquela era e deve animar e instruir a nós hoje também. Será que somos como o ministério público de Jesus, e a Sua igreja? O ministério de Jesus e o tipo de igreja que Cristo começou no Seu ministério tiveram um começo aparentemente insignificante. Foram rejeitados pela maioria e nunca foram reconhecidos pelo mundo como algo glorioso. Porém, conforme a parábola do grão de mostarda, Cristo e a Sua igreja neotestamentária serão reconhecidos no grande e perfeito Dia do Senhor. Quando o Reino de Deus vier na sua glória, cada joelho dobrará e toda língua confessará que este Jesus rejeitado, crucificado e menosprezado por tanto tempo é, “o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp. 2.9-11).
Como a planta de mostarda, o Reino de Deus não surge de algo grande mas pequeno. Observe que nem a nação de Israel veio de uma grande nação ou de grandes homens. A nação de Israel é grande na estimação de Deus, mas o Reino de Deus não é produzido pela grandeza da nação de Israel. Israel rejeitou o seu Rei, mas, para esse povo veio Jesus, e por esse povo surge o Reino de Deus.
Pensando da historia de Israel, notamos que os homens que dirigiram a nação de Israel não eram grandes para com o mundo. Samuel era um menino quando Deus o chamou; Davi era o caçula de uma família humilde mas, foi escolhido por Deus; Salomão, que reconheceu a sua falta de sabedoria, foi, como todos estes, usado por Deus grandemente. Observe o caso do próprio Jesus Cristo. Como um insignificante grão de mostarda, Ele “foi subindo como renovo ..., e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para Ele, não havia boa aparência nEle, para que O desejássemos”, Is. 53.1. Foi este, o Filho de Deus, de humilde origem não reconhecida como capaz de produzir algo bom (Jo. 1.46). Este Jesus, “a pedra que foi rejeitada” por nós, Deus fez que fosse “posta por cabeça de esquina”, At. 4.11. A nação de Israel estava interessada no Reino de Deus com certeza, mas procuraram uma personalidade vistosa e atraente. Não reconheceram o nenê de Belém. Não aceitaram Aquele que era meigo e humilde, que tinha um rude precursor e foi seguido por discípulos que entre eles eram homens sem letras. A mensagem que estes discípulos pregaram, ou seja, o arrependimento dos pecados e a fé naquele homem que o mundo julgou fracassado e crucificado entre malfeitores, era uma mensagem vergonhosa e não digna de aceitação. Pela parábola do grão de mostarda Jesus estava ensinando aos discípulos a verdade que os que O seguem e os que Deus agrada colocar no Seu ministério, são como Cristo, ou seja, não são reconhecidos como algo digno de estimação pelo mundo (I Co. 1.26-31). Portanto, não procure agradar o mundo!
Mas, quando aquele insignificante grão crescer, será a maior de todas as plantas. Aquela congregação humilde que Cristo começou e está edificando, no fim de tudo, na sua glória, será posta diante do trono e perante o Seu Rei, trajando vestes brancas “uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”, Ap. 7.9. Portanto, não despreze o dia de coisas pequenas (Zc. 4.10). O desejo de ser algo grande e impressionante diante dos homens é a filosofia deste século, mas não é como Deus opera. A parábola do grão de mostarda nos ensina isso.
Humilha-se diante de Deus, confessando o seu pecado. Tome já o crucificado e ressurrecto Cristo pela fé como seu Salvador. Seja somado como membro daquela instituição agora desprezada pelo mundo, uma igreja neotestamentária, nela servindo o Senhor Jesus pela obediência da Palavra de Deus até que o Rei Jesus venha na Sua glória.
O Que o Fermento nos Ensina do Reino de Deus
Os usos de fermento na Escritura apontam para algo negativo no Reino de Deus. Estes usos são os seguintes: I Co. 5.6-8 e Gl. 5.9; Mt. 16.5-12 (heresia entre a verdade); Ex. 12.15-20 – Páscoa/ I Co. 11 – Ceia; Mt. 13.33 – O Reino de Deus.
Observamos que nem tudo no Reino de Deus é bom. Já aprendemos que existe o joio entre o trigo e existem os ouvintes que nunca produzem fruto. Agora observe que tem aquilo que, para o Reino de Deus é nocivo, ou seja, o fermento, o pecado. Creia ou não creia, o pecado está no Reino de Deus hoje. Está nos membros da nossa carne (Rm 7.14-20). Está em mim; está em você e está no mundo sendo toda hora inflamado pelo Satanás (I Jo 2.16; I Pe. 5.8; Ef. 6.12).
O fermento está presente em todas as nossas vidas, tanto literal quanto figurativamente. Literalmente sabemos que o fermento, mesmo invisível, é presente. O padeiro quando quer fazer pão italiano faz uma massa sem fermento e deixa descansar no ar livre para ser fermentado naturalmente. O fermento no ar livre é suficiente para que o pão italiano cresça mesmo tendo uma textura mais grossa. É uma prova que o fermento é invisível e está em todo lugar.
A natureza do fermento, tanto literal quanto figurativamente, é aumentar o tamanho de algo. A aparência é feita maior, melhor e mais valiosa. Todavia, o aumento que o fermento faz em algo não é um aumento de substância. À massa real nada foi acrescentado. O efeito do fermento no pão é bom para o sabor e textura do pão. Porém, no Reino de Deus o fermento é nocivo e algo a ser banido.
Em Mt. 16.5-12 e Lc. 12.1 entendemos que o fermento representa a doutrina falsa de auto justificação. Disso Jesus advertiu e acautelou os seus discípulos. Os Fariseus e os Saduceus confiaram muito em aparências. Tanto maior, melhor. Maior o conhecimento das Leis e da Historia judaica, maior a aparência de serem justos. Tanto mais correções eles poderiam apontar nos outros mais a sua aparência de auto-justiça fosse presumida. Tanto mais público o seu senso de devoção, mais perto parecia o seu andar diante de Deus. Quanto mais branco as suas vestes, maior santidade queriam aparentar. Quanto maior o numero de vitórias nos debates, mais úteis esperavam evidenciar. Mas tudo isso Jesus quis advertir e acautelar os Seus discípulos para que não se assemelhassem a eles.
Os no Reino de Deus hoje precisam de se guardar destas mazelas tanto quanto os discípulos no tempo de Jesus. O mal desse fermento foi manifesto pelas vidas dos fariseus e os saduceus. Com toda a cerimônia opulente, tradição rígida e conhecimento detalhado, os Fariseus e Saduceus não eram proveitosos para a edificação dos santos ou para a evangelização da verdade. Se estufaram pelas suas invenções e aparências e deixaram de ter substancia, ou seja, não eram úteis para ser luz para os que andavam em trevas.
Jesus ensinou aos discípulos naquela época que se satisfizessem com os privilégios ao ponto de não serem responsáveis, tornariam inúteis para o Reino de Deus. Por exemplo, se os discípulos estivessem satisfeitos consigo mesmos, se os dons fizessem eles pensarem mais de se mesmos do que deveriam, se ficassem auto-suficientes por serem escolhidos por Jesus e ajuntados na primeira igreja do Senhor e satisfeitos por terem a confissão correta que Jesus é o Cristo o Filho do Deus vivo, ou seja, o alicerce da igreja, eles tornariam inúteis para o povo, desagradáveis a Deus e fedorentos à causa de Cristo. Uma lição para nós hoje também.
Não é agradável a Deus que estejamos satisfeitos com tapinhas nas costas, o favor do povo, ou pensar que as posições na igreja ou na sociedade religiosa nos faz mais espirituais. Estejam acautelados dessas coisas pois podem nos enganar em pensar que por ter tais louvores somos aceitos por Deus. Tenha substância, ou seja, o próprio Cristo como Salvador. Tenha a verdadeira santificação que vem pela obediência pessoal da Palavra de Deus. Pode ser que o homem olhe o lado exterior mas Deus vê o coração. Tanto vê quanto julga. Aquilo contaminado pelo fermento na adoração, atitude, serviço ao Senhor é abominação ao Senhor. Será conhecido por todos (Lc. 12.2-3, 8-9) e eliminado (I Co. 3.12-15).
O fermento deve ser banido aonde se encontra. A natureza do fermento de ser insignificante mas potente de fazer efeito grande, e por não aumentar a substância real em qual é adicionado, ensina-nos a vigiar constantemente nas coisas pequenas mas nocivas para não cairmos em hipocrisia ou de ter o nosso testemunho cristão comprometido.
O Que o Grão de Mostarda Não Tem em Comum com O Fermento
Mesmo que são pequenas e serem capazes de imenso aumento e terem um estágio final que é reconhecido pelo mundo, estas duas coisas têm características opostas. A presença do grão de mostarda no Reino de Deus é proveitosa mas, a do fermento é nociva. O grão verdadeiramente aumenta a substância, o fermento só aumenta aparências. O valor do grão de mostarda é aprovado, o valor enganoso do fermento é reprovado e os do Reino de Deus são avisados de acautelar-se dele.
Lições Finais
Cristo é O Cordeiro Pascal que foi sacrificado pelos injustos. Uma característica dos lares dos judeus na festa da páscoa era ser limpa de todo e qualquer fermento (Ex. 12. 15-20). Esta prática representava Cristo em que Ele é sem pecado, sem mancha, sem ruga, o sacrifício justo no lugar do injusto (I Co. 5.7; I Pe. 3.18). Para entrar em Cristo o pecador precisa ser lavado pelo Seu sangue, ser vestido com as vestes brancas da Sua justiça. Por isso a mensagem é: Arrependei-vos do pecado, crendo pela fé em Cristo Jesus.
O cristão precisa alimpar-se constantemente do fermento velho. Como o fermento está em todo lugar no ar, também as influencias que estimulam a exaltação da carne estão em todo lugar. O cristão precisa ser sondado constantemente pelo Espírito Santo usando a Palavra de Deus e purificado pela confissão daquilo que o Espírito Santo mostra para ser proveitosa, aquela nova massa, que agrada a Deus. Não é a aparência que agrada o Senhor mas a substância, a verdadeira vida nova.
Tem as boas obras que glorificam o Pai? O fermento está crescendo em ti? “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.”, 1Co. 5.7.
O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – VI
Lição 19O Tesouro Escondido e A Pérola de Grande Valor
Leitura: Mateus 13.44-46
Versículo para Memorizar: Rm 5.7-8, “Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Essas duas parábolas demonstram uma lição primária que todo Cristão reconhece como estímulo básico para o seu culto a Deus, ou seja, o amor de Deus pelos Seus. O primeiro amor do Cristão é Cristo, o Salvador. Este amor do remido por Deus seu Redentor é precedido pelo eterno e soberano amor do Redentor pelo remido (I Jo 4.19, “Nós o amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro”; Jr. 31.3). De tudo que essas parábolas ensinar, o grande valor que Deus coloca nos Seus é primordial.
Essa “tão grande salvação” (Hb. 2.3) é manifestada quando contempla a condição natural do homem que Deus ama. Esta criação que Deus formou do pó da terra também foi dada o domínio sobre tudo (Gn. 1.26). Este que tinha o domínio de tudo que foi criado, logo rebelou-se e fez a si mesmo a autoridade final do que era certo e errado (Gn. 3.6). Desde então o homem naturalmente é um rebelde abominável sem capacidade nenhuma para entender ou agradar a lei do seu Criador (Rm 8.6-8; I Co. 2.14). Tanto mais detalhadamente entendemos a malícia do pecado no homem, mais exaltamos o amor de Deus.
Essas parábolas não tratam do valor humano que o mundo acha no homem. A Bíblia não é antropocêntrica, ou seja, não considera o homem o centro ou a medida do Universo; sendo-lhe por isso destinado todas as coisas (Dicionário Aurélio Eletrônico, - Século XXI ver. 3.0, nov 1999). A Bíblia é teocêntrica, ou seja, tem Deus como centro de todas as coisas. Essas parábolas descrevem o Reino de Deus e não o reino do homem. Portanto essas parábolas descrevem o valor que o Rei coloca nos Seus.
O Valor dos que Estão no Reino ao Rei do Reino
O valor dos tesouros é tão desconhecido ao mundo quanto é desconhecido a existência destes tesouros. Ninguém vê valor nestes Filhos do Reino a não ser o Rei. Quando o mundo contempla aos que o Rei valoriza, não vêem nada de valioso. A Palavra de Deus que orienta os Filhos do Reino é desprezada pelo mundo. Também os Filhos do Reino não vêem valor em si mesmos. Eles não são ostentosos ou pomposos pois reconhecem as suas falhas e a tendência a pecar. Portanto, são pobres de espírito. Estes não se gabam dos seus feitos mas choram pelas suas falhas em obedecer melhor; não são determinados ou agressivos para si satisfazer, mas mansos; não são orientados com as filosofias do mundo, mas têm fome e sede de justiça e de múltiplas outras maneiras eles se manifestam odiosos ao mundo (Mt. 5.3-12). Como Cristo foi a pedra que os edificadores reprovaram (Lc. 20.17), o tesouro dEle é escondido para com o mundo.
Mesmo sendo resgatados pelo sangue de Cristo e feitos novas criaturas pelo sacrifício do corpo de Cristo, olham a si mesmos e sentem miseráveis como se tivessem um corpo morto atado ao seu corpo toda hora (Rm. 7.18-19, 24). Porém ao Rei deste Reino de Deus, são Filhos de Deus (I Jo. 3.2), comprados por grande preço e feitos templo do Espírito Santo (I Co. 6.19, 20), adotados na família Real (Gl. 4.5-7), declarados justos pelo Juiz (Rm. 5.1) e herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17). Esses que o mundo despreza são pérolas de grande valor para Deus.
A Fonte do Valor
A fonte, a origem, o começo, o princípio do valor deste tesouro e desta pérola é Deus. Deus colocou valor inestimável nos Seus. O tesouro não foi cravado ou lapidado de uma jóia natural. Naturalmente não habitava nada bom nestes que agora são tesouros para Deus. Como a nação de Israel foi descrita pelo profeta Ezequiel (Ez. 16.1-14), são cada um dos salvos para com Deus. O nosso nascimento não tinha linhagem a não ser de pecadores (Ez. 16.3; Rm. 5.12; Sl 51.5). Não temíamos a Deus com a vida que Ele nos deu (Ez. 16.4,5) e em vez de honra e gloria a Ele produzimos podridão e tudo que é nojento a Deus (Rm. 3.10-18). Quando ainda éramos transgressores imundos e rebeldes declarados; sim, nós sendo ainda pecadores, Deus determinou colocar grande valor nos Seus (Ez. 16.6; Rm. 5.7-8).
Se a fonte do valor no tesouro estava em algo a não ser Deus, a graça de Deus não seria graça (Rm. 11.6), mas, pela fonte do valor ser de Deus a graça é exaltada (Rm. 5.20-21; Ef. 1.3-13; 2.4-8). Nada na eternidade passada influenciou Deus a nos amar, pois não éramos existentes ainda quando Ele determinou nos valorizar, provando nisso o exercício da Sua graça soberana (Jr. 31.3; II Ts. 2.13-14). Nada no presente pode ser achado no objeto da graça que possa influenciar a Deus o valorizar, pois todas as nossas justiças são como trapo de imundícia (Rm. 3.10-18; Is. 64.6). Nisso exaltando a Sua soberana graça em amor, trouxe Cristo para morrer pelos Seus enquanto ainda eram pecadores (Rm. 5.8). Nada que o objeto seria influenciou Deus a amar o pecador. Os pecadores salvos O louvam dizendo: Somos o que somos pela graça de Deus (I Co. 15.10; Ap. 5.9).
Por Deus ser a fonte de qualquer valor nos Seus, é manifestada a Sua soberania (Ez. 16.6; Dt. 7.6-8). Contemple: Entre todas as nações do mundo, Deus tomou prazer em escolher a nação menor em número para ser o Seu povo especial e particular (Dt. 7.6-8). Por que Ele amava essa nação? A menor nação era a nação mais pobre, mais frágil, menos promissora e subdesenvolvida. Às nações do mundo qualquer valor desse povo esquisito era desconhecido. Mas, a Deus, Israel era uma pérola de grande valor. Por quê? Por que Ele quis vê-la assim.
Contemple poucos dos muitos casos da graça soberana onde Deus certamente ama primeiro: Jacó, o trapaceiro e o menor, Deus amou (Rm. 9.11-13); Davi, o menor de uma família humilde, Deus ungiu para ser Rei (I Sm. 16.1-13); Raabe, uma mulher prostituta, Deus salvou-a entre todos os pagãos e colocou-a na linhagem do Salvador (Js. 2.1-11; Mt. 1.5); Saulo, o zeloso perseguidor dos cristãos, o príncipe dos pecadores, Deus o transformou em servo fiel (At. 9.1-6; I Tm. 1.15). Se você é salvo, pode também testemunhar que enquanto era pecador, Cristo morreu por você (Rm. 5.6-8). O nosso amor por Ele não foi primeiro, mas amamo-nos a Ele por Ele nos amar primeiro (I Jo. 4.19). Onde ninguém pode nem deve gloriar-se, Deus, pela graça, vê uma pérola de grande valor; um objeto do Seu amor eterno; a fonte de gozo pela qual faria Jesus suportar a cruz (Ef. 2.1-9; Jr. 31.3; Hb. 12.2).
Ao mundo estes tesouros estavam escondidos, mas Deus os achou. Para estes Deus deu tudo que Ele estimava, o Seu próprio Filho, para comprar o Seu tesouro, a Sua pérola de grande valor. Por quê? Para que Jesus, Aquele que Se deu a Si mesmo para comprar os que o Pai Lhe deu, fosse exaltado soberanamente. Para que por toda língua Este, Seu Unigênito, fosse confessado O SENHOR. Para que todo o joelho dobrasse ao nome de Jesus para glória do Pai (Fp. 2.5-12).
A sua salvação foi assim? Você foi trazido ao ponto de não ver nada bom em ti diante de Deus? Você estava convicto dos seus pecados? Pela Palavra da Verdade, viu a justa condenação eterna sobre você por ser pecador? Pergunto ainda: Já viu Jesus, o Justo, dado no seu lugar um injusto? Deixou as suas miseráveis migalhas e abraçou pela fé este Jesus que Deus deu para comprar você? Pode louvar a Deus por Jesus vir salvar o que estava perdido? Assim é a entrada no Reino de Deus.
Você que já é salvo pergunto: Notou que Aquele que antes não era nada valioso para você, tornou a ser para você um tesouro que é de grande valor? Interessante não é? O Filho de Deus, o Jesus Cristo, que era sempre um escândalo e a Sua mensagem uma loucura, tornou a ser o poder de Deus, e a sabedoria de Deus (I Co. 1.23-24).
Não espere que o mundo regozije na sua salvação. Para o mundo, tanto você quanto Jesus não têm valor nenhum. Espere alegrar o seu Senhor e Salvador somente. A maioria dos religiosos despreza a Verdade e a obediência restrita à Palavra de Deus. A maioria aceita religião que agrada e exalta os homens. Não percebam valor onde Deus vê valor. Se você foi feito uma pérola a Ele, foi pela graça de Deus. Também foi com propósito, ou seja, para que Deus recebesse glória por Jesus. Pela Sua graça você está cumprindo tal propósito? Pelas boas obras de obediência amorosa à Sua Palavra, Deus é exaltado (Mt. 5.14-16; Ef. 2.8-10).
A Compra da Perola
Para um justo alguém ousaria morrer, mas não para um pecador. Mas Deus vê uma pérola de grande valor onde ninguém vê tesouro. A maneira do Reino de Deus é um Justo morrer pelos injustos, para os pecadores ser buscados e salvos, do homem corrupto ser comprado pelo Unigênito, “tudo que tinha” (Rm. 5.7-8; Lc. 19.10; Mt. 13.46). Graças a Deus que o Reino de Deus é bem diferente do curso deste mundo!
A essência da doutrina da expiação Bíblica é substituição pessoal (Keener). Essa verdade é evidente pelo Velho Testamento. Os sacrifícios contínuos dados no Velho Testamento por aqueles que olharam pela fé para o “Cordeiro de Deus”, o Jesus Cristo, eram oferecidos para os seus pecados, ou seja, o arrependido ofereceu um sacrifício para os seus pecados. A expiação pessoal foi efetuada através do holocausto que este trouxe. O sacerdote qualificado oferecia este sacrifício para aquele ofertante, e a expiação pessoal dos pecados deste ofertante foi consumada (capítulos dois até sete do livro de Levítico). Pode ser que alguém desse um sacrifício que Deus não aceitasse, e assim a expiação não seria efetuada. Todavia, nunca teve uma expiação efetuada por um pecador sem que este oferecesse seu sacrifício. Quer dizer, a expiação de qualquer pecado somente era para aquele que trouxesse o sacrifício qualificado. No Velho Testamento, nenhuma expiação foi efetuada para qualquer pecador não arrependido dos seus pecados e com fé no Cordeiro de Deus. Repito, a essência da doutrina da expiação é substituição pessoal.
No Novo Testamento não é diferente. Deus manifesta o Seu amor para “conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”, Rm. 5.8; Is. 53.4-8, “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.”. II Co. 5.21, “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” Os para quem Cristo se ofereceu sacrifício como pleno substituto, estes tiveram a expiação dos seus pecados efetuada. A palavra ‘expiação’ é um termo teológico e bíblico que significa ‘compra’. Se os pecados de alguém não foram ‘comprados’, uma expiação não foi dada (A. W. Pink), ou seja, se não foram perdoados, para estes não foi dado o Sacrifício qualificado.
Nestas parábolas, pelo tesouro escondido e pela pérola de grande valor, “pelo gozo” deste tesouro escondido, digo, o tesouro foi a atenção total deste ‘homem’. Ele “vendeu tudo que tinha” para comprar os objetos sobre os quais Ele colocou grande valor. Ou seja, para os que o Pai deu a Cristo, Cristo foi dado. E, aos que o Pai Lhe deu, o Filho pagou. E são estes que Cristo ressuscitará, pois são comprados por Ele (Jo 6.37-40).
A mensagem do Evangelho é para todo homem se arrepender dos seus pecados! A todo que tem sede, a mensagem é: “Venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida”, (Ap. 22.17). Por que não venha já? Venha se arrependendo dos pecados e crendo em Cristo pela fé, o Salvador de todos os pecados de todos que venham a Ele!
Como a valiosa pérola foi escondida não deixe que a salvação esteja escondida de você! Cristo está sendo anunciado já. Torne para Deus nEle, pois Ele é grande em perdoar (Is. 55.7).
Conhecendo a preciosidade de Cristo já, santifique-se a Ele, Quem lhe comprou por grande preço (I Co. 6.18-20; II Co. 6.14-18). Santifique-se a Ele no culto público, servindo-O com amor.
Talvez alguém pergunte como estas parábolas têm algo a ver com escatologia. A resposta é: Deus não muda. Os que se sujeitam a Ele agora nesta fase do Reino de Deus como Rei sobre tudo que têm, estarão com Ele quando vier na Sua glória para reinar eternamente com Seu Pai (I Ts. 4.15-18; Ap. 17.14; 19.11-16).
O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – VII
A REDE PESQUEIRA
Leitura: Mateus 13.47-50Versículo para Memorizar: 1Co 9.24, “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”.
Queremos entender melhor um ponto que já mencionamos em outra lição quando estudamos sobre o trigo e o joio. A parábola da rede pesqueira, entre outras verdades, enfatiza que o Reino de Deus está neste presente tempo não purificado. Há um contraste feito entre o mundo religioso e o reino real e é exposto para que os que tenham ouvidos ouçam.
A Realidade de Falsos Discípulos
Desde o tempo de Adão, o homem natural tem problema com a verdade. A mensagem da verdade no tempo de Noé foi rejeitada ao ponto que todos menos oito almas foram destruídas (I Pe. 3.18-20). No tempo da Lei de Moisés, sim, entre o próprio povo de Deus, ou seja, a nação de Israel, tanto o mensageiro como a mensagem da verdade repetidamente foram rejeitados. No tempo do Novo Testamento não tem sido diferente. O próprio Jesus, sendo Ele próprio o Evangelho, pregou o evangelho, e Ele foi crucificado por isso. O Apóstolo Paulo foi rejeitado pelos judeus (At. 17.1-5). Um ponto interessante em muitos destes exemplos é que a rejeição da verdade foi motivada pelos religiosos. Não é isso esquisito? Foram os religiosos que apedrejaram Estevão (At. 7.53-60), clamaram pela morte de Cristo (Jo 19.6-16), fizeram manobras para matar o Apostolo Paulo (At. 23.12-15). Quer dizer, existiam muitos que se achavam no caminho da verdade e mataram o próprio Verbo de Deus e os Seus enviados. Não é muito diferente hoje no Reino de Deus.
Essa parábola trouxe à luz uma realidade aos discípulos: Os peixes bons e os maus conviverão até a consumação dos séculos. Por causa das igrejas neotestamentárias serem compostas pelos mesmos que fazem parte do Reino de Deus podemos dizer que numa igreja também pode conviver toda qualidade de peixes juntos, ou seja, os verdadeiros junto com os ruins. Há muitos hoje confundindo a religião com a verdade. Como a igreja primitiva incluía Judas Iscariotes, também as igrejas neotestamentárias incluem hipócritas, os falsos professos, ou seja, os peixes ruins e maus junto com os bons. Jesus quis avisar os Seus discípulos dessa verdade para não serem enganados ou surpreendidos dessa realidade.
I Co 9.24, “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”.
A Dificuldade dos Próprios Falsos Reconhecerem que Não São Bons
Não há somente os que confundem a religião com a verdade e perseguem os verdadeiros, existem também os que se julgam discípulos de Jesus mas não são. Podem argumentar: “Temos comido e bebido na tua presença e tu tem ensinado nas nossas ruas”, Lc. 13.26. Não eram perseguidores mas confraternizaram com o Mestre. Em Mateus sete a mesma coisa é manifestada e adiciona a gravidade dessa realidade pois diz “muitos me dirão naquele dia” (Mt. 7.22). Há muitos que acham que estão andando na companhia daqueles que entram pela porta estreita. Eles pensam que fazem parte do grupo evangélico, mas Deus avisa que não são. São lamentavelmente peixes ruins e maus. Estão juntos dos peixes bons e pensam que são bons. Como o coração do homem é enganoso! Estes são como as virgens tolas que não tinham óleo para as suas lâmpadas. Em todos os outros aspectos eram iguais às virgens prudentes (Mt. 25.1-13).
Infelizmente muitos destes peixes ruins e maus são recrutados nas igrejas evangélicas por causa de um evangelismo “dinâmico” que provoca apenas manifestações de aceitação mental, ou somente alinhamento racional com a verdade, ou experiências emocionais espontâneas ou progressivas. Como se tudo isso comprovasse a verdadeira regeneração espiritual. Estes são logo batizados, feitos dizimistas, ocupam cargos nas igrejas. Todavia, muitos destes estarão entre aqueles que serão separados e lançados na fornalha de fogo onde haverá pranto e ranger de dentes. Quando isso acontecer eles não perceberão porque tamanha perdição (Mt. 22.12, “E ele emudeceu”).
Se Cristo estivesse entre nós ministrando hoje, os métodos de evangelismo dEle seriam ridicularizados pelos próprios evangélicos. Quando os interessados para serem discípulos vieram a Cristo, ou quando alguns mostraram interesse para fazer parte do Reino de Deus, Cristo, não deu opções agradáveis a estes nem encobriu realidades negativas da vida cristã. O método dEle fez com que o candidato contasse primeiro o custo de ser salvo antes de mais nada. Uma vez um escriba veio dizer: “Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei”, Mt. 8.18-22, Lc. 9.57-62. Jesus não deu as boas-vindas a este, abraçando-o calorosamente e regozijando se pelo interesse. Jesus confrontou-lhe com a triste realidade que o caminho era cheio de sacrifícios. Ele ensinou que, como Ele mesmo não tinha lugar para reclinar a cabeça, não seria para este uma vida cristã confortável ou fácil. Outros pediram primeiramente tempo para sepultar seus pais. Jesus, não desprezando o respeito de filho para com o pai, enfatizou que os seguidores dEle tem que colocá-Lo em preeminência, Mt. 8.21-22. Quando o jovem rico procurou Jesus para que pudesse herdar a vida eterna, Jesus não facilitou a sua entrada mas revelou a insinceridade da sua indagação, Mt. 13.26-48. Jesus exemplificou a maneira correta para evangelizar.
Pelos pregadores pragmáticos, pregando hoje algo além da graça de Deus e a necessidade do arrependimento dos pecados e a fé somente no sacrifício de Jesus Cristo, muitos ignoram que são falsos. Uma sopa de verdades misturadas com contradições e doutrinas dos homens produz muitos falsos. Depois, estes falsos são protegidos pelas desculpas que os outros dão: “Este é um Cristão carnal somente”, ou “É culpa de um líder menos empolgante”, ou “Falta de um amigo sincero”, ou “Por falta de participação maior”, etc. Culpam a timidez. Tudo vale! Todavia, pode estar faltando o elemento principal, ou seja, a regeneração. Como são cegos os que servem tal sopa mortífera também há grande falta de percepção entre os que engolem essa sopa venenosa. Por isso estão muitos falsos professos em lugares escorregadios convivendo entre os bons.
I Co 9.24, “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”.
O Senhor Permite a Convivência dos Ruins Entre os Bons
O Senhor conhece quem é dEle e quem não é (Jo 2.23-25; 6.70). Como na parábola do trigo e o joio, os peixes maus e ruins ficam juntos até o tempo certo, ou seja, a consumação dos séculos. Existe a disciplina bíblica para a igreja exercitar para com os que andam abertamente em pecado (Mt. 18.15-20; I Co. 5.1-7, 12). Todavia, esta parábola mostra quem deve fazer a separação entre os falsos despercebidos e os verdadeiros. Não é a igreja. Deus cuidará da separação dos maus entre os justos.
Podemos pensar que Deus deseja que o Seu reino esteja cheio de cidadãos obedientes, submissos, verdadeiramente servindo-O de coração. Isso é o Seu desejo sim. Todavia, nesta fase do Reino de Deus a completa pureza no Reino de Deus não é uma realidade. Podemos errar e pensar que devemos purificar o Reino de Deus para que seja como o Rei deseja. Todavia, o tempo para Ele fazer isso, não é o presente. Mas será logo.
Não é somente responsabilidade de Deus separar os maus dentre os bons, mas o fim dos séculos pode ser hoje. Está pronto? Uma sondagem do seu coração, um julgamento aberto das suas obras e pensamentos será feito (Mt. 13.48-50). Está pronto?
Para que este dia não pegue ninguém despreparado a Bíblia é cheia de exortações para cada um que pensa estar entre os verdadeiros, de examinar-se a si mesmo Sl. 26.2; 139.23-24; I Co. 11.28-32; II Co. 13.5; Gl. 6.4; II Tm. 2.21; II Pe. 1.10; Ap. 2.5). Notou a quem você deve examinar? Isso, a si mesmo! Pode orar pelos outros, e deve aconselhar os outros à obediência (Hb. 10.24). Mas deve se limitar a examinar-se a si mesmo.
I Co 9.24, “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”.
O Reino de Deus Será Purificado a Seu Tempo
Como foi ensinado na parábola do joio e o trigo, a rede pesqueira também avisa o futuro julgamento dos falsos professos que estão entre os bons até ao fim. A pregação de João o Batista avisava desse julgamento futuro desde cedo (Mt. 3.12; Lc. 3.17). Não são os que desviaram pelo caminho e caíram na perdição, ou não são os que não têm raiz em si mesmos e saíram por não serem como nós, mas são outros. São os que continuam enganados e estão juntos com os verdadeiros no fim. Serão reconhecidos, separados e lançados na fornalha de fogo na consumação dos séculos. Como o estado futuro do Reino de Deus será radicalmente diferente do que é hoje!
Jesus Cristo é o Todo-suficiente e eterno Salvador Único. Deus se agrada plenamente com O Filho Unigênito, Jesus Cristo. Os pecadores que se arrependam dos seus pecados crendo pela fé no sacrifício de Jesus Cristo – o Justo pelos injustos – são salvos eternamente; são peixes bons; são o trigo; são os justos. Estes serão recolhidos para sempre estar com seu Senhor e Salvador.
Você tem entrado pela porta estreita? O espírito de Deus testifica com seu espírito que é Seu filho? A sua maneira de viver manifesta o andar do caminho apertado? Você luta contra o seu pecado e tem a vitória sobre a natureza velha? Não estou perguntando se tem satisfação na sua religião, mas quero que considere realidade. Se a separação entre os peixes ruins e bons fosse feita hoje você seria recolhido entre os bons ou os maus? O seu coração responde com desgosto e afronta por alguém duvidar da sua confissão de fé? Ou você humildemente pede que Deus sonda todo o seu coração? Não fique satisfeito em estar entre os bons. Esteja somente satisfeito em ser um dos peixes bons.
I Co 9.24, “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”.
O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – VIII - OS TALENTOS E AS MINAS
Leitura: Mateus 25.14-30; Lucas 19.11-27Versículo para Memorizar: Ec. 12.13, 14, “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”.
Pode ser que estas duas parábolas manifestam as suas diferencias se considerar quando cada uma foi proferida por Jesus e a qual grupo de pessoas Ele falou. Todavia, não há dúvida que são iguais quando consideradas as lições ensinadas por elas. Estas são as três lições básicas que estas parábolas ensinam: 1. A atitude errada da maioria dos cidadãos do Reino de Deus, 2. A atitude correta da minoria dos cidadãos do Reino e 3. O julgamento conforme as obras de cada um.
O Homem Nobre Identificado
Em Lucas 19.12 temos um certo homem como “nobre”. A nobreza é indicativa de um homem nascido com vantagens. É um título reservado geralmente para realeza. Este título indica posição e direito sobre bens. Verificando todos os seus atributos a identificação deste “homem nobre” só pode ser Cristo. Ele foi posto na posição de exaltado por Deus (Fp. 2.8-11). Os bens sobre os quais Ele tem direito são tudo que Ele criou. Cristo, como este “certo homem nobre” estava aqui na terra, partiu para um outro lugar remoto e logo tomará para Si um reino e voltará depois disto.
Como um homem nobre Cristo tem direito sobre todos, salvos e não salvos. Cristo criou todos (Jo 1.3; Sl. 100.3), sustenta todos ((Tg. 1.17; Hb. 1.13), abençoa todos e é misericordioso para com todos. Por isso todos devem adorá-lO! Todos devem sustentar a Sua obra com suas posses! Todos devem crer na Sua Palavra! De fato todo homem de toda nação é chamado a arrepender-se e crer na Sua obra de Salvação (At. 17.30, 31). Nunca devemos pensar que os Cristãos têm exclusividade no dever de adorá-Lo por serem salvos. Os Cristãos somente têm capacidade de adorá-Lo corretamente, mas todos têm esse dever por Ele ser o criador de todo homem. Como diz o Salmista “Sabei que o SENHOR é Deus; foi Ele que nos fez; e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto” (Sl. 100.3).
A parábola de Lucas 19 diz que a Sua volta será depois de tomar para Si o Seu reino. O reino de Cristo é eternamente dEle por decreto (Sl. 2.7,8). No tempo certo Ele tomará para Si o reino literalmente logo antes da Sua volta (Lc. 19.12). Assim Ele reinará com os Seus para sempre (Ap. 22.3, 5).
Será que você terá parte com Cristo o Vencedor? Os que virão com Cristo são “os chamados, e eleitos, e fieis” (Ap. 17.14). Os com Cristo vencem a morte, o pecado, e a Satanás, pelo Seu sangue. Observam que estes dão toda a glória a Cristo. Não busquem tomar para si mesmo a glória devida somente a Cristo. Deus não compartilha a Sua glória com os anjos, os apóstolos, ou parentes próximos de Jesus.
Jesus é o homem nobre por nascimento e por direito. Ele tem o Reino por direito. Ele reinará no Seu Reino. Você servi-lo-á naquele Reino? Se deseja estar com Ele quando Ele vir com poder e glória, tem que viver para Ele receber toda a glória agora.
Os Servos Identificados
Parece que todos os servos na parábola das minas têm a mesma capacidade e os servos da parábola dos talentos têm capacidades diferentes. Todavia, é verdade que todos os servos têm responsabilidades de trabalhar com aquilo que recebeu. Sem dúvida os servos têm a responsabilidade de negociar até que Ele venha (Lc. 19.13). Cristo é o Criador nosso. O Criador também é dono. Desde que seja dono, Ele tem direito exclusivo de responsabilizar todos pelas suas ações. Ninguém outro tem este direito ou nobreza (Mt. 24.30). Por causa de Cristo ter criado o mundo Ele tem o direito sobre o que criou; todos os homens são os Seus servos! Sendo servos, logo todos são responsáveis para com Ele.
Vale a observação que a pregação de hoje em dia geralmente fala pouco desse ponto. Pelo suposto imenso valor do homem este geralmente é convidado carinhosamente a si render e fazer Cristo o seu Senhor. O homem é servido, mimado, manipulado e jeitosamente tratado a voltar a dar o senhorio a Jesus como se Deus necessitasse que outro fizesse isto. Todavia, a pregação não deve suavemente implorar que o homem seja bondoso para com Deus. A pregação bíblica manda a todos arrepender dos seus pecados por não serem obedientes ao Criador. Se não sujeitam-se a obedecê-Lo, conhecerão a ira de Deus eternamente! A realidade insta o fato do homem, por ser criação de Cristo, é propriedade dEle. Todos os homens, pagão ou religioso são responsáveis em servir ao Criador. Salmo 100.1 “Celebrai com jubilo ao SENHOR, todas as terras”. A regeneração capacita os salvos a obedecer corretamente, mas, como criação de Deus, todos, sem exceção nenhuma, têm responsabilidades para com o Criador. Quem são os servos? Todos!
A Atitude Errada da Maioria dos Servos
Na parábola de Lucas 19, menciona os seus “concidadãos” (vs. 14). Estes estão em contraste aos poucos que são bons e fiéis (v. 16, 18). Parece que a maioria dos servos “odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós”. Em Salmo dois outra vez parece que a maioria está com essa atitude egoística e rebelde pois Salmo 2.1-3 diz: “Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o SENHOR e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas.”
Nessa parábola parece que existem muitos falsos entre os servos no Reino de Deus. Notamos o fato que há muitos que são egoísticos e rebeldes não querendo Deus exercer Seu senhorio sobre eles. Estes de uma maneira ou outra, neste presente tempo, estão no reino de Deus pois são chamados “concidadãos”. A maioria resiste a estar submisso ao Senhor. Todavia pode gostar de ter uma aparência de religioso pois gosta de ser moralmente admirado por todos. São muitas as igrejas que prometem status, posses, reconhecimento profissional, bem-estar, auto-estima, saúde e múltiplas outras coisas que agradam e engrandecem o homem. Essas igrejas são as que proliferam mais. Qual a razão de que tantas pessoas estão enchendo essas igrejas? Têm uma paixão ardente para Jesus e para Sua causa? Não deixe se enganar! A maior parte dos membros e freqüentadores destas igrejas está procurando aquilo que exalta o homem (“Não queremos que este reine sobre nós”, v.14). Não estão abertos para negarem-se a si mesmos e nunca querem sujeitar-se a nenhum outro nem tomar a sua cruz e seguir Cristo. Não desejam sofrer pela causa do Senhor nem para serem identificados com Ele. Dizem: “Negar-me a mim mesmo? Você acha que eu estou nessa para negar-me a mim mesmo? É claro que eu estou querendo algo para mim. Eu não quero que outro reine sobre mim!” Qualquer atitude que não demonstra submissão absoluta ao Senhor, reserva para si mesmo uma triste realidade. Estes reconhecerão no ultimo dia que não tem óleo nas suas lâmpadas, e não entrarão com o noivo nas bodas. Serão humilhados diante do Rei quando este vier na Sua glória.
Existem os fiéis estarão com Cristo e os vencidos por Ele. Qual grupo você faz parte?
A Atitude Correta da Minoria dos Servos
Mesmo que esteja na minoria, existem servos submissos, obedientes, no reino de Deus. Estes estão trabalhando para usar melhor aquilo que o Seu Senhor lhe deu. Eles não escolheram para si o numero nem o tipo de talentos ou minas que lhes foram dados, mas são submissos, vazios de si, zelosamente procurando usar o que tem para a glória do seu Senhor. Entre estes servos alguns fazem mais e alguns fazem menos. Não são aplaudidos pelo mundo mas, para o Senhor, são servos bons e fiéis. Mesmo que não sejam populares ou com destaque neste mundo, são gloriosamente abençoados no reino futuro.
Como você está? Está submisso ao Rei mesmo com tudo que Ele lhe deu?
O Julgamento Conforme as Obras
Cremos que a salvação completa e eterna é exclusivamente pela graça de Deus, ou seja, a salvação não depende no que houvéssemos feito antes (Tt. 3.5,6; Ef. 2.8) ou haveremos fazer depois da fé (Gl. 3.3; Is. 64.6). Crendo nisso damos toda a glória pela nova natureza a Deus por Jesus Cristo (Ef. 1.4-6). Foi Deus que nos amou na eternidade passada (Rm. 8.29; Ef. 1.3-6), enviou Seu Filho na plenitude dos tempos para tornar-se carne (Gl. 4.4) e morrer pelos quais o Pai Lhe deu (Jo 6.37-39, 44; 10.28-29; 17.2, 9). Foi Deus, pelo Espírito Santo, que nos convenceu da verdade quando o Evangelho foi pregado a nós (Jo 16.8; II Ts. 2.13-14), abriu o nosso coração (At. 16.14) e deu-nos fé para crer em Cristo Jesus para a salvação da nossa alma. Sim, nós nos arrependemos dos nossos pecados e cremos pela fé em Jesus Cristo, mas isso, pela graça de Deus. Deus nos deu o arrependimento e a fé é fruto do Espírito Santo (At. 11.18; Ef. 2.8-9; Gl. 5.22). Graças a Deus que a salvação é pela graça. De outra forma não poderíamos ser salvos pois estavamos mortos e incapacitados espiritualmente para agradar a Deus de alguma forma sequer (Ef. 2.1-3; I Co. 2.14; Rm. 5.6-8; 8.5-8).
Por crermos assim, muitos entre nós intelectualmente engasgam quando aparentemente a Bíblia ensina-nos que todos serão julgados pelas obras. Sem dúvida nenhuma essa verdade é ensinada pela Bíblia (Mt. 16.27; Ap. 2.23. 20.13) e claramente nessas duas parábolas como também é declarada nos versículos para memorização.
Ninguém deve engasgar no ensino dessa doutrina, pois as nossas obras revelam o que somos (Jo 10.25). Aquilo que sai da boca do homem revela o que está dentro do seu coração (Mt. 15.19). Conhecemos uma árvore pelos frutos produzidos por ela (Mt. 7.15-27). Por isso, não deve se surpreender se Deus julga pelas obras, pois, o fruto revela o que somos. Pode a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Será que é possível num mesmo manancial sair água doce e água amargosa (Tg. 3.10-12)? Se essas coisas não são admitidas como poderemos estranhar o fato que as nossas obras não são diferentes do que somos?
O alvo do julgamento das obras é diferente para com os salvos do que entre os não salvos. Todavia não deixa de ser um julgamento pelas obras. O salvo tem os seus pecados julgados em Cristo (Ap. 1.5,6; Rm. 5.1; 8.1). Porém as obras da sua vida Cristã são julgadas no tribunal de Cristo (Rm. 14.10; II Co. 5.10). O Cristão receberá tanto galardão como coroa (I Co. 3.11-15; Tg. 1.12; I Pe. 5.4; Ap. 2.10; 3.11). A sua salvação é pela graça como já explicado. O não salvo tem as obras de rebelião da sua vida terrestre julgadas no Grande Trono Branco (Ap. 20.11-15). E receberá a justa condenação dos seus pecados no lago de fogo. Em ambos os casos, as obras manifestam o que são.
O Fim dos Servos Infiéis
Tanto a parábola dos talentos quanto a parábola das minas destaca o julgamento dos infiéis. O servo que cavou e escondeu o seu talento ou mina expressa aquilo que todos os servos infiéis fazem, ou seja, julgam o Senhor injusto, bruto, rigoroso. (Mt. 25.24, 25; Lc. 19.20, 21).
Existem duas maneiras de “temer o Senhor”. Primeiramente, tem o temor não saudável que é nada mais ou nada menos que incredulidade. Este temor suscita medo e trava qualquer atividade que tem como alvo a glória de Deus. Em Apocalipse 21.8 estes são os “tímidos”. Estes pintam Deus como um tirano, um ditador injusto desculpando a sua própria desobediência na soberania de Deus. Serão destruídos pelo Rei. Em segundo lugar há um temor saudável. Este temor é movido pela fé nas promessas e mandamentos de Deus. Este temor se manifesta em reverência, submissão, e obediência mais e mais zelosa. Reconhece que Deus tem direito sobre tudo e por isso submete-se a Ele como um juiz justo.
Como é fato que Deus tem controle absoluto sobre tudo, e, como é fato que Cristo tem direito sobre tudo, também é certo que todo homem dará conta a Deus por tudo que faz. Isso o Salmista ensina em Salmo 2.3-5: “Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará.” Deus tem ungido o Seu Rei, o Seu Filho. Este tem por herança tudo e todos por possessão. Por causa do Seu direito sobre todos é dito: “Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.” (Salmo 2.9). Estas duas parábolas ensinam o julgamento vindouro.
Para que as nossas obras sejam boas e para recebermos um galardão quando julgadas é necessário a graça. A graça de Deus é revelada em Cristo! A graça que nos faz novas criaturas também estimula as obras agradáveis a Deus. Portanto a exortação: “Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.” (Sl. 2.12).
Jesus ensinou essas verdades para que o mundo seja avisado do julgamento vindouro. Jesus ensinou essas verdades para que os Seus sejam focalizados nos seus deveres até o fim, quando terá um julgamento e recompensa.
Você é um servo do “homem nobre”! Você é fiel ou infiel? As suas obras demonstram o que você é. Considerando as suas obras, como Cristo lhe julgará?
O REINO DE DEUS NO FUTURO - I O ARREBATAMENTO – PRIMEIRA PARTE
Leitura: I Ts. 4.13-18Versículo para Memorizar: I Ts. 4.16, “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.”
Introdução – Por entrarmos nas fases da segunda vinda de Jesus Cristo, uma área que parece ser preferida entre diversos grupos de religiosos e, portanto com várias explicações, a sabedoria pede que lembremos que Deus é o Autor da Bíblia e o espírito da profecia contida nela é o Seu Filho (Ap. 19.10). Não é propício buscar entendimento além daquele que engrandece Cristo nem deleitar naquilo que não promove a submissão dos Seus súditos a Ele. Infelizmente muitos estão zelosamente interessados nos eventos e detalhes do futuro Reino de Deus, mas, estão sem nenhum desejo de submeter-se ao Rei deste Reino no presente tempo. Como sempre, Deus deseja a submissão interna mais do que as aparências exteriores (I Sm. 16.7, “Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.”) Não seja levado pelo embalo de sensacionalismo escatológico. Procure o entendimento que leva a maior submissão a Cristo e melhor obediência à Palavra de Deus.
O Literalismo e A Espiritualização
A maneira da sua interpretação da profecia determina a sua preparação para os eventos dela. Se a profecia é espiritualizada, a responsabilidade prática será minimizada. Porém, se a profecia for interpretada literalmente, a obediência ativa é estimulada. Somos literalistas, ou textualistas, por que cremos que quando Deus deu a revelação, Ele a deu para ser observada. O Pastor Huckabee salientou na primeira lição “cremos que a obscuridade deliberada é impensável numa revelação”. Se para Deus pertencem as coisas encobertas e se as reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre (Dt. 29.29) devemos procurar o entendimento que Ele deixou para nós, ou seja, aquilo que é claramente revelado. O oposto da interpretação literal é a espiritualização. Essa não sempre faz jus ao intento do Autor pois envolve interpretação particular. Mas, sabemos que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação” (II Pe. 1.20). É observado que a prática de preferir a espiritualização das passagens bíblicas tende a encher o ego do pregador e muitas vezes é a causa da sua popularidade. O pregador que faz a espiritualização do seu método preferível de interpretar as Escrituras incentiva a sua própria popularidade. Logo ele é conhecido como alguém que percebe o conhecimento que não foi descoberto por todos os eruditos na antiguidade. A popularidade de um pregador não é uma base adequada para incentivar qualquer estilo de estudo bíblico (I Co. 2.1-5; Gl. 1.10, “Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.”). Uma base melhor é a fidelidade Àquele que deu a Palavra. Portanto, busque a Jesus Cristo na profecia e procure conformar-se à Sua imagem, pronto para obedecer-lhe e incentivar os outros a obedecer também.
Mesmo entendendo que Deus nos revelou a Si mesmo e a Sua vontade ao homem usando termos que o homem pode entender, não descartamos a verdade que a interpretação dessa clara revelação de Deus não é sempre imediata. É necessário olhar o contexto, as situações culturais e históricas do instrumento humano bem como fazer investigações gramaticais do texto. Sensitividade às regras e aos princípios de interpretação que levam à consideração da totalidade das Escrituras não deve ser inimiga de literalismo.
Como fomos relembrados antes “se o sentido comum de uma palavra faz sentido, então não busque outro sentido” queremos entender que pode ter aplicações individuais em textos literais que são edificantes, mas “o senso divino prevalece primeiro e a nossa aplicação deve ser respeitada somente se estiver em harmonia com outras porções das Escrituras Sagradas” (C. H. Spurgeon, tradução livre).
Existem fases, ou estágios na segunda vinda de Cristo. A ordem correta destes estágios não sempre é aceitável entre os irmãos. As convicções fortes não devem ofuscar, ou eliminar o amor Cristão para com os que não concordam conosco. Se o testemunho de Jesus é o espírito da profecia (Ap. 19.10), devemos procurar-lO em tudo e não a concordância de outros à nossa interpretação.
O Arrebatamento – O próximo e grande evento escatológico é o arrebatamento dos Cristãos. Cristo virá nas nuvens para levar os Cristãos mortos e vivos ao Seu encontro nos ares antes do período da tribulação.
O que Significa a Palavra “Arrebatamento” - O verbo “arrebatar” é usado na Bíblia não menos que sessenta e três vezes (41 no Velho Testamento e 22 no Novo Testamento). No Velho Testamento existem várias palavras hebraicas traduzidas para as diferentes conjugações do verbo ‘arrebatar’. Uma dessas palavras hebraicas é o verbo ‘nasa’ que significa ‘levantar’ (#5375, Strong’s, Is. 64.6). No Novo Testamento o verbo em português “arrebatar”, de uso em I Ts. 4.17, vem de uma palavra grega (#726, arpazw, Strong’s), que significa a mesma coisa do verbo ‘arrebatar’ em português, ou seja, tirar com violência ou força; arrancar; levar, desprender, de um ímpeto (Dicionário Aurélio Eletrônico). Portanto, o arrebatamento dos santos é caracterizado pelo levantamento súbito de algo. Pelas Escrituras sabemos que os Cristãos serão tirados com ímpeto quando Jesus vier para receber o Seus nos ares.
O Ensino do Arrebatamento - Essa posição escatológica é claramente ensinada pelo Espírito Santo nos ensinos do Velho e do Novo Testamento. O Apóstolo Paulo menciona algo sobre a segunda vinda de Cristo em cada capítulo das suas epístolas à igreja em Tessalônica. Particularmente sobre o arrebatamento ele diz: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”, I Ts. 4.16-18.
Quando Será o Arrebatamento - Na passagem de I Ts. 4.16-18 o apóstolo Paulo liga a consolação dos Cristãos ao evento do arrebatamento. Isso indica que o arrebatamento será antes da tribulação. Desde que a tribulação é um período da ira de Deus sendo derramada sobre os que não são convertidos e aguda perseguição contra os que vierem a ser convertidos durante esta fase difícil, pouca consolação teria o arrebatamento dos Cristãos se passassem por ela. A consolação é entendida pois os que estão em Cristo estarão com Ele nesse período de tribulação.
Depois da conversão temos oportunidades de servir a Cristo. As dificuldades dessa fase presente são amenizadas pela esperança da vinda de Cristo que “nos livra da ira futura” (I Ts. 1.7-10). Mesmo que somos salvos da eterna ira de Deus sobre os nossos pecados pelo sangue de Cristo, somos também livres da ira que Deus derramará sobre essa terra durante a tribulação pela vinda do Nosso Salvador no ar para recolher os Seus.
No livro de Apocalipse, João foi comissionado a escrever “as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer” (Ap. 1.19). Portanto, o conteúdo do livro de Apocalipse trata das coisas que revelam Jesus Cristo nessa ordem: o passado, o presente e o futuro. O capítulo primeiro de Apocalipse fala do passado, o “que tens visto”; os capítulos dois e três tratam do presente, “das que são”, ou seja, o tempo da igreja na terra, e os capítulos quatro até o fim do livro tratam do futuro, as coisas “que destas devem acontecer” (Ap. 4.1). É notável observar o fato que entre os capítulos seis e dezenove, o período da tribulação, a igreja não é mencionada ou incluída nos acontecimentos relatados na terra. Esse fato deixa claro que as igrejas de Cristo não estarão presentes neste período. Pode ser que a chamada de João ao céu, pela voz “como de trombeta” (Ap. 4.1) seja uma alegoria do arrebatamento dos santos quando “com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” são arrebatados a encontrar o Senhor nas nuvens para assim estar “sempre com o Senhor” (I Ts. 4.17).
Mais Três Razões Por Que o Arrebatamento Será Antes da Tribulação - Vamos estudar mais particularmente as duas fases da Vinda de Cristo depois, mas, convém considerar três razões observadas pelo Pastor Tom Ross por que os santos serão levados à casa do Pai antes da tribulação.
Primeiramente para evitar todas estas coisas que hão de acontecer na terra durante a tribulação (Lc. 21.25-36, v. 36, “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem.”). Ap. 3.10 também ensina como Deus guardará os Seus fiéis “da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo”. É aceitável considerar que esta profecia aponta à tribulação que veio no ano 70 d. C. quando o general Tito destruiu a Jerusalém. Todavia, uma passagem pode ter alvos duplos e assim apontar à profecia que tem cumprimento tanto imediato quanto futuro.
Em segundo lugar, são levados para a casa do Pai no céu para serem julgadas as suas obras diante do Tribunal de Cristo. Nota que Lc. 21.36 ensina o propósito dos fiéis sendo arrebatados é para estarem “em pé diante do Filho do Homem”. Estarão em pé diante de Cristo para que cada um dos Seus “receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” (II Co. 5.10; Rm. 14.10). Os galardões dos Fieis são guardados no céu (Mt. 5.12, “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.”). No céu as obras dos Cristãos serão julgadas e não no julgamento do trono branco (Ap. 20.6, 11-15). No Tribunal de Cristo, os participantes da primeira ressurreição terão as suas obras de obediência à Palavra de Deus julgadas (I Co. 3.10-15)..
A terceira razão que os santos são levados para a casa do Pai antes da tribulação é para participarem nas bodas do Cordeiro onde a Sua Noiva será revelada aos exércitos nos céus. Um grande número dos santos nos céus será chamado à ceia para testemunhar as bodas do Cordeiro com a Sua Noiva (Ap. 19.6-9). Os que compõem a Noiva de Cristo são os Cristãos que perseveraram durante seu tempo na terra (Ap. 3.4, “Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.”) Essa ceia será no céu logo antes da segunda fase da vinda de Cristo. Portanto, precisam estar lá.
Quando Cristo vem para estabelecer o milênio na terra, virá com os exércitos no céu que são vestidos de linho fino, branco e puro (Ap. 19.14). Estes virão com Ele por que estão com Ele, e estão com Ele pois foram arrebatados da terra antes deste tempo (T. Ross, pgs. 70-72).
Portanto - Há muitos benefícios eternos fazer parte do Reino de Deus. Este Reino está na terra agora. Há tempo para fazer parte dele. Arrependei-vos e creia no Evangelho, ou seja, em Jesus Cristo.
O Reino de Deus no futuro dará galardões baseados na sua fidelidade ao Rei na fase do Reino de Deus no tempo presente. Há tempo para servir em obediência amorosa ao Rei Jesus pela Sua igreja local (Hb. 10.25), amando mais e mais os irmãos e os de fora (I Ts. 3.12-13). Há tempo para orar sem cessar e ainda pregar o Evangelho aos perdidos (Rm. 13.11-13). Há tempo para andar “com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” Cl 4:5. Há tempo para purificar-se ainda mais assim como Ele é puro (I Jo. 2.28; 3.3).
“Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios”, I Ts. 5.5-6,
O REINO DE DEUS NO FUTURO - III - DIFERENÇAS ENTRE O ARREBATAMENTO E A REVELAÇÃO DE CRISTO
Leitura: João 14.1-6Versículo para Memorizar: Jo 14.3, “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
Introdução – Quando Jesus foi ao Pai dez dias depois da Sua ressurreição, os anjos informaram aos presentes: “há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At. 1.11). Jesus foi levado às alturas, e “uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos”. Creio que quando Jesus voltar Ele inverterá essa ordem de eventos quando subiu, ou seja, Ele virá das alturas numa nuvem e depois todos os verão. Não haverá duas vindas, mas uma vinda em duas fases, a primeira nas nuvens e a segunda quando todos O verão. A primeira é o arrebatamento e a segunda é o que alguns chamam a Revelação de Cristo. A tribulação separa estas duas fases da Segunda Vinda de Cristo. Observe essas diferências nas duas fases listadas pelo pastor Tom Ross (pgs.65-68):
As Diferencias Entre as Duas Fases da Segunda Vinda de Cristo - No arrebatamento, Cristo vem para os Seus nos ares: I Ts. 4.17, “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”
Na revelação, Cristo vem com Seus santos à terra: Jd. 14, “E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos”; Zc. 14.5, “E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos contigo.”; Ap. 19.14.
No arrebatamento, os santos serão levados ao céu como Jesus prometeu em Jo 14.3, “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
Na revelação, os santos vem com Cristo à terra para reinar com Ele durante o milênio: Ap. 5.10, “E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.”; 17.14, “Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.”; Dn. 7.18, 22, 27.
No arrebatamento, os santos são tirados da terra antes da tribulação, quando a ira de Deus é derramada na terra: Ap. 3.10, “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.”
Na revelação, os santos com Deus virão à terra depois da tribulação para executar com Ele o juízo dos iníquos: Ap. 17.14; 19.14, 15, “E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.”
O arrebatamento destaca a revelação do Anticristo e o começo de maior atividade de Satanás e o Profeta Falso: Ap. 3.10, “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” Ap. 6.1-2, “E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.”; 8-19.
A revelação destaca o fim dos ministérios do Anticristo e do Falso Profeta: Ap. 19.20, “E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre.” Satanás estará preso nesse tempo: Ap. 20.1-3, “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.”
Quando acontecer o arrebatamento, nenhuma mudança geográfica acontecerá na terra, pois Cristo vem nas nuvens para levar os Seus à casa do Seu Pai: Jo 14.1-3, “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
Todavia, na revelação de Cristo haverá mudanças geográficas: Zc. 14.4, “E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul.”
Portanto – Pelo Espírito Santo dar as próprias palavras que os homens santos usavam para escrever a Palavra de Deus, e por essas palavras manifestarem essas distinções entre estas duas fases, podemos ter certeza dessas verdades. Não é necessário ter confusão onde o Senhor das Escrituras esclarece tão bem as diferenças entre as duas fases da segunda vinda.
Mas, mesmo que esse entendimento das Escrituras esteja errado, Cristo estará vindo, e vindo na Sua glória (Sl. 24.7-10). Os que estão anteriormente prontos, ou seja, já em Cristo pela fé, estarão com Ele eternamente. O mais importante não é descifrar esse evento, mas de participar nele. Isso somente é para os que reconheceram os seus pecados, a justa condenação diante de Deus por tais pecados e, pela fé, está confiando totalmente na obra de Cristo na cruz como aceitável Substituto diante de Deus para todos que venham a Ele pela fé.
Você está pronto para encontrar Jesus Cristo nos ares? Estará pronto para aparecer no Tribunal de Cristo e ter as suas obras julgadas? Aparecerá neste Tribunal, ou passará pela tribulação? O que se faz com o Evangelho faz toda a diferença. Arrependa-se dos seus pecados e creia pela fé em Cristo já! Amará mais a carne e as suas concupiscências do que a presença de Jesus?
O REINO DE DEUS NO FUTURO - IV - A TRIBULAÇÃO - I
Leitura: Pv. 1.20-33Versículos para Memorizar: Pv. 1. 24-26, “Entretanto, porque eu clamei e recusastes; e estendi a minha mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes todo o meu conselho, e não quisestes a minha repreensão, Também de minha parte eu me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo o vosso temor.”
A Tribulação Normal – A maldição do pecado do homem veio sobre todo homem e sobre toda a terra. Pelo pecado veio a dor, a doença, a morte, e a eterna condenação (Gn. 3.16-19; Rm. 8.19-22). Podemos considerar normal a tribulação que vem sobre todos que vivem nessa terra.
Também podemos considerar normal a oposição que há entre a Luz e as Trevas, entre a carne e o espírito (Gl. 5.17; Rm. 7.14-23) e entre o Cristão e os que não são Cristãos (Ef. 6.12; II Tm. 3.12). Todas as aflições sobre o Cristão são providencialmente controladas por Deus para que o Cristão cresça mais a imagem de Cristo. Elas vêem sobre os Cristãos e são proveitosas para o seu crescimento e aperfeiçoamento – Rm. 5. 1, “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” At. 14.2; Jo. 15.18-20; Fl. 2.5-12; Hb. 5.8-9; Tg. 1.2-12.
Elas também vem para corrigir o Cristão – Hb. 12.7-11, “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.”
Os cristãos podem dar graças a Deus pelas aflições que venham nas suas vidas: Sl 119.67, “Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra.” Está tendo aflições por andar errado? Se arrependa, confessa e volte à obediência. Senão, conhecerá a mão pesada do Senhor que visa levar-te ao arrependimento.
A Tribulação da Escatologia – Por Jesus ensinar que haverá uma tribulação “como nunca houve desde o princípio do mundo” (Mt. 24.21) sabemos que a tribulação escatológica não foi aquela tribulação que aconteceu em Jerusalém no dias do General Romano Tito (70 d.C.). A Tribulação escatológica também não pode ser aquela tribulação que veio contra os anabatistas no período entre 500 – 1.500 d.C. quando mais que 50.000.000 deles foram mártires (pg. 35, J. M. Carroll). Mas a tribulação escatológica que ainda virá, será mais terrível de que qualquer destas e sobre classes de pessoas diferentes, ou seja, sobre os não salvos. Para ter uma melhor idéia, leia os capítulos 6-19 de Apocalipse.
A natureza desta tribulação é ira. Essas aflições não vêm sobre os Cristãos para o proveito do aperfeiçoamento ou correção deles. Essas aflições vêm sobre os habitantes da terra que restaram depois que os Cristãos foram retirados. A tribulação escatológica não é para a correção e nem para o aperfeiçoamento dos que estão na terra, mas é para ser “um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas” (Sf. 1.14-16). A Tribulação escatológica é uma retribuição sobre todos que rejeitaram Deus e o Seu Cristo - Sl. 2.4-5, 9; Pv. 1.22-33; II Ts. 2.6-12, “11 E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; 12 Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.” Portanto se entende que a tribulação é para castigar nessa terra os que não aceitaram o senhorio de Deus. Se não submeteu-se ao senhorio de Deus, nada diferencia você de qualquer nação pagã que será destruída pela ira justa deste Senhor da glória. Mesmo que alguns pensam que milagres e grandes sinais operem o arrependimento nos pecadores, muitos dos que passarão por essa tribulação não buscarão o arrependimento (Ap. 9.16-21).
Por Cristo a salvação é definitivamente “da ira futura” (Rm. 5.9; Ap. 3.10). A “ira futura” sobre essa terra (Ef. 5.6; Cl. 3.6; I Ts. 1.10; 5.9) e a ira sobre os que estão no inferno, foi derramada sobre Cristo (Is 53.10-11; II Co. 5.21; Jo. 19.30, “está consumada”). Quem está em Cristo é salvo da “ira futura” qualquer que seja o lugar da sua manifestação.
O Cumprimento das Profecias Concernente Israel - O profeta Jeremias descreve a tribulação como o “tempo de angústia para Jacó” (Jr. 30.7) pois Deus tratará com o povo de Israel em maneiras específicas e especiais nessa epoca. A pergunta de Isaias “Até quando Senhor?”, referindo-se a cegueira imposta aos judeus por rejeitarem a pessoa e o ministério do Messias, foi respondida: “Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores, e a terra seja de todo assolada.” (Is 6.11-13). Tal situação se cumprirá na tribulação. Todavia, quase no fim da tribulação Deus se levantará “a favor dos filhos do teu povo” (Dn. 12.1), abrindo seus olhos para perceberem as coisas espirituais, resultando na salvação de multidões deles (Ap. 7.3-8). Multidões dos que não são judeus serão salvos também (Ap. 7.9-14). Deus é misericordioso sim, mas a certeza da salvação deve ser tratada hoje. Se judeu ou gentio morrer antes de conhecer a graça de Deus não haverá mais esperança. Se você se enquadra como pecador corre ao Senhor Jesus hoje, enquanto é oportuno.
A Vingança de Deus Sobre Babilônia. Deus julgará a igreja apóstata, ou seja, “a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra” (Ap. 17.5). Essa igreja apóstata está “embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus” indicando que ela causou a morte de muitos seguidores de Cristo (Ap. 17.6). Essas descrições cabem bem à Igreja Católica que pelos séculos procurou eliminar do mundo os verdadeiros seguidores de Cristo.
Se Deus pôde abrir os olhos vedados dos judeus à verdade, então você pode e deve clamar a Ele para ser misericordioso para com você a abrir os olhos do seu entendimento para poder ver pela fé o Salvador Único. Se Deus de fato derramará a Sua ira eterna sobre os que não submetem-se a Ele. Não continue insistindo em viver conforme o que dita seu próprio coração! Arrependa-se de seu pecado enquanto há tempo e creia pela fé no Único Salvador que Ele determinou: O Jesus Cristo. Seja salvo já!
Um Aviso: O tempo de ser salvo é já, antes da tribulação. O tempo para se arrepender é antes da aplicação do castigo. Depois de avisar da tribulação o profeta Joel aconselhou: “Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de alimentos e libação para o SENHOR vosso Deus?” Jl. 2.12-14. Arrependa-se hoje dos seus pecados e creia pela fé em Cristo Jesus. Cristo Jesus levou o castigo de Deus pelos pecados de todos os que se arrependem e crêem pela fé nEle. A ira de Deus justamente cairá sobre alguém pelos seus pecados. Você já está nEle?
O REINO DE DEUS NO FUTURO - V - A TRIBULAÇÃO - II
Lição 26 - O Reino de Deus no Futuro - VA Tribulação - II
Leitura: Dn. 9.24-27 (Mt. 24.4-31; Mc. 13)
Versículos para Memorizar: Mc. 13.32-33, “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.”
A Realidade de Uma Tribulação – Mesmo que existam muitas opiniões sobre a duração da Tribulação, ninguém nega a sua realidade. Haverá um tempo de grande aflição quando Deus derramará a Sua ira sobre os que não desejaram submeter-se ao Seu senhorio (Sl. 2.1-5,9; 21.8-9; Lc. 19.27; Hb. 10.13).
O que precede a este evento? A tribulação, que crescerá cada vez mais em grau de intensidade para ser chamada “A Grande Tribulação” é precedida pelo arrebatamento dos santos. O conforto dos fiéis na igreja em Filadélfia era de ser guardados “da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap. 3.10; I Ts. 5.9; Ap. 18.4). Se serão guardados desta “hora da tentação”, creio que é por serem arrebatados da terra antes desta “hora de tentação”. Por serem tirados antes, ou seja, guardados desta “hora”, é claro para mim que a “hora de tentação” seguirá o arrebatamento.
O que se segue a este evento? A vinda pessoal de Jesus Cristo com os Seus a esta terra é o evento que imediatamente segue a Tribulação. Depois de descrever os detalhes da tribulação, Jesus profetiza: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”, Mt. 24.30; Mc. 13.26.
Falsos “Cristos” virão e enganarão muitos. Guerras, e fomes, e pestes, e terremotos são “o princípio de dores”, ou seja, os eventos que marcarão o começo da Tribulação (Mt 24.4-8). Depois destes eventos haverá “grande aflição” (Mt 24.9-22), ou seja, “grande tribulação” (Ap. 7.14). O fim deste período é quando Cristo volta com Seus santos do céu para a terra (Mt. 24.27-30).
A Duração do Período da Tribulação - A Septuagésima semana de Daniel – O profeta Daniel profetizou setenta semanas que foram determinadas sobre os judeus e a Jerusalém. Sessenta e nove destas semanas já foram cumpridas. Há em intervalo indefinido entre essas sessenta e nove semanas e a última semana. Esse intervalo estende desde a crucificação de Cristo até a vinda do “príncipe” (Anticristo). Alguns chamam essa época: a ‘era’ ou ‘dispensação’ da igreja. Nós nos encontramos vivendo nessa época. A última semana desta profecia é a tribulação. Desde que as primeiras sessenta e nove semanas foram cumpridas literalmente, cada semana durando sete anos, sabemos que a última semana dessa profecia deve ser de sete anos também.
O Pastor Tom Ross no seu livro, Elementary Eschatology diz: “As setenta semanas de anos, ou seja, 490 anos tratam especificamente com a nação de Israel, que são o povo de Daniel, cujo capital é Jerusalém, a cidade santa. É importante entender essa profecia das setenta semanas de Daniel em relação aos propósitos de Deus concernente a Israel, a Sua escolhida nação.
“Daniel 9.26 determina que as semanas desta profecia devem ser interpretadas como anos. Jesus não veio como o Messias para ser cortado pelos pecados do Seu povo 483 dias depois da saída da ordem de Artaxerxes em 445 a.C, mas 483 anos depois dessa ordem ...
“A primeira semana de anos é calculada desde a ordem de Artaxerxes para restaurar Jerusalém em 445 a.C. Essa restauração levou exatamente 49 anos como revelou Daniel 9.25. Do tempo da restauração de Jerusalém até o tempo de Jesus Cristo ser crucificado foi 62 semanas de anos, ou seja, 434 anos. Somando 49 com 434 o total é 483 anos ...” (pgs. 92-93).
O senhor Robert Anderson, um estudioso citado por muitos eruditos, nota que a exaltação pública do Messias era a data de Nisan 10° do calendário Juliano, que era um domingo, dia 6 de Abril do ano 32 d.C. Portanto a duração do período entre a ordem para reconstruir Jerusalém e esse advento do Messias, ou seja, entre o dia 14 de março de 445 a.C. e o dia 6 de abril de 32 d.C. era exatamente 173.880 dias, ou sete vezes sessenta e nove anos proféticos de 360 dias cada um (pg. 94, ibid).
Após as sessenta e nove semanas acontecerá a crucificação do Messias e depois disso haverá uma pausa não declarada. Será uma pausa não de acontecimentos proféticos, mas da contagem das semanas. Durante essa pausa virá a destruição da cidade e do santuário, que aconteceu no ano 70 d.C. Durante essa pausa a profecia inclue a falta de paz geral até o fim (Dn. 9.26; II Tm. 3.1-7).
O próximo evento da profecia das setenta semanas de Daniel que acontecerá é quando o Anticristo “firmará aliança com muitos por uma semana” (Dn. 9.27). Notem que nessa semana até o sacrifício e a oblação no Templo dos Judeus serão re-estabelecidos pelo menos pela metade dessa semana de anos, ou seja, por três anos e meio. Nisso entendemos que o período chamado “A Tribulação” pode não ser somente de grande aflição e tribulação. A última metade dessa septuagésima semana o assolador apertará com muito mais abominações até a consumação (Mt. 24.15; Mc. 13.14).
Outro Calculo dos Sete Anos da Tribulação – Ap. 11.3-14; 13.1-10. A primeira metade da Tribulação, ou seja, de quarenta e dois meses, é o tempo em que os Judeus adorarão no templo, mesmo que tivesse os gentios presentes no átrio, ou a parte de fora (Ap. 11.1-2).
Depois destes três anos e meio mantendo uma aliança com Israel, o Anticristo viola essa aliança (Dn. 9.27), e já com o seu poder político estabelecido, agora abre a sua boca em blasfêmias contra Deus, e do Seu tabernáculo, e dos que habitam no céu (Ap. 13.5-6). Nesta segunda metade da Tribulação o Anticristo, com o poder dado pelo dragão (Ap. 13.4), age publicamente por quarenta e dois meses. Ele não virá sem Deus dar um aviso contra as suas abominações. Deus sempre tem os dEle que pregam a necessidade de arrependimento dos pecados e fé em Cristo para a Salvação. As duas testemunhas de Apocalipse (Ap. 11.3-12) são o Seu aviso na terra nesta segunda metade da Tribulação. As duas testemunhas farão o seu trabalho por mil duzentos e sessenta dias, ou seja três anos e meio (Ap. 11.3). Na época do fim do ministério das duas testemunhas, a sétima trombeta tocará (Ap. 11.15-19) e logo depois é dito “os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre”, (Ap. 11.15).
Somando os períodos antes da manifestação das duas testemunhas quando os Judeus adoraram no templo (quarenta e dois meses, Ap. 11.1-2) e o ministério das duas testemunhas quando o Anticristo se exalta (mil duzentos e sessenta dias, Ap. 11.3) se tem os mesmos sete anos que a profecia de Daniel revela que resta antes da consumação (Dn. 9.27).
Os Horrores da Tribulação – Dn. 9.27; Mt. 24.5-30; Mc. 13. Na primeira metade da Tribulação mesmo que os Judeus observarão o sacrifício no Templo, falsos cristos enganarão muitos, terão guerras e rumores de guerras e começará a perseguição dos Cristãos verdadeiros (Mt. 24.5-12) Creio que essa primeira metade da Tribulação tem referência à abertura dos sete selos (Ap. 6.1-17) e o tocar das primeiras seis trombetas (Ap. 8.6-9.21). Nesta altura Deus faz com que o Evangelho seja pregado (Mt. 24.14; as duas testemunhas? Ap. 11.3-12).
Seguindo a seqüência de Mt. 24 a Tribulação, já na segunda metade, piora para ser como nunca antes (Mt. 24.15-21) quando creio ser a sétima trombeta (Ap. 11.15-19). Do soar da sétima trombeta vem o juízo das sete taças (Ap. 16-17) que inclue a queda de Babilônia (Ap. 17-18). Com esses últimos acontecimentos, ou seja, esses grandes sinais (Mt. 24.27-30) vem o fim da Tribulação com a volta de Cristo (Ap. 14.1-20 é uma visão geral disso e 19.1-21 uma visão particular).
O Aviso da Tribulação – Esteja pronto! A ira de Deus é séria e traz conseqüências eternas. Jesus Cristo é O Caminho único pelo qual Deus se satisfaz e perdoa os pecados (Is 53.11; II Co. 5.21; I Pe. 3.18). Arrependa-te e creia pela fé em Cristo já. Não confie numa decisão ou atitude sua, mas na obra de regeneração divina (Jo. 3.3-5). Não é necessário uma mera mudança de religião mas um coração novo que opera fruto digno de arrependimento, ou seja, a santificação (II Co. 15.17; Hb. 12.14, “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”). Tem o essencial?
O REINO DE DEUS NO FUTURO - VI - A TRIBULAÇÃO - III
Lição 27 - O Reino de Deus no Futuro - VIA Tribulação - III
Leitura: Apocalipse 12.1-6
Passagem para Estudar: Apocalipse 12.1-13.18
Versículo para Memorizar: Apocalipse 12.11, “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.”
As Sete Personagens Maiores da Tribulação
Nos capítulos 12-13 do livro Apocalipse existe uma pausa dos eventos cronológicos para introduzir as sete maiores personagens durante a Tribulação.
1. A Mulher Grávida – Ap. 12.1-2,5-6,14. Pode ser que muitos crêem que essa mulher representa a igreja, creio que representa a nação de Israel. Pela nação de Israel veio o “filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro” (Ap. 12.5; 19.15). A promessa foi dada a Abraão que por ele “serão benditas todas as famílias da terra” (Gn. 12.3). Jesus Cristo é este filho. Por Ele vêem as bênçãos da salvação e vitória sobre o pecado, a condenação, a morte e o diabo. O Dragão deseja incessantemente impedir que Este filho seja nascido e vive somente para destruir tudo que identifica-se com Este fruto do ventre (Ap. 12.4, 12, 13). Na primeira metade da Tribulação a nação de Israel é alimentada e protegida publicamente (Ap. 12.6, 14). Na segunda metade da Tribulação Deus misericordiosamente salvará Israel dos seus pecados, e estes evangelizarão a terra e morrerão como mártires pela Verdade (Ap. 7.1-8; 14.1; 12.17, “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”).
2. O Dragão, A Antiga Serpente, O Diabo, O Satanás – Ap. 13.2-4; 12.3, 9, 13, 15-17. A origem de Lúcifer, que veio ser conhecido pelo nome de Satanás foi no dia em que Deus criou os anjos. Ele era um anjo exaltado pela formosura e sabedoria (Ez. 28.12). O querubim, ungido para cobrir (Êx 25.17-20); estabelecido por Deus; no monte santo de Deus estava (Jó 1.6-12; 2.1-7; Zc 3.1), no meio das pedras afogueadas andava. Sua queda veio através de sua formosura que corrompeu a sua sabedoria, (Ez. 28.17). Satanás caiu sim, “do céu” (Lc 10.17-20), e perdeu a sua posição e poder, mas não perdeu o seu acesso ao céu; perdeu somente a sua posição de honra (Huckabee). Desde a sua queda o seu único objetivo é roubar, minimizar, ofuscar, trair e suplantar qualquer atividade ou atitude que redunda para a glória de Deus (Gn. 3.15; At. 13.10; Jo. 8.43-44). Para com o mundo a sua obra é notada pela cegueira espiritual – Jo. 8.44; II Co. 4.4; II Co. 12.13-15; desobediência espiritual – Ef. 2.2,3; religião falsa - I Co 10.20,21; I Jo 3.10. Para com os santos, Satanás consegue os seus objetivos através de acusação - Jó 1.6; 2.1; Ap. 12.9,10; perseguição – Jo. 16.2; At. 26.9; Gl. 4.29; Ef. 6.12; destruição - I Pe. 5.8 (Gn. 3.1-6); I Jo. 3.8-15; tentação - I Jo. 2.16 (Mt. 4.1-11). O seu fim será no Lago de Fogo eterno (Ap. 20.7-10).
Pela história o dragão tem perseguido a “mulher que dera à luz o filho homem”, ou seja, a nação de Israel, e sempre a providência de Deus a sustentou de uma maneira ou outra (Ap. 12.13-16).
Você é um vencedor diante do Acusador?
A vitória é pelo sangue do Cordeiro (Jo. 3.16, 36). Onde está a sua fé? Somente vencem os que confiam unicamente no sangue de Jesus. Se a Sua obra na cruz não basta para tudo que a sua salvação necessitava ontem, necessita hoje e aquilo que necessitará amanhã, você não é um salvo pelo sangue. Só se vence pelo sangue do Cordeiro! Você é um vencedor?
A vitória dos vencedores é pela Palavra de Deus, ou seja, pela santificação. Os salvos se santificam pela Palavra (Jo. 17.17; Ef. 5.25-27). A única Bíblia que muitos têm para ler é aquela exposta pelas vidas dos salvos. Quando os outros lêem a sua vida, aprendem da Palavra de Deus? Só terá um testemunho que vence se é santificado pela Palavra. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;”, Hb. 12.14. Você é um vencedor?
A vitória é pela graça. Os salvos que vivem pela Palavra mortificam a carne e perseveram até o fim conhecem a graça de Deus (I Co. 15.10, “Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.”) Para vencer é importantíssimo deixar aquele pecado que tão de perto nos rodeia. Vez após vez, diariamente precisam vencer a carne. Apenas pela graça de Deus pode o Cristão resistir, morrer a si mesmo, crescer na fé e agradar o Seu Salvador. Você é um vencedor?
3. O Filho Homem da Mulher – Ap. 12.5-6, 13-14. Cristo é o único que pode preencher as qualificações deste “filho homem” que veio pela mulher grávida que representa a nação de Israel (Sl. 2.9; Ap. 19.15).
Saiba isso: é Cristo com quem todos têm que tratar no fim! Somente os chamado, eleitos e fiéis estarão com Ele quando voltar para vencer a todos que rejeitam o Seu senhorio (Ap. 17.14). Verifique se você está em Cristo!
4. Miguel e os seus anjos – Ap. 12.7; Dn. 12.1-3. Miguel é o arcanjo que luta em prol da glória de Deus (Ap. 12.7-10) e os interesses do povo de Deus: Daniel (Dn. 10.13, 21); o corpo de Moises (Jd. 9).
5. Os Judeus Convertidos – Ap. 12.17, “Os “remanescentes da sua semente”. Estes são os 144.000 convertidos de Israel (Ap. 7.1-8; 14.11). Mostram a sua fé em que “guardem os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. Deus não rejeitou o Seu povo para sempre, pois, depois dos tempos dos gentios (Lc. 21.24) Deus cumprirá a Sua aliança misericordiosamente para com o Seu povo salvando os remanescentes (Rm. 11.21-36).
Deus cumprirá todas as Suas Palavras, nenhuma passará sem ser comprida (Is 55.10-11; Pv. 30.5; Mt. 24.34). Portanto, saiba que o lugar da salvação está em Cristo Jesus. A promessa de Deus é: Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece, Jo. 3.36. Arrependei-vos e crede no Evangelho que diz que Jesus é o Substituto de cada pecador que se arrependa e crê nEle pela fé (II Co. 5.21; I Pe. 3.18). Somente vencem os que têm o sangue do Cordeiro (Ap. 12.11; I Pe. 1.18-20).
6. O Anticristo, a Besta, o Homem do Pecado, O Filho de Perdição, O Iníquo – Ap. 11.7; 13.1-10; II Ts. 2.3, 8. Além destes nomes que indicam a sua natureza e obra, a descrição dele no Apocalipse revela que tem grande poder político (sete cabeças, Ap. 13.1), poder militar (sete chifres, Ap. 13.1), grandeza e aceitação mundial (sete diademas, Ap. 13.1), grande ousadia e irreverência (um nome de blasfêmia, Ap. 13.1), e é reconhecido pelos seus grandes sinais (Ap. 13.3). Sua obra, movida pelo Satanás (II Ts. 2.8-12; Ap. 13.2, 4), começará logo após o arrebatamento dos santos (I Ts. 2.3-10). Desde que o Anticristo aparecerá somente depois do começo da tribulação, sabemos que ele não está agora no mundo, mesmo que haja o espírito do anticristo presente desde o primeiro século (I Jo. 2.18, 22, 28; 4.1-3). No começo da Tribulação, pelos enganos dele, ele negociará um pacto de paz com Israel (Jo. 5.43; Dn. 9.27). Depois, a sua verdadeira intenção será conhecida quando quebrará o pacto de paz e “assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus (II Ts. 2.4). O número da Besta revela que a sua obra é só pecado, aquilo do homem natural, ou seja, “a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” (I Jo. 2.16; cf. Sl. 10.2-5). Seu fim é ser preso por Deus e lançado vivo, junto com o Falso Profeta, “no lago de fogo que arde com enxofre” onde serão atormentados para todo o sempre – Ap. 19.19-20; 20.10). Referencias no Velho Testamento que mencionam o Anticristo: Sl. 5.6; 10.18; 52.1; 55.3; 74.8-10; 110.6; 140.1; Is 16.4-5; Ez. 21.25-27; Dn. 7.8; 9.26; 11.21, 36; Zc. 11.16-17 (pp. 107, Ross).
7. O Falso Profeta – Ap. 13.11-18. O Falso Profeta é o auxiliar diabólico do Anticristo. Ele faz com que todos O adorem e, sobre ameaças de morte, e com grandes sinais, promove a adoração da imagem do Anticristo. Ele é o instrumento do diabo que faz necessário todos ter o “sinal, ou nome da besta, ou o numero do seu nome” na mão direita ou na testa (Ap. 13.12-17). A Tribulação torna ser “Grande” com a sua maior atividade (Ap. 16.12-16). Seu fim é para ser preso por Deus e lançado vivo, junto com o Anticristo, “no lago de fogo que arde com enxofre” onde serão atormentados para todo o sempre – Ap. 19.19-20; 20.10.
Os que confiam no seu próprio entendimento, vão buscar salvar a própria pele e farão tudo que o Anticristo e o Falso Profeta pedem. Também compartilharão com eles o seu fim no Lago de Fogo (Ap. 20.11-15).
Os que conhecem a graça de Deus, vão sofrer perseguições neste mundo pela Sua causa até a morte. Também entrarão na glória do Seu Salvador na presença de Deus eternamente (Ap. 21.1-4).
A única vitória está em Cristo! Como os que vivem durante a Tribulação, temos hoje uma escolha: Insistir em seguir os desejos da carne e ser condenado pela eternidade ou, arrepender-se dos pecados e crer pela fé em Cristo sendo regenerado por Deus.
“E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.”
Apocalipse 12.11
O REINO DE DEUS NO FUTURO - VII - O MILÊNIO - I
Lição 28O Reino de Deus no Futuro - VII
O Milênio - I
Leitura: Apocalipse 20.1-7
Versículos para Memorizar: Apocalipse 20.6, “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.”
Existem muitos detalhes sobre a escatologia: o simbolismo do livro de Apocalipse, as fases da vinda de Cristo, o tempo do arrebatamento, a cronologia da tribulação, e a identificação da pessoa e número do anticristo. Talvez pelas diversas maneiras de explicar esses assuntos, muitos, como eu no passado, deixam de aprofundar no assunto. Todavia, quando se enfrenta estes assuntos com a Bíblia na mão, a confusão desaparece e torna confiante na Verdade. Depois de explicar corretamente alguns assuntos de escatologia, o apóstolo Paulo escreve à igreja em Tessalônica: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”, I Ts. 4.18. Comprovadamente, a verdade liberta e não traz confusão (Jo. 8.32; I Co. 14.33).
Sobre o milênio também existem vários pontos de vista em relação à cronologia do retorno de Cristo e a sua duração. Há os que dizem que o milênio começa quando o Cristão é salvo. Outros dizem que Cristo volta depois do milênio e outros antes dele. Todos usam a mesma Bíblia, mas, nem todos usam as mesmas regras de hermenêutica (interpretação Bíblica).
O termo “milênio” não consta na Bíblia, mas um período de mil anos existe; como também são reais os acontecimentos que acontecerão nesse período. A palavra ‘milênio’ é um termo teológico baseado na passagem de Ap. 20.1-10. A posição teológica que qualquer tem, depende do seu entendimento sobre quando o retorno de Cristo acontecerá em relação a este período de mil anos. Nessa lição observaremos as três posições sobre o milênio.
O Amilenarismo crê que não há um período de mil anos cronológicos chamado “o milênio”. Como para Deus um dia é como mil anos (II Pe. 3.8), para estes a expressão “mil anos” nunca deve ser interpretada literalmente. De fato, para estes que tomam essa posição, muito pouco sobre profecia ou escatologia deve ser crido literalmente. Gostam de interpretar quase tudo espiritualmente. Exemplos disso é a crença em que a nação de Israel é a Igreja do Novo Testamento e também o trono de Davi é o Céu. Desde que Jesus ensinou que somente pela regeneração se pode entrar e ver o Reino de Deus, o milênio, ou seja, a vivência com Deus, já é uma realidade para o convertido. Estes concluem então que não haverá um período de somente mil anos no qual o Cristão reinará com Cristo, mas, um período eterno. Dizem que este milênio eterno já é uma realidade para os salvos. Pelo milênio começar com o Evangelho, muitos amilenaristas preferiram um termo que os identificassem com a primeira vinda de Cristo, ou seja, o Evangelho (“Milenaristas do Evangelho”). Os amilenaristas negam que haja uma primeira ressurreição dos salvos (Ap. 20.5) antes do milênio e uma segunda ‘ressurreição para os não salvos depois do milênio (Ap. 20.12-13). Entendem que somente existirá uma ressurreição geral com os salvos e os não salvos. A única vinda literal de Cristo que será futura não é a vinda nos céus para os Seus ou a vinda com os Seus. Eles entendem que somente haverá uma vinda quando Ele vier para julgar o mundo. Eles ensinam que Cristo não precisa estabelecer o Seu reino na terra, pois Ele já reina nos corações do Seu povo.
Historicamente, o método da espiritualização dos textos da Bíblia foi popularizado por Orígenes (185-253 d.C.) e Agostinho de Hipona (354-430 d.C.). Os ensinos de Orígenes espelharam as filosofias do pagão Platão e filósofos Judeus que transformam os ensinos absolutos da Bíblia em alegorias e enigmas. Agostinho de Hipona era um teólogo católico e promoveu a idéia de que Satanás seria preso durante o ministério público de Jesus e que o milênio não teria uma duração específica. Agostinho creu corretamente na graça soberana de Deus, mas também ensinava a heresia do batismo de criancinhas para a salvação.
Quando um método de interpretação bíblica descarta o literalismo como o método básico de entender a Bíblia, abre-se a possibilidade de colocar uma interpretação particular em tudo que diz as Escrituras. Porém, a Bíblia não é aberta para interpretações particulares, pois cada passagem tem um ensino específico e absoluto (II Pe. 1.20-21). Para conhecer o que uma determinada passagem bíblica ensina é necessário comparar o versículo com o contexto imediato. Depois de pesquisar o contexto da passagem, é necessário verificar o ensino com o contexto maior, ou seja, com o resto da Bíblia. Desta maneira a opinião do homem é minimizada e o intento do Senhor percebido (At. 17.11). Deus é Espírito e Jesus é o espírito da profecia, mas isso não quer dizer que não haverá um tempo real quando este Cristo corporalmente reinará com o Seu povo ressurrecto nessa terra por um período de mil anos. Também, o fato que Deus é Espírito não quer ensinar que não haverá uma primeira ressurreição dos salvos e uma segunda ressurreição dos não salvos e que haja mil anos entre os dois eventos (Ap. 20.4-6). Também, pelo fato de Satanás ser um anjo não quer dizer que não possa ser acorrentado e preso por mil anos (Ap. 20.1-3). Se Deus pode fazer tudo que se vê do nada, Ele pode prender o príncipe das potestades do ar com uma grande cadeia e lançá-lo num abismo por mil anos cronológicos. Será que literalismo frustra uma doutrina bíblica qualquer?
Pós-milenarismo ensina que não haverá nenhum retorno de Cristo antes do fim do milênio. Os pós-milenaristas crêem que o mundo todo primeiramente será evangelizado e convertido, assim introduzindo um tempo milenar de paz e justiça, no fim do qual Jesus Cristo voltará. Simplesmente resumem que a igreja fará com que o mundo melhore mais e mais antes da vinda de Cristo. Espiritualizam a passagem de Apocalipse 20.1-7. Foi Daniel Whitby (1638-1726) a fonte desta posição. Hoje existem grupos querendo popularizar estes ensinos e chamam-se Reconstrucionistas. Às vezes os pós-milenaristas referem-se à sua posição escatológica como Teologia Domínio. Para garantir essa melhora do mundo antes da vinda de Cristo, essa posição escatológica incentiva o “Evangelho Social”. Essa crença esforça-se em melhorar as capacidades intelectuais dos homens, higienizar o local da moradia do homem e satisfazer as suas necessidades básicas para que, de uma forma ou outra, tudo isso influenciará a sua natureza pecaminosa a ser transformada numa natureza espiritual.
Porém a Bíblia enfatiza que o mundo piorará tanto mais perto estiver o retorno de Cristo (II Tm. 3.1-5). Também ensina que não há nada bom na carne (Rm. 3.10-18; 7.18); que o fruto da carne não herdará o Reino de Deus (Gl. 5.19-21). Melhorar as condições do homem sem o Evangelho nunca operará a salvação. Tem que nascer de novo, e este, pela Palavra de Deus e do Espírito (Jo. 3.3-8). Se existisse uma salvação fora de Cristo, não haveria necessidade dEle morrer. Se não é exigido o arrependimento dos pecados e a fé em Cristo para a salvação, não há necessidade de pregar o Evangelho.
Pré-milenarismo é a crença em que Cristo voltará ao mundo com os Seus (II Ts. 2.1-3, 8; Ap. 19.11-14) para depois reinar literalmente nessa terra por mil anos cronológicos. Os pré-milenaristas tomam a passagem de Apocalipse 20.1-7 literalmente. Crêem quando é usada a expressão “mil anos”, de onde vem a crença geral de milenarismo; essa expressão sempre refere-se à passagem de mil anos cronológicos literalmente. Jesus Cristo voltará corporalmente à terra física antes do tempo real de mil anos para reinar física e literalmente com Seu povo ressurrecto. Crêem que as profecias no Velho e Novo Testamento devem ser interpretadas geralmente de forma literal mas admitem ensinos simbólicos quando o contexto pede tal interpretação.
Os pré-milenaristas às vezes são chamados Chilistas pois a palavra grega para a palavra “mil” é chilias (#5507, Strong’s). Historicamente o pré-milenarismo foi defendido pelos Cristãos da igreja primitiva até o terceiro século por teólogos como Pastor de Hermas, Policarpo, Justino Mártir, Irineu e Tertuliano. Durante a Era das Trevas foi os Valdenses e Paulicianos que marcadamente preservaram essa doutrina viva. Nos últimos quatro séculos essa posição tem sido defendida por João Bunyan, Benjamin Keech, João Gill entre outros.
Os Ensinos Básicos dos Pré-milenaristas
1. Antes da Tribulação as condições no mundo irão de mal à pior – I Tm. 3.1, 13.
2. A época presente terminará com a Grande Tribulação – Mt. 24.5-31.
3. No fim da Tribulação Cristo voltará à terra para destruir o Anticristo, o Falso Profeta, e os outros inimigos de Cristo – Ap. 19.14, 20-21.
4. Satanás será preso por mil anos – Ap. 20.1-3.
5. Existem duas ressurreições: a primeira para os justos antes do milênio (Ap. 20.4-6) e uma segunda para os injustos depois do milênio - Ap. 20.12-15.
6. O milênio será um tempo de justiça, paz e espiritualidade – Ap. 20.6; Is 2.1-4; 65.20.
7. A nação de Israel será abençoada peculiarmente durante este período – Ez. 11.17-21; 16.60-63.
8. A nação de Israel e o tipo de igreja que Jesus instituiu enquanto na terra não são a mesma coisa.
Você pode ser salvo e não concordar com todos sobre a cronologia dos eventos da escatologia, mas não adianta ser conhecedor dos eventos dos últimos dias e não conhecer o arrependimento dos seus pecados e a fé em Jesus Cristo, o Salvador. Eruditismo não é salvação. É necessário que seus pecados sejam lavados com o sangue de Cristo para ser salvo. Jesus pode voltar logo, mesmo hoje. Está pronto para encontrá-lO? Este assunto lhe traz consolação?
Seja antes ou depôs do milênio quando Jesus voltar, Ele corporalmente voltará. Quando vier a essa terra terá uma espada na sua mão para trazer justiça na terra. Só os regenerados viverão. Se estiver ouvindo a Sua voz, hoje é o tempo para ser salvo! Agora é o tempo para pregar Cristo aos outros! Já é o tempo para crer pela fé nEle! Que Deus lhes abençoe.
O REINO DE DEUS NO FUTURO - VII - O MILÊNIO - II
Lição 29O Reino de Deus no Futuro - VII
O Milênio - II
Leitura: Salmo 47
Versículos para Memorizar: Ap. 11.15, “E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.”
Há muito mais para considerar sobre o milênio do que a sua cronologia e sua duração. Quero considerar qual relação tem o milênio com Satanás e sua equipe maligna, Cristo, a Igreja, a nação de Israel, o mundo, a criação e o pecado. Dessa maneira, pode ser que cresça a nossa expectativa deste evento. Entendendo melhor o plano de Deus podemos ser incentivados a fazer o necessário para participar nele, tanto nós quanto os outros que hoje estão ao nosso redor.
O Milênio e Satanás, O Anticristo e o Falso Profeta – Poderíamos estudar sobre a origem de Satanás (Isa 14.11-16; Ez. 28.11-19). Também seria bom proveito estudar a obra de satanás agora na terra como príncipe das potestades do ar (Ef. 2.2; Jo. 14.30; Ap. 12.10). Mas, desde que o nosso estudo é sobre o milênio seria melhor nos limitar sobre a relação entre satanás e o milênio.
Satanás sabe que não pode reinar eternamente na terra. Portanto ele usa o pouco tempo que tem para manifestar a sua natureza e fazer a sua obra maligna. Sua natureza é contra a verdade em geral (Ap. 12.10) e contra O Verdadeiro em particular (Gn. 3.15). Ele atua em tudo que rouba a glória que pertence a Deus (At. 13.10; Jo. 8.44, “... Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele ...”).
É extremamente importante que não demos lugar nenhum a Satanás, pois ele é enganoso. Ele opera em conjunto com o coração enganoso do homem para tragar os tolos que não atentam aos avisos da Sabedoria (I Pe. 5.8-9).
Nas fases finais da tribulação, sabendo que resta muito pouco tempo para agir, Satanás, a Antiga Serpente, opera com grande ira para com os que habitam na terra e no mar (Ap. 12.12, 17). Como uma trindade maligna, Satanás, o líder, dá o seu poder à segunda pessoa desta trindade ímpia, o Anticristo (Ap. 13.4). O Anticristo é o porta-voz de Satanás e faz a sua vontade contra Deus, do Seu nome, e do Seu tabernáculo, e dos que habitam no céu, fazendo guerra contra os santos (Ap. 13.5-7). A terceira pessoa desta trindade de iniqüidade é o Falso Profeta que atua para que o Anticristo é exaltado (Ap. 13.12, 15).
No fim da tribulação, uma tentativa maior será feita para impedir o retorno de Cristo à terra (Ap. 19.19). Como pelos séculos o mundo rebelava contra Deus e Seu Ungido (Sl. 2.2-3), na tribulação, a sua equipe maligna e os seus seguidores intensificam os esforços numa guerra total contra o Fiel e Verdadeiro (Ap. 19.11), ou seja, a Palavra de Deus (Ap. 19.13).
Este é Aquele que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso (Ap. 19.15), cujo nome no seu manto e coxa é Rei dos reis, e Senhor dos senhores (Ap. 19.16). O fim não pode ser outro além de destruição total dos inimigos de Deus. O Anticristo e o Falso Profeta serão presos e lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre e todos demais serão mortos (Ap. 19.20-21; Is 11.4; 30.27-31; Dn. 11.45).
Depois da Tribulação, a próxima etapa da escatologia é o milênio. Desde que não se pôde ter paz verdadeira enquanto Satanás estava livre para influenciar o homem, ele é agora preso com uma grande cadeia e lançado no abismo. O abismo é encerrado com um selo para que ele não mais engane as nações pela duração do milênio (Ap. 20.1-3; Is 14.12-15). Durante o milênio Cristo começa o Seu reino eterno com o Seu povo (Ap. 20.4). Nessas condições o louvor puro é dado ao Rei pelo seu povo em toda a terra – Sl. 47.
Onde você estará nessa hora?
O Milênio e Cristo – É do agrado de Deus que Jesus preencha os ofícios de Profeta (At. 3.22), Sacerdote (Hb. 5.6) e Rei (Sl. 2.6). Como Profeta Jesus declara e ensina a vontade do Pai. Quando começa o milênio, Jesus já cumpriu a função de Profeta (Jo. 17.4-8; Hb. 1.1). Como Sacerdote Jesus é o Mediador entre Deus e o homem, e pela Sua expiação, Ele reconcilia os que crêem nEle a Deus, intercedendo por eles diante do Seu Pai. Nessa função Jesus atua ainda (II Co. 5.17-21; I Tm. 2.5-6; I Pe. 3.18; Hb. 7.25). Jesus, como Rei, reinará sobre os homens executando as leis de Deus em toda justiça e sabedoria (II Sm. 7.12-13; Is 9.6-7; Lc. 1.30-33). É futura essa posição como rei mas Ele vai ocupá-lar literalmente (Lc. 19.12-15). No começo do milênio, Jesus será reconhecido como Rei e terá a glória devida (Sl. 24.7-10; Zc. 14.9; Lc. 19-12-15; At. 1.6; I Tm. 4.1).
Voltando um pouco na historia, o homem foi criado para dominar sobre todos os animais, e para sujeitar a terra (Gn. 1.26-28; Sl. 8.4-8). Todavia, quando pecou, Satanás tornou o Príncipe deste Mundo (Jo. 16.11) e o Príncipe das Potestades do Ar que opera a sua vontade pela natureza ímpia dos homens (Ef. 2.2-3). Desejando o controle de tudo, este ímpio príncipe tentou enganar o Messias a adorá-lo (Mt. 4.8-10; Lc. 4.6-8). Cristo foi fiel, não o adorou e cumpriu toda a lei, tomou sobre Si o pecado do Seu povo e pela Sua morte e ressurreição venceu a morte, aniquilando o que tinha o império da morte (I Co. 15.55-57; Hb. 2.13-15). Vencedor, Cristo, o verdadeiro Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, tem o direito de abrir o livro apresentado em Apocalipse cinco. Este livro pode representar o direito de domínio sobre tudo que o homem perdeu pela queda (Ap. 5.5-14). Quando Cristo voltar à terra no fim da tribulação, a visão de Apocalipse capítulo cinco tornará atualidade (Ef. 1.14). Assim, no milênio, Cristo reinará sobre toda a terra na sua glória e majestade; atributos que foram manifestados na Sua transfiguração no monte santo (II Pe. 1.16-17; Mt. 17.1-5).
Para que você tenha participação nesse Reino de Cristo na terra durante o milênio, é necessário nascer de novo já (Jo. 3.5-8). Você já foi regenerado segundo as verdades da Palavra de Deus e do Espírito (Tt. 3.5-6)? Se não conhece Cristo como Senhor e Salvador aqui e agora, não reinará com Ele quando vier na Sua glória para receber tudo que é Seu da mão do Seu Pai (Mt. 7.21-29; I Cr. 29.11; Sl. 96.10-13; Is 9.6-7; Ap. 11.15; 21.3-8). Seja convertido já!
O REINO DE DEUS NO FUTURO - VIII - O MILÊNIO - III
Lição 30O Reino de Deus no Futuro - VIII
O Milênio - III
Leitura: Salmo 47
Versículos para Memorizar: I Pe. 4.13 “Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.”
O Milênio e a Igreja – A Bíblia não revela muito sobre a atividade da igreja no milênio. A razão por termos pouco é por que os profetas, mesmo falando muito sobre o milênio, não enxergaram a época da igreja nem a dos gentios.
Sabemos que quando Cristo volta à terra com os Seus para estabelecer o Seu reino milenar, as bodas do Cordeiro serão consumadas (Ap. 19.5-9). A Sua Esposa, a mulher do Cordeiro, é a grande cidade, a santa Jerusalém e todos que a ocupam (Ap. 21.9-27). Sabemos também que todos os santos são ajuntados no céu para servir, adorar e reinar com o Senhor para todo o sempre (Ap. 5.9-10; 20.6). Essa é a assembléia universal mencionada em Hebreus 12.22-24, algo que alguns teólogos identificam como: “Igreja da Glória”.
Por séculos na terra antes do milênio os integrantes das igrejas neotestamentárias foram alvos de desdém, crueldade, e martírio. No milênio os Seus santos, ou seja, “todos os que crêem” gozarão a presença e glória de Cristo (Jo. 14.1-3, “para que onde Eu estiver estejais vós também”; II Ts. 1.7-10). O milênio será uma oportunidade para os salvos servir e reinar com o Seu Senhor e Salvador sem impedimento nenhum para todo o sempre (II Tm. 2.12; Ap. 2.26-27; 5.9-10; 20.6; 21.3, 7). No milênio os salvos conhecerão apenas glória. Não terão mais perseguição. Onde você estará naquele dia?
Não é necessário ser membro de uma Igreja Batista na terra para entrar no Reino de Deus celestial. Para ser justificado pela Sua graça é essencial a “lavagem da regeneração” qual é a obra de Deus pela Palavra de Deus, “e da renovação do Espírito Santo”, ou seja, Deus opera pelo Espírito (Tt. 3.5). Se não nasceu de novo é impossível ver ou entrar neste Reino de Deus (Jo. 3.3-8). Se desejar ter a manifestação da regeneração na sua vida arrependei-vos e creia pela fé no Evangelho de Jesus Cristo (At. 20.21; 26.20). Porém, se deseja ter o galardão de fidelidade pela obediência é necessário ser membro fiel de uma Igreja neotestamentária (I Tm. 3.13, “adquirirão para si uma boa posição”; II Tm. 4.1-8, “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.”, vs. 7-8; I Co. 3.12-15; Mt. 18.18-20; At. 20.28, “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”).
O Milênio e Israel – Inverso da situação com a igreja, temos muito na bíblia para orientar-nos sobre Israel durante o milênio. Este assunto é largo mas não complicado. É largo pois começa seiscentos anos antes de Abraão (Dt 32.8, “Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, estabeleceu os termos dos povos, conforme o número dos filhos de Israel.”). Na Sua mente, nos dias em que os filhos de Noé foram habitar o mundo depois do dilúvio, Ele estabeleceu os termos do povo que ocuparia a terra que seria para Israel. A história literal de Israel começa com a escolha de Abraão em Genesis 12 e se completa com o Rei Jesus assentando no Trono de Davi na Nova Jerusalém (Lc. 1.32; Ap. 20.4; 21.5). Não é complicado, pois é tratado com detalhes na Profecia, nos Salmos, e pelo Novo Testamento. Fatos temos de sobra.
A terra que foi prometida à descendência de Abraão (Gn. 12.7; 13.14-17; 15.17-21) faz parte da aliança eterna entre Deus e o Teu povo, os judeus. Até agora Israel nunca habitou com autoridade nessa terra. Portanto, essa aliança nunca foi cumprida completamente. No milênio Israel terá essa terra (Ez. 47 e 48; Mt. 19.28).
Israel foi escolhida pela graça de Deus (Dt 7.7-9), está sendo preservada em graça apesar das sua cegueira e rejeição de seu Messias e será restaurada pela graça no milênio (Zc. 12.9-10). Será durante a Tribulação que Deus salvará a nação de Israel (Ap. 7.4-8; 14.1-3) e durante o milênio a profecia da aliança eterna será cumprida (Is 59.20-21; 60.1-21; 62.2-4). Neste tempo abençoado Israel será uma benção a “todas as famílias da terra” (Gn. 12.3). A graça soberana, a fidelidade, e a glória de Deus serão manifestadas pelo cumprimento glorioso das promessas de Deus para com a nação de Israel (Zc. 12.9-14; Ez. 34.11-15; Jr. 31.31-40).
Jerusalém será a metrópole do mundo todo (Mq. 4.1-2). Com as mudanças topográficas que acontecerão logo no começo do milênio (Zc. 14.1-11), Jerusalém será exaltada sobre todas as cidades (Is 60,1-21; veja capítulos Is. 61-66).
No milênio os propósitos eternos de Deus para com Israel serão realizados. Todos naquele tempo perceberão a razão pela qual Deus separou para Si Abraão e os seus descendentes. No milênio Israel será uma lição da graça de Deus a todas as nações (Gn. 12.3; Is 60.1-3). No milênio será manifestada a fidelidade de Jeová pelo cumprimento literal das múltiplas promessas feitas aos patriarcas e profetas. Não terá mais noite em Israel. Através da exaltação dos que clamaram pela morte de Cristo, a superabundante graça de Deus é testemunhada.
Você é como Israel que foi infiel ao seu Criador e merece perdição eterna? Você necessita desta graça? Reconhece a culpa dos seus muitos pecados? A graça superabundante ainda não acabou (Rm. 5.20). A mensagem da Bíblia é: Arrependei-vos e creia pela fé em Cristo Jesus. Por Cristo vêm as boas novas aos mansos; a restauração espiritual aos contritos de coração, liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos. Somente pelo Ungido vem o ano aceitável do SENHOR e a consolação de todos os tristes. Exclusivamente por Jesus os tristes terão glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza; vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que Ele seja glorificado (Is 61.1-3). Assim sua noite também tornará em dia eterno, e sua vida será uma testemunha aos outros desta maravilhosa graça.
As lições da graça de Deus para com Israel que o milênio manifestará, são pregações fortes e animadoras para todos os pecadores hoje. Essa lição declara claramente que Deus pela Sua graça salvará ainda hoje todo pecador que se arrependa e creia pela fé em Cristo Jesus.
O REINO DE DEUS NO FUTURO - IX - O MILÊNIO - IV
Lição 31O Reino de Deus no Futuro - IX
O Milênio - IV
Leitura: Isaías 2.1-4
Versículo para Memorizar: Is. 2.4, “E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear.”
Quando o milênio acontecer, viveremos no favor do Senhor. Os mil anos serão gloriosos. Temos estudado como será com Satanás durante estes mil anos. Temos estudamos como será com Cristo nesta fase da escatologia. Depois trataramos da nação de Israel como também da igreja durante este período. Hoje queremos entender como será esta terra durante o milênio.
O Milênio e O Mundo – Para todos que buscam ser santos durante a sua jornada presente esperando a vinda de Cristo, este mundo oferece somente tribulações (At. 14.22), tentações (Tg. 1.2-4), e aflições (Jo. 16.33). O pecado em nossos membros nos faz miseráveis (Rm. 7.23-25). O pecado nos membros das outras pessoas provoca inimizades, iras, pelejas, dissensões, homicídios e coisas semelhantes (Gl. 5.19-21). Satanás, com astúcia, lança dardos que inflamam as concupiscências da nossa carne como também a carne dos outros ao nosso redor (Ef. 6.12; I Pe. 5.8-9). Mas, para a glória do Pai em Jesus Cristo e para o consolo dos que sofrem pela fé, este mundo será diferente no milênio.
Pode ter os que acham difícil essa própria terra ser o lugar do milênio. Mas, para os que estão com Cristo agora é alegria cantar louvores e regozijar do fato que “reinarão sobre a terra” (Ap. 5.10). Reinar com Cristo sobre a terra é assunto atual dos glorificados com Cristo. Sendo a alegria destes santos na glória; pode alguém ainda não glorificado duvidar deste fato? Cristo afirmou “Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a terra” (Mt. 5.5). Devemos ter dúvidas quando Cristo afirmou e os profetas profetizaram verdades (Dn. 7.21-22 e 27; Is 24.23; Jr. 23.5)? A diferença neste mundo durante o milênio não é por essa terra ser outra, mas pelas mudanças que serão abundantes nela.
Durante o milênio a democracia não terá mais expressão. Também não terão ditadores tirânicos, monarquias estabelecidas pelos homens e nem presidentes. Terá um governo e terão tronos sim (Ap. 20.4; Mt. 19.28, “E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.”). O governo nesta terra durante o milênio será uma teocracia, pois estes nos tronos “reinarão com Cristo” (Is 9.6, “o principado está sobre os Seus ombros”; Is 2.11, “Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a sua altivez será humilhada; e só o SENHOR será exaltado naquele dia.”). Cristo dará autoridade aos Seus santos para reinar com Ele nesta terra (Is 32.1; Dn. 7.22; I Co. 6.2-3; Lc. 19.15-17). Depois de vivenciar neste mundo governos egocêntricos, corruptos, cruéis, onde falta justiça e eqüidade, viver onde Cristo reina será um profundo alívio. E o Seu reino não será limitado a um período de quatro ou oito anos. Cristo reinará na terra por mil anos! Este mundo será diferente no milênio pelo tipo de governo que terá durante o milênio.
Os que sobre quais estes reinarão são as nações compostas dos filhos dos não salvos que entraram na tribulação e evidentemente sobreviveram à tribulação. Estes também escaparam da morte na guerra na ocasião do retorno de Cristo quando vem com Seu povo para esta terra (Is 66.15-24, v. 19, “os que deles escaparam”; Zc. 14.16, “todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei...”; Ap. 19.11-21). Com Satanás preso ele não mais poderá enganar essas nações (Ap. 20.3). Por isso elas serão submissas ao reino de Cristo e aos que assentam nos tronos com a glória de poder reinar com Cristo. Este mundo será diferente no milênio pois as nações dos não-salvos não serão enganadas por Satanás e serão submissas ao Reino de Deus.
Cristo reinará em Jerusalém durante o milênio (Is 2.1-4). As nações, agora submissas por não serem incentivadas por Satanás, “subirão” à Jerusalém “de ano em ano para adorar o Rei” (Zc. 14.16; Is 2.3). Este mundo será diferente durante o milênio pois o governo será único, Cristo, e a sede do governo será em Jerusalém.
Durante o milênio, os hospitais, as clinicas, os pronto-socorros e os consultórios dos médicos estarão vazios. Estarão vazios não somente por não terem mais guerras (Is 2.4, “Nem aprenderão mais a guerrear”), mas por causa das bênçãos do Senhor. Alem da glória de ter Cristo reinando literalmente nessa terra, e além das nações dos não-salvos se comportando sem a influência do engano de Satanás, durante o milênio, a saúde será influenciada. “Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo.”, Is 35.5-6. Como sofrem os cegos e os surdos-mudos! Perdem muito daquilo que passa neste mundo. Como sofrem os coxos pois são limitados a participar no que passa neste mundo. Durante o milênio este mundo será diferente. Será diferente por Deus abençoar universalmente os habitantes com saúde.
Por Cristo reinar estes mil anos a Sua glória provocará adoração por todos na terra (Zc. 14.16). A adoração a Cristo será tão universal que as ruas estarão cheias de criançãs (Zc. 8.3-8, 20-23; Is 60.6-12). Essa terra será bem diferente no milênio por não ter mais essas múltiplas religiões que confundem os indoutos agora. Os verdadeiros adoradores poderão adorar em “espírito e em verdade” (Jo. 4.24-25) nesta terra por mil anos sem chance nenhuma de ser vituperados pelos que não são salvos. Este período pertence a Cristo e aos que participaram das aflições de Cristo poderão regozijar e alegrar-se com Ele abertamente (I Pe. 4.12-13, “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.”).
Por ter tantas benções na terra entendemos melhor por que Jesus ensinou os Seus discípulos orar “Venha o Teu reino” (Mt. 6.10).
Você está preparado para Ele reinar no seu mundo? O que impede você de entrar no Seu reino espiritual agora? Vai permitir que este mesmo impedimento proíba você de reinar com Cristo no Seu reino literal nessa terra? Arrependa-se e creia já no Evangelho! Assim conhecerá a bendita esperança de reinar com Ele na revelação da Sua glória aqui nesta terra.
O REINO DE DEUS NO FUTURO - X - O MILÊNIO - V
Lição 32O Reino de Deus no Futuro - X
O Milênio - V
Leitura: Romanos 8.18-25
Versículo para Memorizar: Rm. 8.22, “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.”
O cristão, através do “homem interior”, ou seja, com o entendimento, serve a lei de Deus na qual tem prazer (Rm. 7.22, 25). O cristão, pela nova natureza, vive na fé do Filho de Deus, ou seja, procura fazer tudo que Cristo mandou (Gl. 2.20). Todavia, o cristão não é, neste instante, o que será na glória.
Agora o cristão luta contra a carne e a carne contra o Espírito (Rm. 7.18-23; Gl. 5.16-26). O cristão está sujeito à vaidade, não pela sua própria vontade mas por que Deus quer que seja assim (Rm. 8.20, “mas por causa do que a sujeitou”). De fato há uma grande dúvida por que Deus quer assim, mas deixaremos as respostas com Deus e procuraremos viver para a glória a Quem merece toda a glória, submissão e obediência em amor.
A criatura, ou seja, os cristãos, tem uma ardente expectativa sobre aquele dia quando será completamente como Cristo (Rm. 8.18, “a glória que em nós há de ser revelada”, v. 19, “espera a manifestação dos filhos de Deus”, ou seja, “a redenção do nosso corpo”, v. 23). Mesmo que tudo não seja como será pela eternidade quando haverá os novos céus e a nova terra, o cristão gozará durante o milênio junto com os animais uma transformação bendita.
O Milênio e a Criação – Estudamos anteriormente que no fim da tribulação Deus tirará o véu de incredulidade do coração do povo de Israel salvando todos eles (Ap. 7.4-8; 14.1-3). No milênio então terá benção sobre benção sobre Israel e a aos outros salvos (Is 11.1-16; 45.17-25; 59.20-21; 60.2-4; Jr. 31.34, “E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.” Rm. 9.27-29).
Como mencionado na última lição os hospitais, as clinicas, os pronto-socorros e os consultórios dos médicos estarão vazios “Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo.”, Is 35.5-6. Como será gloriosa “a redenção do nosso corpo” (Rm. 8.23)!
No milênio, especialmente quando ocupada por Israel, a terra será abençoada e os animais serão transformados para serem como foram antes da entrada do pecado quando a terra foi amaldiçoada (Gn. 3.17-18). O profeta Ezequiel disse: “E farei com elas uma aliança de paz, e acabarei com as feras da terra, e habitarão em segurança no deserto, e dormirão nos bosques. E delas e dos lugares ao redor do meu outeiro, farei uma bênção; e farei descer a chuva a seu tempo; chuvas de bênção serão. E as árvores do campo darão o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e estarão seguras na sua terra; e saberão que eu sou o SENHOR, quando eu quebrar as ataduras do seu jugo e as livrar da mão dos que se serviam delas. E não servirão mais de rapina aos gentios, as feras da terra nunca mais as devorarão; e habitarão seguramente, e ninguém haverá que as espante.”, Ez. 34.25-27.
Dos animais também Isaias falou: “E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar.”, Is 11.6-9
No deserto terá água (Is 35.1-2; 41.17-20), não terá mais seca, nem fome (Ez 34.29, “E lhes levantarei uma plantação de renome, e nunca mais serão consumidas pela fome na terra, nem mais levarão sobre si o opróbrio dos gentios.”). As colheitas serão cada uma superabundante (Sl. 67.6; Zc. 8.12; Am. 9.13), e nem terá a terra mais abrolhos (Is 55.13).
A razão de tantas bênçãos é para testificar da misericórdia de Deus sobre a nação rebelde de Israel e ver a Sua salvação (Sl. 67.1-2, 7). Você já conhece a Sua misericórdia sobre você?
Todavia, apesar de tantas belezas, paz e manifestação da misericórdia, ainda terá o castigo sobre a desobediência das nações (Zc. 14.16-21). Deus não muda e até no milênio, o pecado terá o seu justo castigo. Cristo é o Único Salvador no Velho Testamento, no Novo Testamento, na Tribulação e no milênio. Deus sempre Si glorifica no Filho (Mt. 3.17; 17.5; Jo. 12.28).
O Milênio e o Pecado – Mesmo com tantas bênçãos por tanto tempo, mesmo com Satanás estando preso para não atuar as suas sutilezas malignas e mesmo com Cristo reinando em verdadeira justiça com os Seus por estes mil anos, o coração do homem não salvo continua sendo o mesmo. As manifestações deste coração enganoso serão reprimidas numa obediência fingida. Esse comportamento hipócrita não será provocado pela graça de Deus nem pelo temor do Senhor. A manifestação pública e constante do poder de Deus fará com que o homem não salvo finge a sua submissão. O medo do castigo faz o homem fingir ser um bom cidadão. O reino de Cristo com uma vara de ferro é um reino de justiça pura. Pode ser uma surpresa mas terão no milênio muitos inimigos de Deus e estes serão presos (Sl. 72.7-9; 149.7-9; Mq. 5.8-10).
Como sempre o coração do homem não regenerado não pode ser transformado pelas circunstâncias exteriores. Mesmo tendo tantas transformações na terra entre os animais, no clima e entre os judeus por mil anos, os que não conhecem a graça de Deus e a regeneração continuarão achando que o evangelho é loucura e escândalo (I Co. 1.23; 2.14). Nisso é destacada a verdade que não é o exterior do homem que necessita de mudança, mas o interior dele que necessita de transformação e isso só pela graça de Deus (Ef. 2.4-9).
Como está o seu coração? Já foi feito novo pela graça de Deus? Não fique reprimindo a verdade que você é um pecador, mas confesse os seus pecados e arrependa-te deles crendo pela fé em Jesus Cristo o Salvador. Só assim terá uma natureza nova que deleita na Lei de Deus e terá verdadeira satisfação de honrá-lo como Senhor e Salvador.
AS GUERRAS EM ARMAGEDOM E DE GOGUE E MAGOGUE
Lição 33As Guerras em Armagedom e de Gogue e Magogue
Textos para o Estudo: Ap. 16.12-17; 19.11-21 e Ap. 20.7-10
Texto para a Leitura: Salmo 24;
Texto para a Memorização: Sl. 24.9, “Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.”
Como é de conhecimento geral pode existir confusão sobre muito que acontece no livro de Apocalipse. Encontramos bestas com todo tipo de aparências, grupos representativos de pessoas no céu e na terra, acontecimentos fora da ordem cronológica, etc. As duas guerras que fazem o tópico deste estudo pertencem às coisas que confundem várias pessoas. Perguntam: Referem-se à mesma coisa? Onde acontecerão? Quem participará delas? O que acontecerá depois? Para tirar essas dúvidas é necessário saber que são duas guerras distintas, elas têm objetivos diversos, acontecem em duas épocas distantes; uma da outra e findam em duas maneiras diferentes.
Duas Guerras:
Armagedom é o lugar onde uma guerra acontecerá (v. 16, Ap. 16.14-19). Muitos crêem que este lugar é o vale de Megido (Gill, Barnes, #717, “Ar” – colina ou cidade de + “Margedom” – Megido, Strong’s). Neste vale grandes batalhas desenrolaram no passado (Jz 5.19-23; II Cr. 35.22-25; Zc. 12.11). Pela referência deste vale no Velho Testamento (Megido significa “matança”, “destruição das tropas”, Watterson, pg. 116; Strong’s #04023) o contexto no Novo Testamento aponta à verdade que essa guerra será grande também. Joel profetiza sobre o vale de Jeosafá e o vale da decisão onde é dito de Deus: “me assentarei para julgar todos os gentios em redor” (Jl. 3.2, 11-16; Sf. 3.8). Tudo parece uma profecia da guerra em Armagedom.
O sexto anjo opera para que o grande rio Eufrates se seque (Ap. 16.12). Os exércitos do mundo pensarão que este grande feito do rio Eufrates secar é uma grande vantagem para eles. Todavia descobrirão que Deus assim o fez simplesmente para ajuntar os exércitos, para que Ele lhes desse o cálice do vinho da indignação da sua ira (Ap. 16.14-19, Gerald Smith, pg. 134).
Gogue e Magogue são duas nações compostas de todas as pessoas do mundo que somente fingiram obediência ao Rei Cristo durante o milênio (Ap. 20.8). Durante o milênio era conveniente fingir submissão durante o Reino de Cristo. Contudo, quando apresentar a oportunidade ajuntarão em oposição a Cristo. Os rebeldes organizar-se-ão em duas nações para cercar o “arraial dos santos e a cidade amada”, Jerusalém, com propósito de destruir aquilo que dá glória a Deus. Fazem o que todo e qualquer pecado faz: Exalta-se a si mesmo e rejeita o domínio de Deus (Is. 14.13-14, “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.”; Ez. 28.17; I Jo. 2.16). Para qual grupo você torce?
Dois Objetivos:
Armagedom – O objetivo da guerra em Armagedom é mostrar a ira de Deus contra Babilônia e causar a sua queda, ou seja, “me assentarei para julgar todos os gentios em redor” Jl. 3.2, 11-16. Veja também: Ap. 16.12-17; 19-21; a oração de Israel: Sl. 83.3-18; a profecia da matança pela ira de Deus: Is. 63.1-6; Sf. 3.8. Essa ira será grande. A passagem emApocalipse 17-19 detalha a fúria desse julgamento da sétima taça que culminará nessa guerra em Armagedom (Cunningham, pg.72).
Gogue e Magogue – O objetivo das nações é dar expressão da ira de Satanás contra Deus e todos os que estão com Ele na terra (Ap. 20.9). Satanás sairá logo para enganar os não-salvos e destruir tudo que dará glória a Deus.
Duas Épocas:
Armagedom – acontece no fim da Tribulação (Ap. 16.12-16; 19.11-21) e antes do começo do milênio. Durante a Tribulação Satanás reina através dos seus militantes (o anticristo, profeta falso e a besta). Na guerra em Armagedom Jesus volta com o seu povo para derrubar este governo vil de Satanás.
Gogue e Magogue – essa guerra acontece logo depois do fim do milênio e antes do julgamento diante do Grande Trono Branco (Ap. 20.7-11). Durante o milênio Jesus reina com o Seu povo. No fim do milênio Satanás é solto e reúne os povos rebeldes para derrubar este governo justo de Jesus.
Dois Resultados:
Armagedom – serão destruídos os inimigos de Deus com a espada que saia da boca de Cristo (Ap. 19.21, “E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes.”) Leia Dn. 2.34-35, 44-45; Zc. 14.1-12; Ap. 14.14-20, passagens que teólogos crêem que referem-se à guerra em Armagedom (C. Sadler, pgs. 42-43). Penúltima guerra neste mundo.
Gogue e Magogue – as nações inimigas serão devoradas pelo fogo de Deus que desceu do céu. Também “o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” (Ap. 20.9-10). Ezequiel 37-39 poderia referir-se ao acontecimento de Apocalipse 20.8-10. Última guerra deste mundo.
Lições para nós -
A condição do homem pecador é lastimável! Depois de mil anos com um governo perfeito e grande prosperidade se pensaria que a vez de Satanás havia já passada. Todavia Satanás engana e o homem pecador cai para ser o seu servo livremente. Como o homem é depravado! Nem um ambiente pacífico nem uma sociedade em condições perfeitas por longo tempo pode mudar o interior do homem. O homem natural não tem nenhuma vida espiritual pois é morto (Ef. 2.1; Rm. 3.10-18). Portanto: Se desejar ser salvo, nega-se a si mesmo prostrando-se diante de Deus clamando pela misericórdia dEle. A promessa de Deus é que tal achará salvação (Is. 55.6-7, “Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.”) O homem pecador será mudado somente quando for regenerado pela Palavra e o Espírito (Jo. 3.3-7). Clame por esta obra de Deus!
A ira de Deus é terrível! A destruição de tanta gente é uma manifestação irrefutável de quanto o pecado é abominável a Deus. Qualquer salvação inventada pelo homem cheira à pecaminosidade e portanto, para com Deus, são piores que trapos de imundícia (Is. 64.6). Mas, Deus é santo e não pode ver o mal (Hc. 1.13). O único refúgio é Jesus Cristo. Cristo já levou sobre Si toda a ira de Deus que todos os pecados do Seu povo merecem. Qualquer pecador arrependido pode entrar nessa salvação confiando pela fé no Senhor Jesus Cristo como seu Salvador.
O castigo é eterno! Na guerra em Armagedom, a besta foi presa e com ela o falso profeta. “Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre”, Ap. 19.20. Mil anos depois, na guerra de Gogue e Magogue, o diabo foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre também. Note bem o tempo do verbo “estar” descrevendo o estado da besta e o falso profeta depois os mil anos do milênio: “onde está a besta e o falso profeta”. Não foram consumidos ou aniquilados pelo fogo e enxofre nos mil anos que passaram desde que foram lançados no lago de fogo. Note bem ainda o tempo e número do verbo “ser” quando descreve o período de atormentação destes três: “e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” Prova irrefutável que os perdidos existirão eternamente em plena consciência e tormentos. (Watterson, pg. 142). A vida no céu para os salvos é tão eterna quanto é eterna a perdição no lago de fogo para os não-salvos (Mt. 25.46).
Ap. 16.15 diz: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.” É sabedoria e obediência já hoje verificar se as suas vergonhas são cobertas ou não. Como aquele animal inocente deu a sua vida para cobrir as vergonhas de Adão e Eva no jardim de Éden simbolizando a obra futura de Jesus Cristo, assim o sangue do verdadeiro imaculado Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, cobre todos que nEle crêem. Verifique se você tem tal cobertura simbolizada aqui pelas roupas, e guarde-as para ter confiança no dia da ira de Deus. Aqueles que estão vigilantes neste assunto serão bem-aventurados naquele dia. Estes não estarão entre os do mundo, mas entre aqueles que reinam vitoriosos com Jesus (Ap. 19.14). Onde estará você naquele dia?
O JULGAMENTO - PARTE I
Lição 34O Julgamento - Parte I
Texto para a Leitura: Ex 18.4-17
Texto para a Memorização: Rm 5.12, “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.”
Introdução – O fato do julgamento final geralmente é conhecido por todo homem. A ideia de uma consequência desagradável resultante dos erros cometidos é bem aceita pela sociedade em geral. Também a maioria das pessoas que faz parte da sociedade crê que passará ilesa dessas consequências desagradáveis; creem que serão isentados do julgamento futuro por terem sofrido enquanto aqui neste mundo. É verdade que sofremos aqui na terra. É verdade que esse sofrimento é consequência do pecado do homem. Todavia, sofrer no mundo não diminui nem elimina o julgamento vindouro. Ninguém escapará: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”, Hb. 9.27.
Desde o começo da humanidade no jardim de Éden, antes mesmo de pecar, o homem convivia com a realidade de uma consequência no caso dele desobedecer as regras de Deus. Deus deixou clara a Sua regra: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”, Gn. 2.17. A existência de qualquer lei pressupõe um julgamento.
Ninguém estranha essa ideia. A sociedade em geral concorda que é o governo que deve manter cadeias e penitenciárias. Ninguém estranha a necessidade de ter leis e uma força policial para manter a ordem pública. Talvez nem todos entendam como funcionam os tribunais mas são poucos os que negam a sua utilidade. Até a existência de regras e a devida punição nos jogos esportivos é aceitável pelos homens de bom senso. Se houver alguma discordância sobre essas necessidades tal discórdia não é sobre a existência de um julgamento, mas no grau da punição dada.
A responsabilidade de cada um receber as justas consequências pelas suas ações pessoais é uma verdade que deve ser inculcada em todo lar. A ordem pacífica da sociedade depende disso. Se desde o berço cada membro da comunidade fosse estabelecido no fato que o desvio é inaceitável e resulta numa punição justa e imediata, o nosso convívio uns com os outros seria muito mais satisfatório (Ec. 8.11, “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.”). Quando Deus deu a Sua lei moral que exige castigo pelo erro, além dEle fazer isso para a Sua glória, o fez para o nosso bem.
Julgamento na Bíblia – O que Significa “julgamento”?
O Pastor Davis W. Huckabee observa que existem várias palavras gregas traduzidas para a palavra ‘julgamento’. Apenas duas dessas são destacadas como mais importantes para o nosso estudo. Krisis (#2920, Strong’s, 47 vezes): uma separação seguida por uma decisão. Krima (#2917, Strong’s, 28 vezes): a ação resultante (condenação, julgamento, juízo) do verbo Krino (#2919, Strong’s, 98 vezes): julgar.
Existe um julgamento, ou seja, uma separação que será seguida por uma decisão judicial, que acontece imediatamente quando qualquer um morre. Essa separação é para um destino eterno que corresponda à condição do coração do homem na hora da morte. Estes versículos referem-se a este tipo de julgamento: Ec. 12.7, “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”; Hb. 9.27, “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.
Jesus ensinou que a condição do coração do homem na hora da morte determina o seu destino (Lucas 16.19-25). Os salvos por Cristo vão para aquele lugar reservado para o povo de Deus e todos os outros se encontram imediatamente nos tormentos do inferno (hades). Aqui ficam até o julgamento (decisão divina) final, ou seja, do Trono Branco.
O Julgamento Divino – A Sua Natureza
Num julgamento não há apenas uma determinação da culpa do transgressor mas a justiça é declarada, ou seja, a punição devida é declarada. O homem em geral já entende que é culpado (Rm. 2.14-16; 5.12; Hb. 10.26-27). Deus é ciente disso também (Hb. 4.13; Jo. 3.19).
O julgamento divino tem o que os julgamentos entre homens não têm, ou seja, a “manifestação do juízo de Deus” (Rm. 2.5). Para os pecadores não arrependidos o julgamento divino manifestará a indignação justa de Deus contra o pecado. Na ocasião do julgamento divino Deus também revelará a punição devida para cada transgressão.
O julgamento dos salvos manifestará o prazer divino pela justiça imputada por Cristo e determinará o galardão por cada obediência, II Co. 5.10, “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.”
Você sente culpado pelo seu pecado? Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o Justo pelos injustos para levar os que se arrependem e ceem nEle pela fé a Deus (I Pe. 3.18). A salvação eterna está em Cristo. O futuro julgamento manifestará o juízo de Deus e cada pecado será justamente punido. Essa punição eterna já foi levada por Cristo Jesus para os que entram pela fé nEle! Há salvação hoje!
Os Julgamentos da Bíblia
Os estudiosos contam sete julgamentos mencionados na Bíblia: O Julgamento na Cruz – I Pe. 3.18; O Auto-Julgamento do Salvo – I Co. 11.31-32; O Julgamento das Obras do Salvo – Rm. 14.10; II Co. 5.10; O Julgamento de Israel – Is. 1.27; Jl. 2.31-32; O Julgamento das Nações – Mt. 25.31-33; Ap. 20.8-9; O Julgamento dos Anjos – I Co. 6.3; II Pe. 2.4; Jd. 6; O Grande Trono Branco ou O Julgamento dos Ímpios que Morreram – Ap. 20.11-15.
Outros categorizam os julgamentos em três períodos distintos: Antes da Segunda Vinda de Cristo – A Cruz, O Tribunal de Cristo, ou O Julgamento das Obras do Salvo; Os Julgamentos Associados com A Segunda Vinda de Cristo – O Julgamento das Nações, de Israel, dos Mártires da Tribulação, e os Julgamentos que Acontecem Depois de Cristo voltar à terra – O Julgamento de Satanás e os Seus Anjos Ímpios, O Grande Trono Branco, ou, O Julgamento dos Ímpios que Morreram.
Você está pronto para esse julgamento? A única salvação é estar com os benefícios do primeiro julgamento, ou seja, o de Jesus na cruz – Jo. 3.14-16, 36. Seja salvo hoje se arrependendo dos seus pecados e confiando em Cristo Jesus o Salvador!
O JULGAMENTO – PARTE II – O JULGAMENTO DO GRANDE TRONO BRANCO
Lição 35O Julgamento – Parte II – O Julgamento do Grande Trono Branco
Texto para a Leitura: Ap. 20.11-15
Texto para a Memorização: Jo. 5.28-29, “Todos que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.”
O Julgamento Final - O Julgamento do Grande Trono Branco
Na cronologia da escatologia, logo depois da guerra de Gogue e Magogue o juízo final acontece. Esse julgamento é o último e o pior julgamento que qualquer ser humano passará. “A fortíssima espada da justiça Divina será desembainhada neste dia para atingir cada pecador não arrependido pelas suas transgressões” (T. Ross, pg. 219).
O Juiz Assentado Sobre O Trono é Deus Filho – Ap. 20.11-12
Todos diante desse trono encararão “Deus” (v. 12). A Sua presença é terrível (v. 11, “de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.”). O Substituto e Salvador dos pecadores arrependidos (I Pe. 3.18;II Co. 5.21); O Evangelho pregado pelos apóstolos (I Co. 15.1-8; At. 26.20); O Fundador e Cabeça das Suas igrejas (Mt. 16.18; Ef. 5.23) e O Exaltado com todo poder que as comissionou a pregá-Lo à toda criatura (Mt. 28.20; Fp. 2.8-10) é Quem está neste trono. Ele será manifestado como Juiz. O Salvador dos arrependidos e o Advogado dos salvos é grande em misericórdia (At. 16.31; I Jo. 2.1). Porém, como Juiz Ele será terrível. Da Sua presença foge a terra e o céu (Ap. 20.11). Jesus será terrível no Seu direito e na Sua majestade como Juiz.
Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Essa qualificação de juiz o Pai Lhe deu: Jo. 5.22-23, 27, “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. 27 E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.”; At. 10.42, “... testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.”; 17.31; Rm. 2.16, “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.” A Jesus foi dado todo o poder no céu e na terra e foi exaltado soberanamente com um nome sobre todo o nome. Portanto senão por direito de Criador ou Salvador, Jesus tem o direito de ser o Juiz neste julgamento final por autoridade do Seu Pai (Mt. 28.18; Fp. 2.9). Nunca pense que possa evitar a Quem Deus Pai estabeleceu como Juiz no julgamento final a não ser que esteja confiando na obra de Cristo Jesus na cruz. Jesus será terrível no Seu direito e na Sua majestade como Juiz.
Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Pela sua vida como homem Jesus venceu todo e qualquer pecado (Hb 9.14, “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?”; I Pe. 1.19, “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”) Pela Sua morte Jesus aniquilou “o que tinha o império da morte, isto é o diabo” (Hb. 2.14-18). Pela Sua ressurreição Cristo Jesus foi manifestado como o Juiz destinado por Deus (At. 17.31, “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”). Jesus tem todo direito de ser o Juiz.
Por direito Jesus é o Juiz neste trono. Essa qualificação Jesus tem por conhecer pessoalmente todo tipo de tentação e por vencer a condenação do pecado (Hb. 4.15, “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”). Assim é inteligível a Sua sentença no julgamento sobre os que transgrediram a lei do Seu Pai. Foi Jesus a quem os pecadores diante deste trono rejeitaram. Nada mais justo do que eles encararem a Quem rejeitaram. “Para os que odiaram a misericórdia e rejeitaram o amor e graça do Senhor Jesus Cristo, este julgamento será a manifestação da retribuição perfeita para cada pecado. O homem tem uma escolha. Ele deve escolher a encarar Cristo como Salvador ou como Juiz. O Salvador rejeitado será o Justo Juiz” (Huckabee, pg. 64, Seven Judgments, tradução livre). Será terrível encarar Jesus como Juiz!
Jesus é o majestoso Juiz. Jesus é o resplendor da glória de Deus e a expressa imagem da própria pessoa de Deus (Hb. 1.3). A majestade de Jesus é revelada como a Palavra de Deuspela qual Deus criou tudo (Hb. 11.3; 1.2; Jo. 1.1-3; Sl. 33.6). Sua majestade é manifestada pelaSua vida imaculada quando cumpriu a lei, assim cancelando totalmente a força do pecado (Mt. 5.17; Jo. 19.30). Pela Sua ressurreição Jesus derrubou o pecado e a condenação do pecado qual é o aguilhão da morte (Rm. 6.9; I Co. 15.55-57). Agora Ele vivifica os que se arrependem dos seus pecados e pela fé confiam nEle. Estes têm a vida eterna e não entrarão em condenação (Jo. 5.24, “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”).
Está em Cristo Jesus? Se negar a ver Jesus como Salvador, vê-Lo-á como seu Juiz neste julgamento final. Será terrível encarar Jesus como Juiz!
Os Julgados – Quais São?- Jo. 5.28-29, “Todos que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.”
Os que ouvirão a Sua voz são os que fizeram o bem. Estes participarão na ressurreição da vida. Essa ressurreição começa no arrebatamento e termina com os mártires durante a Tribulação (I Ts. 4.13-17; Ap. 20.4-6). Estes estarão sempre com o Senhor Jesus e não entrarão em condenação pois os seus pecados já estão julgados nEle (Rm. 8.1, 31-39).
Os que não quiseram ouvir a Sua voz enquanto estavam na terra, ou seja, não quiseram ter o Seu jugo sobre eles (Sl. 2.2-3), não ouvirão a Sua voz para participar na primeira ressurreição que é para vida (Ap. 20.4-5). Todavia ouvirão a Sua voz para serem ressurrectos na ressurreição que leva para a segunda morte (Ap. 20.12-14). Essa ressurreição é para os que fizeram o mal. É chamada a “ressurreição da condenação” por levar para esse fim. A “ressurreição da condenação” é o julgamento do Grande Trono Branco. Aqui os não salvos estarão presentes corporalmente pois o cemitério (os corpos dos não salvos, a “morte”) e o inferno (as almas dos não salvos) darão o que neles havia (Ap. 20.13).
Os que rejeitam a vitória do Senhor Jesus Cristo, sejam grandes ou pequenos, responderão pessoalmente diante dEle nessa ocasião. Terão oportunidade de responder por qual razão desprezaram Jesus a quem o Pai exaltou sobre todo e qualquer nome (Fp. 2.8-11).
Jesus determinou que os que “fizeram o bem” terão vida e os que “fizeram o mal” terão a condenação. Se não tivéssemos nenhuma outra instrução sobre a salvação na bíblia concluiríamos que somos salvos ou condenados apenas pelas nossas obras. E muitos religiosos assim concluem. Todavia uma abundância de instrução pela bíblia sobre a salvação existe para os que desejam saber. Examinando a bíblia toda leva-nos a concluir que a salvação não é obtida nem mantida pelas obras do homem.
Tito nos diz que não somos salvos pelas obras (Tt. 3.5). O profeta Isaías ensina que as nossas justiças são como trapos de imundícia (Is. 64.6). Jó pergunta: “Quem do imundo tirará o puro?” Ele mesmo responde: “Ninguém” (Jó 14.4). Jesus e os apóstolos enfatizam que a salvação é pela graça (At. 15.11; Rm. 3.24; Ef. 2.8-9). Sendo pela graça não pode de nenhuma forma ser pelas obras do homem (Rm. 11.6). A carne para nada aproveita (Jo. 6.63).
Então, o que devemos concluir quando Jesus ensinou que o tipo de ressurreição depende no que os homens fizeram? Devemos concluir que as obras de qualquer homem testificam o que ele é, ou seja, as obras anunciam a todos quem somos (Mt. 7.17-20; Jo. 10.25).
Os que fazem o bem são os que têm a justiça de Jesus imputada a eles e, por terem uma nova natureza, deleitam em fazer a lei de Deus (II Co. 5.21; Rm. 7.22; Jo. 14.12). Os que fazem o mal são os que produzem somente as obras da carne (Gl. 5.19-21; I Co. 2.14; Rm. 8.6-8).
Tendo somente as suas obras para declarar o que você é, será participante de qual ressurreição?
Os Livros Abertos neste Julgamento – Ap. 20.12, “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”
Os livros que formarão a base do julgamento dos que serão presentes diante deste trono são a Palavra de Deus, o “outro livro” – o Livro de Vida, e “os livros” contendo as obras de todos os que estarão diante deste trono são.
Jesus prometeu que a Palavra de Deus será presente neste julgamento: “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.”, Jo. 12.48. Todos que agora negam a submeter-se à Verdade da salvação apresentada pela pregação das Escrituras asseguram a sua própria condenação.
O Livro da Vida contém os nomes de todos os eleitos de Deus. É chamado o “livro da vida do Cordeiro” por ser pelo Cordeiro que estes são salvos (Ap. 21.27; 5.5-10). Os nomes dos eleitos foram escritos neste livro desde a fundação do mundo (Ap. 17.8; Ef. 1.4; II Tm. 1.8-9). Antes deste evento não temos evidencia que este livro foi aberto. Seu nome está escrito neste livro? Mais importante do que ser listado num rol de igreja, numa biografia de heróis da fé, ou ter sofrido grandes privações pela religião é ter o seu nome neste livro. Terrível será se faltar o seu nome neste livro!
Pode saber se o seu nome está escrito nesse livro se você já se arrependeu e crê pela fé em Cristo Jesus como seu Salvador. Se o seu desejo é agradar Deus pela sua obediência à Sua palavra, pode saber que tem as marcas de um eleito de Deus (Rm. 7.22; Mt. 7.24-27). Se porém deseja cumprir os desejos da carne, ser dominado pela carne e caso a submissão à Palavra de Deus não é um alvo da sua vida, pode saber que, se morrer nessa condição, o seu nome não consta neste livro. Arrependei-vos e crê no Senhor Jesus Cristo!
Os “Outros Livros” contêm todas as obras e pensamentos de cada ímpio e transgressor da lei de Deus que não tem o sangue de Cristo entre ele e o Juiz. Estes livros serão abertos diante este trono (Ec. 12.14; Mt. 12.36; Rm. 2.16; Hb. 4.13; Ap. 20.12, “segundo as suas obras”). Entendemos que assim o julgamento será justo pois não admite falsas acusações de outros, maquiagem dos fatos ou apelos emocionantes. A verdadeira relação das suas obras fielmente registrada para que a punição seja justa dos que não estão em Cristo.
As Conseqüências
O lago de fogo é a destinação para todos que não têm os seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro, ou seja, os sem o sangue de Jesus nos seus corações. Serão lançados corpo e alma neste lago de sofrimento (Ap. 20.14-15). Estes podem somente culpar-se a si mesmos pela sua condenação neste lago de fogo. São as suas próprias obras que foram julgadas e não as de Cristo ou de outros.
Podem alguém pensar que Deus é culpado por não eleger todos para a vida eterna. Deus teria culpa se Ele fosse obrigado a fazer algo e não fez. Mas, desde que a salvação é pela graça, a eleição também é (Rm. 11.5). Os não elegidos não buscaram a salvação fazendo alegremente tudo que eventualmente os condenam, ou seja, as obras da carne (Rm. 1.28-32; Gl. 5.19-21; I Jo. 2.16). Para ser salvo é necessária a graça de Deus. Para ser condenado são necessárias as obras da carne. Se desejar ser salvo dos seus pecados, arrependa-te deles e clama a Deus pela Sua misericórdia. “Ninguém deve se preocupar se Deus lhe salvará ou não. Todos que desejam a ser salvos na maneira bíblica podem. Humanamente falando, a sua fé em Cristo é o que faz a diferença entre estar presente diante deste trono ou não.” (G. Smith, pg. 171)
O lago de fogo é um lugar onde a segunda morte acontece para os perdidos “receber o dano” (Ap. 2.11). Este verbo traduzido “receber o dano” indica sofrimento e prova que a segunda morte não é cessação de existência; é uma separação eterna de Deus (pg. 31, Watterson).
Você está pronto para esse julgamento? A única salvação é ser com os benefícios do primeiro julgamento, ou seja, o de Jesus na cruz – Jo. 3.14-16, 36. Seja salva hoje se arrependendo dos seus pecados e confiando em Cristo Jesus o Salvador!
O NOVO CÉU, A NOVA TERRA E A NOVA JERUSALÉM
Lição 36 - A Eternidade IO Novo Céu, A Nova Terra e A Nova Jerusalém
Texto para a Leitura: II Pe. 3.7-14
Texto para a Memorização: II Pe. 3.14, “Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que
dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.”
O Novo Céu e A Nova Terra – Ap. 21.1-27
Logo após o milênio veio o último julgamento, o do Grande Trono Branco. Naquela ocasião da presença de Cristo “fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.” (Ap. 20.11). A menção dessa conflagração junto com o último julgamento mostra a proximidade desses dois eventos. Todavia o tempo exato que a terra e o céu fugiram da presença da majestade e da glória de Cristo é aberto para comentários. Alguns dizem que acontece logo depois deste julgamento e outros sustentam que foi durante a Tribulação (Ap. 16.20).
Em todo caso João viu “um novo céu, e uma nova terra”. Como foram criados na primeira vez, não serão no futuro, mas novos e diferentes, Gn. 1.1, “No princípio criou Deus os céus e a terra.” A palavra “novo” é de uma palavra grega que significa quanto forma: não usado, recente, ou como substância: um espécie novo, incomum (#2537, Strong’s).
Alguns creem que os primeiros céus e a primeira terra literalmente serão queimados, aniquilados, eliminados e desfeitos pelo fogo e tudo será uma nova criação (II Pe. 3.10-12). Pode ser isso a realidade que a profecia está apontando. Todavia convém pensar nessas duas considerações:
1. A Bíblia diz que a terra é para sempre - Sl 78.69, “E edificou o seu santuário como altos palácios, como a terra, que fundou para sempre.”; Sl 104.5, “Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum.”; Ec 1.4, “Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.”; Is 51.6, “Levantai os vossos olhos para os céus, e olhai para a terra em baixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como roupa, e os seus moradores morrerão semelhantemente; porém a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será abolida.” Se a terra permanecerá, como pode ter um fim?
2. Para fazer tudo novo, não é necessário eliminar completamente o velho. Tome como referência o homem velho na hora de regeneração. O homem velho não é destituído, eliminado, mesmo que “tudo se fez novo” (II Co. 5.17, “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”) Deus cria o homem novo e o velho homem é suplantado, feito submisso à nova natureza. Também pense nos que perecem no lago de fogo. Perecem, mas permanecem. Não serão eliminados mas castigados numa condenação eterna. Podemos considerar a destruição da terra pela água no dilúvio. Deus disse a Noé: “... porque a terra está cheia de violência; eis que os desfarei com a terra.” Gn. 6.13; 7.4 (Am. 9.5). Todavia, sendo desfeita não foi eliminada completamente. Se uma vez aconteceu assim será que o novo céu e a nova terra são ‘novos’ da mesma maneira?
Tudo Novo - Mesmo que os céus e a terra não serão eliminados ou reduzidos a nada, serão purgados, ou seja, serão desfeitos e limpos pelo fogo (II Pe. 3.7, 10-12). O importante é entender que todas as obras pecaminosas do homem na terra serão eliminadas pelo fogo purificador de Deus. O resultado é um novo céu e uma nova terra, sem nenhum mar. Que lugar será! A terra será sem nenhum resquício da maldição do pecado e sem o abominável sangue do homem inocente que foi derramada nela. Purificada, cristalina, tudo novo!
Nova Terra Sem Mar - Alguns simbolizam que a ausência do mar ensina que não haverá mais separação entre os salvos e os seus entes queridos salvos, ou nenhuma separação das raças e nações. Desde que o mar controla o clima da terra podemos entender que o mar é usado por Deus para regar a terra; para que todo animal, homem e planta vivem. Porém, naquela nova terra não haverá morte e não necessitará o homem de cultivar a terra para sobreviver (Ap. 21.27). Na eternidade o homem salvo tem vida eterna e pode comer da árvore da vida livremente (Ap. 22.2). Portanto o mar não existirá mais.
Novo Céu - A Bíblia fala de três céus (II Co. 12.2-4, “foi arrebatado ao terceiro céu ... ao paraíso). O primeiro céu é para as aves (atmosfera perto da terra), o segundo é para as estrelas e planetas (o espaço, o firmamento), e o terceiro céu (o paraíso, o lugar do Seu trono - Sl. 11.4, “o céu dos céus” - I Rs. 8.27). João viu um novo céu. Este novo céu pode ser aquele onde Deus habita. Os céus das aves e das estelas ou foram eliminados ou foram ajuntados com aquele aonde permanece o trono de Deus. Este pode ser o céu onde Deus tem Seu trono e onde “estaremos sempre com o Senhor” será eliminado? (I Ts. 4.17)
Apesar do que se pode opinar destes acontecimentos é fato comprovado que cada ser humano terá corpo, alma e espírito na eternidade. Essa eternidade será de tormento no lago de fogo ou será na nova terra ou no novo céu onde Deus habita. Estar em Cristo faz a grande diferença. “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” Jo. 3.36. Arrependei-vos dos seus pecados e creia em Jesus pela fé!
Aplicações: Entendendo que tudo aqui na terra atual será fundido e feito novo, como devemos ser sábios! Nenhum servo do Senhor deve ser tão estúpido de perder o sono com a preocupação de adquirir bens que não vão com ele para essa cidade e nem vão sobreviver à purificação dessa terra. Aquela preocupação ou prazer que rouba a sua comunhão para com Deus, a igreja ou com a sua família vale tanto? Por mais que determine que posses são importantes, tudo é passageiro. Seja sábio! Buscai primeiramente o Reino de Deus e a Sua justiça! Assim, não gastará o seu tempo, sua saúde e o fruto do seu suor naquilo que será queimado (II Pe. 3.10).
Entendendo que tudo aqui na terra atual será fundido e feito novo, como devemos ser santos! Foi a água que limpou o mundo a primeira vez. Dessa vez será pelo fogo. Portanto aquele tempo desperdiçado por priorizar diversões que roubam a sua presença dos cultos de adoração a Deus; aquelas meditações que só trazem vergonhas em vez de edificação; os investimentos que redundam somente para a grandeza do homem e não animam a causa do Senhor, e as amizades que promovam vanglória em vez de crescimento na obediência da Palavra de Deus serão todos desfeitos. Serão destruídos nessa hora. Sabendo que virá tal fogo purificador como devemos procurar a ser santos como nosso Salvador é Santo! (II Pe. 3.11-14; I Jo. 3.1-3)
A Nova Jerusalém – A Esposa do Cordeiro – Ap. 21.2-27
Apesar de todas desobediências dos cristãos e das suas participações em igrejas não verdadeiras, ninguém estará lá no céu sem estar vestido com as justiças de Cristo - Ap. 19.8: “E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” (Jo. 14.6; II Co. 5.21) As bodas do Cordeiro acontece quando Jesus está com os Seus logo no fim da Tribulação (Ap. 19.7-9). Quando João viu o novo céu e a nova terra a esposa, a mulher do Cordeiro, foi manifestada logo depois (Ap. 21.2, 9-10).
A esperada cidade dos justos do Velho Testamento (Hb. 11.10, “Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.”) junto com os em Cristo desde o período do Novo Testamento (Hb. 13.14, “Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.”) é revelada agora. A cidade chamada “Nova Jerusalém” é a esposa do Cordeiro. É o tabernáculo de Deus com os homens (Ap. 21.4). João a descreve com detalhes gloriosos em Ap. 21.9-27. A esposa é a cidade ou existem a esposa e a cidade? Podem ser termos para ensinar: “Como esposa, vemos a intimidade da sua comunhão com o Cordeiro e a sua união com Ele; como cidade, mostra-nos a habitação de Deus e a vida conjunta e organizada dos salvos.” (pg. 148, Watterson). Essa cidade é o alvo dos santos, ou seja, nela é manifestada aquela assembléia universal, a igreja de todos os primogênitos que estão inscritos nos céus (Hb. 12.22-23). Como sempre, essa ‘ecclesia’ é uma assembléia local e visível.
Essa igreja constará de todos os salvos num só lugar. Mesmo que seja dito que essa cidade é quadrada alguns creem que tenham razão opinar que a forma da Nova Jerusalém é uma pirâmide, outros uma esfera, e outros um cubo. De qualquer maneira ela é grande e gloriosa. Doze mil ‘estádios’ medem dois mil quilômetros. A cidade mede dois mil quilômetros no seu comprimento, na sua largura e na sua altura (Ap. 21.16).
Mesmo com as características da grandeza da glória dessa cidade relatadas por João, esse lugar que Jesus está preparando está além da capacidade do homem imaginar perfeitamente. O Apóstolo Paulo nos ensina: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” I Co 2.9; Is. 64.4. Jesus está preparando uma cidade para Seu povo (Jo. 14.1-3). Ele também está preparando um povo para a Sua cidade: Ef. 5.25-27, “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.”; Tt. 2.14, “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.”
Aplicações: Todo o desprezo, a inconveniência, o custo financeiro e o custo da nossa saúde serão recompensados. Na verdade tudo expendido no serviço ao Senhor será naquele momento mais do que recompensado. Nenhum sacrifício será esquecido mas tudo será recompensado múltiplas vezes. A glória de estar com o Salvador vivenciando uma paz completa em tanta beleza para todo o sempre valerá todo sacrificado aqui. “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” I Co. 15.58
Você lá estará? O Caminho é Cristo!
Santifique-se mais e mais para estar pronto e experimentado para gozar as bênçãos desta cidade!
O QUE SERÁ NO CÉU
Lição 37 - A Eternidade IVO Que Será no Céu
Texto para a Leitura: Ap. 21.3-8; 22.1-5, 14-15
Texto para a Memorização: Ap. 21.7, “Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.”
Além do novo céu, da nova terra e da Santa Jerusalém onde Deus habitará com Seu povo existem outros detalhes sobre a eternidade abençoada para os que estão em Cristo.
O Que Será no Céu –
O Soberano e Seus Filhos Vencedores - Ap. 21.7, “Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.” O eterno desejo de Deus é de ser reconhecido como Deus (Jr. 24.7; 31.33-34; 32.38; Ez. 16.62; 37.27; 34.23, 30; II Co 6.16). Deve ser esperado que tal desejo seja uma realidade na eternidade. No céu Ele é reconhecido assim pelos Seus (Ap. 21.3, 7; 22.3). A obediência e submissão do homem a Deus declaram este reconhecimento. O pecado e a rebeldia negam tal reconhecimento (I Jo. 3.4; Sl. 2.2-3; 12.3-4; 14.1; Ex 5.2; Jr. 44.16-17). Não há meio termo. Os que estarão no lago de fogo têm a eternidade para contemplar essa realidade. Os que estarão no céu têm a eternidade para participar regozijando de tal verdade. E a graça de Deus será destacada nisso tudo.
O Pai predestinou os Seus para serem os Seus filhos pela adoção por Jesus Cristo (Ef. 1.5). Em Cristo estes têm a redenção, ou seja, a remissão das ofensas, pelo Seu sangue segundo as riquezas da Sua graça (Ef. 1.6-7). Este Soberano, que segundo o Seu beneplácito, tem o propósito de congregar em Cristo todos que Ele deu ao Filho, agora pela eternidade, manifesta o Seu bom propósito em ser o Deus destes e aquela imensa glória que propusera para que estes fossem Seus filhos (Ef. 1.9-10; Hb. 2.10-13). Estes serão vencedores pela fé que o Espírito Santo os dá (I Jo. 5.4) e pela obra de Deus em preservar por Cristo os que O ama (Rm. 8.37-39; Fp. 4.13; Jd. 24-25). Também são chamados: “os que são inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap. 21.27).
Quem é manifestado como seu Deus? Os que puderem serem feitos mais conforme a imagem de Cristo quem agradou o Senhor Deus em tudo. “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp. 4.13.
As Nações dos Salvos – Ap. 21.24-26; Is. 66.22; Gn. 17.8. Os Filhos Vencedores (Ap. 21.7), os servos do Senhor que reinem com Ele (Ap. 22.3-5), e os inscritos no livro da vida do Cordeiro (Ap. 21.27) serão estas nações. É outro termo que aponta a todos os salvos, em contraste das nações que serão condenadas, ou seja, os não salvos (Ap. 20.8). Estes benditos pela graça de Deus em Cristo entrarão e sairão desta gloriosa Nova e Santa Jerusalém por direito dAquele que deu a Si mesmo por eles (Jo. 10.9-11). Trazem a glória e honra à Nova Jerusalém. A glória destes é Cristo a Quem honram e louvam. As nações dos salvos trazem eternamente à Nova Jerusalém aquela glória dos galardões e das coroas que conseguiram pela graça de Deus. Cristo, que é tudo em todos, será glorificado por estes para todo o sempre (Cl. 3.11; Fp. 2.5-11).
Que este mesmo sentimento esteja em nós enquanto esperamos este dia chegar. Se for assim na eternidade, é grande coisa esperar que as igrejas de Deus centrem o louvor, adoração e pregação em Cristo enquanto estão na terra? Deve ser inesperado ou considerado radical que Cristo e a pregação da Palavra de Deus tenham a preeminência nos seus cultos, cânticos, hinos, finanças, atividades e comunhão? Só deve ser nas igrejas? Que tal nas vidas particulares destes também?
O Rio puro da água da vida – Ap. 22.1; 21.6; Sl. 46.4; 36.7-9. Águas são refrescantes, e tanto mais pura melhor. Na bíblia os rios ou águas muitas vezes simbolizam benção, salvação, prosperidade e conforto (Sl. 23.2; Is. 35.6; 43.19-20; 48.21; 49.10-11; 55.1; 58.11). Este rio “procedia do trono de Deus e do Cordeiro” ensinando que toda a felicidade do céu emana de Deus por Cristo (Barnes, comentando sobre Ap. 22.1). John Gill simboliza este rio ao eterno amor de Deus, pois, como um rio é largo e abundante, o amor de Deus é largo e comprido, alto e profundo. Como tributários conectam ao rio também a eleição, redenção, vocação, justificação, perdão, adoção e vida eterna são manifestações do amor que procede de Deus. Como o Rio é puro de água da vida, o amor de Deus vivifica os que são mortos em ofensas e pecados como também reanima os santos quando desanimados, aviva os seus espíritos nas angústias das lutas. Tal amor preserva os santos da segunda morte e é a fonte da vida eterna, e, correrá pela eternidade pois é um amor eterno.
O Trono de Deus e do Cordeiro – Ap. 22.3. Como o rio da água da vida procede deste trono sabemos que a salvação e todas as bênçãos dos céus não originam da obediência do homem, do seu amor para com Deus ou da sua fé em Cristo. O amor do soberano Deus e do Seu Cristo, precede tudo, pois o amor e as bênçãos do céu vêem do Trono onde Deus e o Seu Cristo assenta, e é a causa destes (I Jo. 4.19; Jr. 31.3; Jo. 3.16; 15.16; Gl. 5.22; Ef 2.4-5; Tt. 3.3-5). Compare o rio do Éden (Gn. 2.10-11) e do Templo (Ez. 47.1-9). Os que assentam neste trono eram terríveis para os que rejeitaram o Evangelho e perderam-se, para os lavados no sangue do Cordeiro de Deus, este trono é fonte de toda benção agora e para todo o sempre.
A Árvore da vida – Ap. 22.2. Cristo é essa Árvore da vida, pois Ele é o Autor de vida natural, espiritual e eternal (Jo. 1.1-4; 14.6; 3.36; 10.10; Hb. 1.1-3). A posição da árvore no meio da praça, na cidade, e dos dois lados do rio, passando pelo céu, representa a verdade que Cristo será contemplado e é o mais abundante e completo prazer de todos no céu. Dando doze frutos de mês em mês expressam as bênçãos e frutos da graça de Cristo tanto na nossa vida presente, mas continuamente quando chegarmos no céu e pela eternidade. As folhas desta árvore são para a saúde das nações. Não devemos pensar que teremos doenças no céu e estas folhas serão o remédio lá; pois não teremos dor nem qualquer coisa do passado que causará lágrimas (Ap. 21.4). Mas, as folhas representam como Cristo participa em toda parte das bênçãos do cristão seja conforto, saúde ou felicidade pela eternidade (Ez. 47.12). Verdadeiramente, percebido aqui um pouco, mas no céu claramente, Cristo é tudo em todos (Cl. 3.11).
Os que Guardam os Seus Mandamentos – Ap. 22.14. Guardar os mandamentos de Deus não é a causa de termos direito à árvore da vida. A graça de Deus é a causa única por tais bênçãos eternas (Ef. 2.4-5, 8-10; Rm. 11.6). Aqueles que guardam os mandamentos de Deus, no coração, pelo homem interior (Rm. 7.22, “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;”) manifestam o efeito de terem comido de Cristo pela fé (Jo. 6.53-56, 63). Os que guardam os mandamentos de Deus por outra razão são os que não entrarão na cidade pelas portas (Ap. 22.14; Jo. 10.1-4). Verdadeiramente são bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, pois estes conhecem Cristo por serem alcançados pela graça! O “direito” que estes têm à árvore da vida não é por mérito pessoal mas por ser prometido a todos que comeram de Cristo pela fé (Ap. 2.7; Jo. 6.58, “... quem comer este pão viverá para sempre”). O “direito” foi comprado por estes por mérito de Cristo por ter sido feito pecado por eles e as Suas justiças serem imputadas a eles (II Co. 5.21; I Pe. 3.18). Para tais contemplados pela graça de Deus de comerem de Cristo, comem de Cristo continuamente com satisfação profunda e os mandamentos dEle não são pesados (I Jo. 5.3; Ct 2.3; Pv.3.17-18, “Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas de paz. É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados todos os que a retêm.”).
Uma Bem-aventurança Eterna – Ap. 22.11 “... e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Já é justo? No céu pode fazer justiça eternamente para a glória de Deus e para a sua própria satisfação por ter tais bênçãos em cristo pela graça! Pode ser feito justo apenas através daquele que está no trono onde procede o rio puro da água da vida, claro como cristal (Ap. 22.1). A mensagem ainda é: arrependei-vos e creia no Evangelho, ou seja, Cristo, a árvore da vida que está “no meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações.” (Ap. 22.2)
Se tais bênçãos são propostas pelo Pai, asseguradas pelo Filho e garantidas pela operação do Espírito Santo, como poderemos ficarmos desanimados pelas aflições que nos provam por tão pouco tempo nesta jornada aqui? Como poderemos ser menos santos em amor para Quem nos remiu para estar regozijando com Ele no eterno porvir? Como tornaremos esquecidos daquela glória que será manifesta em breve? Como nos ocuparemos em algo que gratifica a corruptível carne e não aquilo que somente redunda para a glória de Nosso Salvador Jesus Cristo? É por não crermos no que Ele promete repetidas vezes? Que Deus nos leva a crer nas promessas de Deus. Que sejamos santos como Ele é santo!
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.” I Jo. 3.2-3.
Você Estará no Céu?
A oportunidade de ser salvo é agora. Ap. 22.17, “E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” (Is. 55.1-3,6-7)
O QUE NÃO TERÁ NO CÉU
Lição 38 - A Eternidade – VO Que Não Terá no Céu
Texto para a Leitura: Hebreus 12.11-15
Texto para a Memorização: Hb. 12.14, “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;”
O nosso assunto é: O Que Não Será no Céu. Ninguém verá o próprio Senhor da glória sem uma nova natureza vinda do céu (Jo. 15.1-5). Ninguém verá o Senhor sem aquela nova natureza que opera um novo andar neste mundo diante todos, salvos ou não. Examine-se a si mesmo se tem essa nova natureza! Ela tem evidências.
Uma destas evidências é a paz. Paz para com Deus pois Cristo é a nossa paz (Ef. 2.14, “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio,”). Paz para com todos (Pv. 16.7, “Sendo os caminhos do homem agradáveis ao SENHOR, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele.”): no lar, na igreja, na vizinhança, no comércio etc. Como estão estas evidências na sua vida?
Outra destas evidências é a santificação, ou seja, a separação ou dedicação para com Deus. Ela busca o agrado de Deus, o Salvador. Para agrada-Lo separe da sua própria vontade para obedecê-Lo. É prova de amor a Ele (Jo. 14.15, “Se me amais, guardai os meus mandamentos.”.
Sem aquela nova natureza que segue a paz com todos e vive separado do mundo, NINGUÉM verá o Senhor.
Tais não estarão no céu. Convém estabelecer os fatos já! II Co 13.5: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”
O Que Não Será no Céu –
Lágrimas, Morte, Clamor e Dor – Ap. 21.4. No mundo conhecemos esperanças adiadas (Pv. 13.12). Por isso o coração desfalece e há lágrimas. Os pais esperam virtudes nos filhos, mas às vezes recebe rebelião, ou a morte invade o conforto do lar e leva aquele em quem tivemos muitas esperanças.
Esperamos retorno no que investimos, seja em educação, posição no emprego, fundos para o futuro ou compra de bens duráveis ou imóveis, mas podemos perder a oportunidade esperada pelos cursos técnicos, pode ser demitido do emprego ou uma crise internacional causa a perda dos fundos ou dos bens trazendo assim pranto, clamor e dor.
Alguém talvez espera da sociedade a justiça, o moral, a retidão e a responsabilidade fiscal. Em vez disso há o clamor das vítimas da violência, os protestos dos atingidos pela corrupção desenfreada e a confusão dolorosa pela perversão aberta. Tais esperanças “adiadas” atingem o coração causando lágrimas, clamor e dor.
As lágrimas, morte, clamor e dor não precisam ser tuas. Podem ser as lágrimas dos pobres ao seu redor, o clamor das viúvas, dos viúvos e dos órfãos, ou a dor dos que experimentam a morte que lhes atingem.
Porém, tudo que causa o pesar no coração não será no céu. O Apóstolo Paulo escreve a Tito sobre o céu como sendo “a bem-aventurada esperança” (Tt. 2.13). Essa esperança é bem-aventurada por ser certa e assegurada. É propósito de Cristo que os por quem Ele se deu a Si mesmo para remir Ele também purifica para ser o Seu povo especial. Por estes Ele prometeu que aparecerá para levar com Ele (Tt. 2.13-14; Hb. 9.28; Jo. 14.1-3). Não é possível que essas esperanças sejam adiadas! Deus jurou por duas coisas imutáveis que o Seu conselho é firme. Essas duas coisas são o Seu Ser e a Sua Palavra. Ele é Deus, portanto imutável, e a Sua palavra é verdadeira por Ele ser Santo. O que Ele deseja, fará (Sl. 115.3; 135.6; Ez 24.14, “Eu, o SENHOR, o disse: viva isso, e o farei, não me tornarei atrás, e não pouparei, nem me arrependerei; conforme os teus caminhos, e conforme os teus feitos, te julgarão, diz o Senhor DEUS.”). Por isso, o que jurou sobre o que fará, é uma firme consolação, segura e firme como âncora da alma. Por isso não terá lagrimas, morte, pranto ou dor não céu (Hb. 6.17-19).
No céu jamais ouvirá uma mensagem para consolar os que perderam um ente querido, nunca assistirá um enterro, nem verá um cortejo, não verá um cemitério, sim, a própria morte morrerá (T. Ross, pg. 196). Portanto, nenhuma separação da presença de Cristo, pois Ele estará no Seu trono e os salvos estarão com Ele sempre; nenhuma separação do corpo da alma, pois teremos o corpo glorificado e a imortalidade (I Co. 15.35-58); nenhuma separação dos cristãos, pois estaremos em comunhão eterna uns com os outros pois a nossa comunhão é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo (I Jo. 1.1-3).
Graças a Deus pelas coisas que não estarão no céu!
Oito Categorias de Pessoas que Não Estarão no Céu – Ap. 21.8. Deus, em misericórdia, dá mais um aviso aos pecadores. Todo tipo de pecado e de pecadores são representados nestas oito categorias.
Os tímidos não fazem parte dos que estarão no céu por não pensarem que os custos de uma vida cristã valiam a pena. Eram medrosos em negar os prazeres do mundo para serem identificados com os de Cristo. Negaram as oportunidades de obedecer às ordens do Senhor por acharem radicais a maneira de Deus ser (Mt. 25.24-25). Contrastem com os que são vencedores.
Os incrédulos. Que classificação! Não interessa que são ímpios ou não; grande ou não; morais ou não. Estarão ausentes do céu por serem incrédulos. Somos instruídos que não importa crer como os demônios (Tg. 2.19); não crer como Judas Iscariotes, ou como Simão o mágico (At. 8.9-24). O necessário é ser regenerado para crer de coração (Jo. 3.1-5; Rm. 10.13). Não há diferença, religioso ou não, moral ou não, se não estiver em Cristo há certeza de perdição! Ausente do céu!
Os abomináveis compõem uma classificação geral. Todo pecado é uma abominação a Deus (Hc. 1.130, mas essa classificação inclui os que são entregues ao pecado, os que insistem em fazer o que Deus detesta. São os que vivem em pecado abertamente, desafiando tudo que é considerado santo, moral e virtuoso. São os execráveis e incluem os que conhecem a Deus mas negam-no pelas suas obras, são reprovados para toda a boa obra (Tt. 1.16; Ap. 17.5).
Os homicidas, fornicadores, feiticeiros, idólatras, e mentirosos são as classificações também encontrados no livro de Apocalipse. Os seguidores da Besta, o Falso Profeta, e o Anticristo participam com estes em todos os seus pecados.
Não convém que minimizamos nenhuma classificação pois todos estarão ausentes do céu. Observe também a falta de graus de gravidade destes. Uma mentira vale por mil (Tg. 2.10). Não é somente um aviso aos que perdem, mas aviso para os que esperam ser salvos. Estes devem examinarem as suas vidas se estão seguindo a paz e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb. 12.14).
Que sabedoria é manifestada por Deus em não permitir estes no céu. Imagina como seria destruída a paz, o perfeito louvor, se estes fossem permitidos estarem no céu! Seriam como moscas mortas no ungüento do perfumador e manchas numa festa de amor (Ec. 10.1; Jd. 11-12).
Maldição contra alguém – Ap. 22.3. A maldição original que veio sobre toda a humanidade e da criação não será no céu. O serviço e submissão a Deus será sem suor ou sofrimento dos homens e a terra não produzirá mais os espinhos, cardos e abrolhos (Gn. 3.16-19). Nenhuma maldição em desobedecer a Lei de Moisés estará no céu. Não terá aquela maldição da ira de Deus permanecendo sobre os que agora não crêem em Cristo (Jo. 3.36). Toda doença, mal e aquilo que pode trazer tristeza serão eliminados no céu.
Templo – Ap. 21.22. O tabernáculo e o templo no Velho Testamento, e os lugares de reunião no Novo Testamento e as igrejas da nossa época manifestam algo que não terá no céu. Um lugar separado para reunir evidencia que existe um lugar para ir para adorar juntos com o povo de Deus. Enquanto houver horários dos cultos e endereços das igrejas, a verdade que não estamos no céu é provada. Nem todo lugar na terra é propício para adorar. Existem lugares onde o pecado reina nessa terra, lugares onde a carne é adorada, e vícios imundos satisfeitos. Portanto, para deixar o mundo sabendo que tal lugar é reservado para adorar o Senhor, temos placas de aviso nas igrejas. A existência de igrejas no mundo manifestam também que há trabalhos missionários sendo feitos. Evangelização e pregação da Palavra de Deus são atividades anunciadas pelas placas das igrejas. Tudo isso deixa claro que não estamos no céu.
No céu não haverá templo. Não terá uma hora reservada para a adoração, nem lugar separada para reunir. O Senhor Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro estarão presentes em todo lugar e em todo coração. Também não haverá lugar nem horário que o povo remido não estarão adorando-O. Ser feito coluna no templo de Deus declara essa verdade (Ap. 3.12). A estrutura espiritual que somos agora individualmente seremos literalmente com todos naquela hora (I Pe. 2.5, “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.”).
Nessa gloriosa habitação não terá Sol nem Lua (Ap. 21.23-25). O SENHOR será a tua luz perpétua, e o teu Deus a tua glória (Is. 60.18-22). O trabalho suado do homem que dá a ele um sono profundo representam a maldição sobre nós e sobre o mundo. Mas, ausente a maldição, ausente também os dias do nosso luto!
Na Lei de Moisés constavam coisas que eram “limpas” e as outras que eram consideradas “ímpias”, ou seja, não aceitáveis a Deus. Como para com Deus, o sangue lava toda raça de homem igualmente, todos neste sangue serão iguais diante de Deus (I Pe. 1.18-23). Quando a Bíblia nos diz que não terá coisa alguma que contamine, ou seja, alguma coisa que Deus não aceita, é enfatizado que é necessário o sangue de Jesus em todos que esperam gozar no céu.
Também não terá no céu: a condenação eterna – Ap. 22.11, “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda ...” Se ama a injustiça e a sujeira da carne e do mundo, seu lugar não é no céu. Seu lugar é no Lago de Fogo eternamente.
Você Estará no Céu?
A oportunidade de ser salvo é agora. Ap. 22.17, “E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” (Is. 55.1-3,6-7).
Se o seu porvir estará com esperança ou horror depende se você conhece Cristo como seu Senhor e Salvador ou não. Como será?
Hb. 12.14, “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;”
A DOUTRINA DA IMINÊNCIA
Lição 39A Doutrina da Iminência
Texto para a Leitura: Mateus 24.36-46
Texto para a Memorização: Mt. 24.42, “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.”
A Iminência. O que é?
No dicionário Aurélio iminência significa: Qualidade do que está iminente. Iminente quer dizer: Que ameaça acontecer breve; que está sobranceiro; que está em via de efetivação imediata; impendente (Dicionário Aurélio Eletrônico Século XXI Versão 3.0 Novembro 1999).
A Wikipédia diz que os pretéritos entendem que as principais profecias do livro do Apocalipse cumpriram-se na destruição de Jerusalém (em 70 d.C.) e na queda do Império Romano.
Na Bíblia, Jesus ensina o que significa a iminência. Pelos Seus ensinos sabemos que a possibilidade do retorno de Cristo é uma realidade constante (F. Keener). Perguntaram os discípulos a Jesus: “Quando serão essas coisas, e que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo?”, (Mt. 24.3). Em Mateus 24.4-39 Jesus responde a essa indagação. Na resposta Cristo ensina o trajeto dos eventos escatológicos nos versículos 4-31. Depois dessa explicação Cristo avisa que a Sua vinda está próxima, às portas (v. 32-34), todavia a exatidão do tempo é algo que O Divino unicamente sabe (v. 36). Mesmo não sendo conhecida essa data não queremos ser pegos não fazendo a obra que Deus nos deu: Lc 19.13, “E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha”. Portanto devemos ser vigilantes e sábios para tal vinda.
Como veio o dilúvio nos dias de Noé assim será a Sua vinda (Mt. 24.39-40). Em face de tudo isso qual é a exortação de Cristo para os Seus discípulos? Vigiai! Para sermos abençoados naquele dia é necessário que agora estejamos fiéis e prudentes. Use o tempo de hoje para servir ao Senhor com tudo o que o Nosso Senhor tem nos dado; seja o dinheiro, o tempo, os talentos, os relacionamentos, os bens ou a vocação recebida dEle (v. 42-51).
O Que é Iminente?
A primeira fase da vinda de Cristo, antes da tribulação, é certamente iminente como a segunda fase da vinda de Cristo, depois da Tribulação, é previsível pois somente virá depois de acontecer certos sinais (II Ts. 2.1-4) . Existem muitas profecias ainda não cumpridas que tornar-se-ão efetivas durante e depois da Tribulação. Todavia não existem profecias necessárias a serem cumpridas antes da primeira fase da vinda de Cristo, ou seja, quando Ele vem nos ares para levar o Seu povo para estarem com Ele (T. P. Simmons, pgs. 578-579).
A Escritura enfatiza que a vinda de Cristo para receber o Seu povo está próxima:
Marcos 13.35-36, “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo.” O sentido da palavra “vigiar” tem esse sentido: tomar cuidado sob a pena de alguma calamidade destrutiva acontecer aos negligentes e indolentes. Portanto, podemos esperar a vinda de Cristo ainda hoje, uma possibilidade que nos incentiva a sermos fiéis em obediência à Sua palavra.
Tiago 5.8, “Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.” A frase “está próxima” tem o significado de ser imediatamente próximo, como se estivesse prestes a acontecer qualquer momento. O verbo usado por Tiago é usado também por Mateus e traduzida “é chegada”. Os acontecimentos relatados por Mateus mostram como estava perto a traição de Judas (Mt. 26.45-47, “Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai. E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.) Portanto podemos crer que a vinda de Cristo para Seu povo é iminente.
Ap. 22.12, “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” A frase “cedo venho” (#5035, Strong’s) significa “sem demora”. É traduzida “depressa” em Mt. 5.25 e Lc. 15.22; “imediatamente” e “pressurosamente” em Mt. 28.7-8, “apressadamente” em Mc. 16.8 e “logo” em Jo. 11.29. Pelo que saibamos, a vinda de Cristo nos ares para receber o Seu povo pode ocorrer a qualquer momento. Por isso é iminente.
A Iminência e o Pretérito
Pretérito, como adjetivo, significa: Que passou; passado (Dicionário Aurélio Eletrônico Século XXI Versão 3.0 Novembro 1999). O preterido crê que a segunda vinda de Cristo já aconteceu. Tudo que foi profetizado no Velho Testamento e no Novo Testamento sobre a vinda de Cristo já se cumpriu.
A Wikipédia diz que os preteridos entendem que as principais profecias do livro do Apocalipse cumpriram-se na destruição de Jerusalém (em 70 d.C.) e na queda do Império Romano.
Essa interpretação errônea era evidente ainda no primeiro século (II Ts. 2.1-5). Não ensinava apenas que o arrebatamento já havia acontecido mas também já havia passado a Tribulação e os crentes já estariam na gloria com Deus.
Algumas Posições Erradas Sobre a Vinda do Senhor
Alguns crêem que a vinda do Senhor Jesus Cristo aconteceu com a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecoste. Crêem que o que Mateus 16.28 diz é prova disso pois crêem que o Pentecostes foi quando Jesus veio “no Seu reino”. Também usam o ensino em João 16.16 como prova disso; Todavia, a descida do Espírito Santo foi vinculada com a Sua ausência e não ao Seu retorno (Jo. 16.7-12). “Em Atos 3.19-21, depois do dia de Pentecostes, Pedro convoca Israel a se arrepender para que Deus possa mandar a Cristo ‘ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração’. Alguns outros crêem que Jesus retorna na conversão da alma (Jo. 14.23). Todavia, no mesmo contexto Jesus ensina que O Consolador viria para ensinar todas as coisas. O Espírito Santo é o Espírito de Jesus (At. 16.7), o Espírito de Cristo (Rm. 8.9; I Pe. 1.11), mas o Espírito Santo não é Cristo e Cristo não é o Espírito Santo. Os escritores do Novo Testamento eram todos convertidos mas mencionam que a vinda de Cristo era ainda futura.
Alguns tomam a destruição de Jerusalém em 70 d.C. como sendo a Tribulação depois de qual veio Jesus (Mt. 16.28; Mc. 9.1). Sem dúvida essas profecias estão ligadas com as do retorno de Cristo em Mt. 24; Mc. 13 e Lc. 21. Mesmo que essa vinda de Cristo possa ser chamada da vinda de Cristo em juízo não podemos dizer que era o retorno pessoal de Cristo. Temos muitas profecias posteriores a esta data que falam da vinda de Cristo como ainda futura (Ap. 1.7; 3.11; 22.12, 20; I Jo. 2.28; 3.2-3).
Quando o Cristão morre alguns crêem que essa é a vinda de Cristo para aquela pessoa. (Mt. 24.42). Todavia, a morte é tida como inimigo (I Co. 15.25-26) e a vinda de Cristo como uma esperança bendita (Tt. 2.13). Na morte cavamos uma sepultura; quando voltar o Senhor, abandonaremos a sepultura (I Ts. 4.16; Jo. 5.28-29). Se a morte é a vinda de Cristo, substitua a palavra “morte” por segunda “vinda” com esses versículos, logo verá o erro (Mt. 16.27-28; I Ts. 4.16-17; Ap. 1.7) (Thiessen, pg. 320-321).
Existem outras explicações da segunda vinda ter acontecido já mas estes exemplos bastam.
Cuidados
Ser mais interessados na cronologia do que a Cristologia. Qualquer atenção dada a uma doutrina ou prática que ofusca a preeminência de Cristo em nossas vidas é manobra do Maligno. Não seja enganado!
Ser mais interessados numa data do que em ser como Cristo. Não olhe para uma data, mas para Cristo. Ele está vindo logo. Não seja distraído. Não se preocupe desordenadamente com qualquer outra coisa na escatologia do que conhecer melhor o Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Lição:
Conforto – por estar em Cristo! I Ts. 4.18; 5.11
Santificação – por estar como Cristo! I Ts. 5.4-10
OS MANDAMENTOS ESCATOLÓGICOS DE JESUS
W. C. Taylor
1. “Mas este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.” (Mat.24.14) “Não vos pertence saber os tempos ou as estações… ser-me-eis testemunhas… até aos confins da terra.” (Atos 1.7-8)
2. “Não acrediteis” – as profecias ou os sinais ou os milagres dos que fingem saber do tempo ou lugar ou iminência da segunda vida. (Mat.24.23-28).
3. “Não saiais” – para investigar ou ligar importância alguma, as profecias humanas do fim do mundo ou da vinda de Cristo. (Mat.24.26)
4. “Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos. Mas vós vede; eis que de antemão vos tenho dito tudo.” (Mar.13.22-23) Jesus sabia tudo que era escrito em Daniel, mas não sabia do tempo da sua segunda vida. Ninguém mais há de saber por cálculos escatológicos.
5. “Olhai que ninguém vos engane”. (Mar.13.5) Tem havido mais engano miserável e trágico sobre esse assunto do que sobre qualquer outro.
6. “não vos turbeis”. (Mar.13.7) Guerras e terremotos e desastres não constituem os primórdios da segunda vinda. Não são o “começo do fim”, mas apenas o “fim do começo”, e será assim todos os séculos.
7. “Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo” (Mar.13. 32, 33, 37) Cristo nos vem buscar, ou na hora da morte ou da sua volta. Vigiai, sempre, pois ninguém sabe coisa alguma de tempos escatológicos.
8. “E dir-vos-ão: Eí-lo aqui, ou, Eí-lo ali está; não vades, nem os sigais”. (Luc.17.23) Nem um passo para investigar profecias humanas dessa natureza, ou interromper nosso trabalho para atender aos curiosos escatológicos.
Se Jesus achou tão necessário dar tantas exortações negativas sobre a segunda vinda, é porque Ele sabia que a exploração do assunto pelos fanáticos havia de lançar mais o trabalho e obediência e evangelização cristã do que qualquer outro assunto religioso discutido através dos séculos. Cautela e vigilância! (W. C. Taylor, Cremos, pg.59-60)
O APOCALIPSE
Lição 40 - O ApocalipseTexto para a Leitura: Ap. 1.1-3; 22.8-20
Texto para a Memorização: Ap. 22.20, “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus.”
Introdução
A razão deste livro de profecia, além de revelar Cristo, inclui o descobrimento dos propósitos de Deus para com o Seu povo e a relação das nações do mundo em relação ao povo de Deus ate o fim do mundo.
Há uma benção especial no estudo deste livro: Ap. 1.3, “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.”
A. Um esboço natural do livro: Ap. 1.19
• Coisas Passadas, “as coisas que tens visto” - Capítulo 1
• Coisas Presentes, “as coisas que são” - Capítulos 2,3
• Coisas Futuras, as coisas “que depois destas hão de acontecer” - Capítulos 4-22
B. Mensagem: Ap. 1.1, “Revelação de Jesus Cristo,... para mostrar as coisas que brevemente devem acontecer”
C. Autor: O Apóstolo João, Ap. 1.4 (o mesmo que escreveu o Evangelho de João e as três epístolas de João).
I. As Coisas Passadas - Capítulo 1
A. João em Patmos, Ap. 1.9, Patmos é uma ilha no Mar Mediterrâneo, no sul de Turquia. Ele estava sendo perseguido por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo – v. 9.
B. Jesus foi revelado a João e as coisas que “devem acontecer” foram dadas por ‘notificação’.Notificar quer dizer: dar sinal, significar, indicar, fazer conhecer (Strong’s, # 4591)
C. Recebeu missão, Ap. 1.19, “Escrever as coisas”
II. Coisas Presentes - Capítulo 2,3
A. As sete cartas às sete igrejas que estão na Ásia (1.4). As igrejas podem representar épocas de espiritualidade do tempo de Cristo até a tribulação. Parece que estamos hoje na era de Laodicéia, Ap. 3.14-22 (apatia para com as coisas de Deus, rica no que não importa, ou, espiritualmente fria e em geral, uma condição miserável).
B. Propósito das cartas
1. Corrigir problemas nas igrejas na época de João
2. Descrever o futuro da Cristandade até a tribulação
3. Instruir e avisar os crentes de todas as épocas - II Tm. 3.16,17
III. Coisas Futuras - Capítulos 4-22
A. O Arrebatamento . Capítulo 4.1,2
1. “Porta aberta no céu” (a próxima vez que o céu ficará aberto é quando Cristo vier com os Seus, Ap. 19.11).
2. Uma voz “como de trombeta ouvira falar comigo” - I Tess 4.16,17; João 5.28
3. “Sobe aqui” - o arrebatamento, I Cor 15.51-53 (depois do arrebatamento, e até Cristo voltar com os Seus à terra, o ajuntamento do povo de Deus não é mais na terra, Ap. 19.1-14).
B. A Tribulação - Capítulos 4.2-19.11
1. Capítulo 5 - No céu, “um livro escrito ... selado com sete selos”. Relata tudo o que acontecerá na Tribulação, ou seja, como Deus toma de volta o que é Seu.
2. Capítulo 6 - 1-8, na terra com os primeiros quatro selos; Ap. 9-11 no céu com o quinto selo; Ap. 12-17 na terra com o sexto selo. Antes que seja aberto o sétimo selo haverá um intervalo (cap. 7)
3. Capítulo 7 – haverá um intervalo entre a abertura dos selos. Vs. 1-8, os 144.000 judeus que serão salvos durante a tribulação (Dt. 33.29, “Bem-aventurado tu, ó Israel! Quem é como tu? Um povo salvo pelo SENHOR, o escudo do teu socorro, e a espada da tua majestade; por isso os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás sobre as suas alturas.”; Is. 45.17, “Porém Israel é salvo pelo SENHOR, com uma eterna salvação; por isso não sereis envergonhados nem confundidos em toda a eternidade.”; Jr. 23.6, “Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.”; Rm. 9.27, “Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.”; Rm. 11.26, “E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades.”; Vs. 9-17, os gentios salvos, os judeus selados, e todos os salvos antes do arrebatamento ao redor do trono.
4. Capítulo 8 - vs. 1, a abertura do sétimo selo, que mostra sete trombetas (vs. 2-6).
5. Capítulos 8.7-11.19 os juízos das sete trombetas. Capítulo 10-11.12 haverá um intervalo entre a sexta e a sétima trombeta para falar do livro e das duas testemunhas. Capitulo 11.13-19, o juízo da sétima trombeta. Metade da tribulação já aconteceu até agora
6. Capítulos 12,13 - um intervalo que explica os grupos que comporão a tribulação
7. Capítulo 14 - acontece no céu; vs. 1-5 uma descrição dos 144.000 judeus; vs. 6-20 os quatro anjos e seu trabalho. Os versículos nos dão um panorama geral de todos os eventos finais da última metade da tribulação. Capítulos 15-19 mostram em detalhes o que é brevemente descrito em Ap. 14.1-20.
8. Capítulo 15 - acontece no céu, preparação da última metade da tribulação, uma introdução aos julgamentos das taças.
9. Capítulo 16 - os últimos 3 ½ anos da tribulação com os julgamentos das taças.
10. Capítulo 17 - intervalo na cronologia para descrever o fim do governo civil do mundo
11. Capítulo 18 - intervalo na cronologia para descrever o fim da religião mundial
12. Capítulo 19.1-10 - intervalo na cronologia para descrever as bodas do Cordeiro (o fim do período da tribulação; a reação dos santos sobre a tribulação)
13. Capítulo 19.11-21- volta à cronologia com a Batalha em Armagedom no fim da tribulação (16.16) com a volta de Cristo ao mundo
14. Capítulo 20 - vs. 1-6, o milênio (o reino de Cristo na terra com Seus santos), vs. 7-10, a conclusão do milênio (a batalha de Gogue e Magogue e a condenação de Satanás), vs. 11-15, o julgamento final.
15. Capítulos 21-22.17. Ap. 21.1-8 acontece no céu com visão do lar eterno com avisos aos pecadores; 21.9-27, no céu, descrição da Nova Jerusalém (vs. 9-23) e da família de Deus (vs. 24-27); 22.1-5, no céu, descrição da Nova Jerusalém; 22.6,7, uma mensagem de conforto; 22.8-17, conclusão do livro com resposta de João ao que viu (v. 8,9), aviso da vinda de Cristo (vs. 10-12) convite e promessas (vs. 13-17);
16. Capítulo 22.18-21, conclusão do livro.
Terminologia
O Arrebatamento
1. É a vinda de Cristo para Seus santos - I Tess 4.16,17
2. Poderá acontecer em qualquer momento, não há eventos que precisam precedê-lo (Ap. 22.20, “cedo venho”; II Pe. 3.10; parábolas das dez virgens - Mat. 25).
3. Haverá uma ressurreição dos que morreram em Cristo (I Tess 4.16; João 5.28).
4. Os Cristãos vivos serão arrebatados, transformados e subirão para encontrar Cristo nos ares (I Tess 4.16,17; I Cor 15.51-52.).
5. Os não salvos ficarão na terra (Lucas 17.34-36; Mat. 24.37-43).
6. O acontecimento do arrebatamento iniciará o período que conhecemos com a tribulação
A Tribulação
1. Um período de sete anos. Na primeira metade haverá uma forma de paz (Dan 9.27). Na segunda metade (42 meses ou 1.260 dias) haverá um tempo de grande tristeza e aflição na terra - Ap. 13.5
2. Deus derramará a Sua ira sobre todos na terra (Ap. 8.1). Sete selos (Cap. 6, 8); sete julgamentos das trombetas (Ap. 8,9 e 11); sete julgamentos das taças (cap. 16); homens clamarão para morrer mas não podem (Ap. 6.15-17; 9.6)
3. O tempo para estar pronto é hoje (Lucas 21.36; Mat. 25.1-13).
4. Os que estão salvos antes deste período não passarão pela tribulação (Rm. 5.9; I Tess 5.9; Ap. 3.10).
5. Ap. 6.12-17 nos dá uma descrição geral deste período
Significado de Algumas Figuras
Águas – povos, multidões e nações, Ap. 17.15
Animais: Leão – Força, Pv. 30.30; bezerro – servo Ez. 1.10; face de um homem – humanidade, Ap. 4.7; águia – agilidade, Dt. 28.49; II Sm. 1.23; Besta – poder político, Ap. 17.7.
Antiga Serpente – Engano, Gn. 3.1-6.
Cabeças – montes, Ap. 17.9. Montes apontam a um lugar de poder, Is. 2.2; Ap. 21.10
Castiçais – as igrejas (Ap. 1.20)
Chave – Administração, Poder e Autoridade (Ap. 1.18; 3.7; 9.1; 20.1; Is 22.22; Mt. 16.19)
Chifres – poder; soberania e o poder para reinar; sete chifres (5.6) onipotência; dez chifres (Da. 7.7, 20-24 ; Ap. 17.12, 16); reis, Ap. 17.12.
Cor Branca – justiça,
Cristal – pureza absoluta da santidade, Ap. 3.6
Diabo – Acusador, Ap. 12.9-10
Dragão – maldade, II Co. 6.15
Espada – a Palavra de Deus, Ap. 1.16.
Espada – Palavra de Deus, Is 11.4; Jo. 12.48; II Ts. 2.8; Hb. 4.12
Estrelas – anjos das igrejas (Ap. 1.20)
Mão Direita – poder e autoridade, Gn. 48.17-19
Mãos – atividade; Mão direita – autoridade e favor, At. 7.56; Ap. 13.16; “na Mão”, posse, Jo. 10.27-29; Ap. 6.5.
Mar de vidro – Mar, instável, mas de vidro, firmeza: os propósitos de Deus são imutáveis.
Olhos – discernimento, Ap. 3.8; olhos em todo lugar – onisciência; olhos por dentro – discernimento intrínseco.
Ouro – Divindade
Pés – julgamento aplicado, Ap. 1.15
Prostituta – religião apóstata, Ap. 19.2
Relâmpagos, trovões e vozes – os juízos de Deus, Ap. 3.5; Ex 19.16-19
Satanás – Adversário Ap. 12.9; I Pe. 5.8.
Vestes – caráter, I Tm. 2.9-10; Ap. 3.5, 18; 4.47; 6.11; 7.9, 13.
O Significado dos Números pela Bíblia D. W. Huckabee
Muitos dos números usados nas Escrituras têm um significado e importância definidos, de modo que muitas vezes o próprio número indicará o assunto geral do contexto em que é usado. Essa é só mais uma das muitas provas infalíveis de que Deus não faz nada descuidadamente ou por mero acaso, mas que tudo é feito de modo que fique em harmonia com o grande plano e programa totalmente abrangente de Deus.
Se, pois, em nossa interpretação das Escrituras, sempre tivermos em mente o significado de cada número, isso nos ajudará a confirmar nossas interpretações. A numerologia das Escrituras não é tanto para ser usada para interpretar as Escrituras, quanto para confirmar as interpretações logo que tiverem sido feitas, utilizando-se as precedentes Leis de Interpretação. Dizemos isso como um aviso, pois temos lido de alguns indivíduos que se esforçaram para tornar a numerologia das Escrituras a única regra para interpretar as Escrituras. Eles até tentaram determinar quais versículos eram genuínos e quais eram adições ou alterações posteriores examinando o valor numérico que até mesmo as letras têm. Mas isso é um engano que levará a mais erros. Apesar disso, onde as Escrituras apresentam um número definido, geralmente tem um significado definido como as próprias palavras têm.
Como ilustração do significado dos números das Escrituras, citamos o uso do número quarenta. Quando aparece sozinho é quase sempre usado de tal modo que está de alguma maneira relacionado com um período de provação ou teste, depois do qual há julgamento ou aprovação. Assim, houve chuva na terra por quarenta dias e quarenta noites antes que a terra fosse finalmente destruída pelo dilúvio, Gênesis 7:4,12. E assim os filhos de Israel comeram maná por quarenta dias no deserto, Êxodo 16:35. O propósito expressamente declarado disso é provar se eles andariam de acordo com as leis de Deus ou não, Êxodo 16:4. E assim Moisés esteve no monte com o Senhor por quarenta dias e quarenta noites para testar os israelitas, se eles obedeceriam a Deus conforme eles haviam dito que fariam, Êxodo 34:28. Cf. Êxodo 19:5-8. Assim Jesus foi tentado por quarenta dias e quarenta noites no deserto antes dEle entrar em Seu ministério, Mateus 4:2; Marcos 1:13; Lucas 4:2. E assim Jesus foi visto pelos discípulos quarenta dias após a ressurreição antes dEle ser elevado ao céu, Atos 1:3. Essa característica sobre esse número é tão comum nas Escrituras que há pouca necessidade de um argumento para demonstrar esse fato.
Esse fato se mantém válido para muitos outros números, embora aparentemente não para todos os números que aparecem na Palavra de Deus. Ao menos alguns números não têm tal aparente significado como outros têm. Os seguintes são alguns dos números mais comuns, e seu significado habitual.
Um – Unidade; união. Dois serão um; terá um pastor e um rebanho, Jo. 10.16; Eu e Meu Pai somos um, Jo. 10.30; sejam um em nós, Jo. 17.21.
Dois – Divisão, no segundo dia da criação Deus fez separação das águas, Gn 1.6-10; não pode servir dois senhores Mt. 6.24; contraste entre dois, Gl. 4.24; também numero de testemunho, Mt. 18.16, 19.
Três – manifestação. Deus se manifesta em três pessoas (I Jo. 5.6-8; na sua ressurreição também: Mt. 12.40).
Quatro – A Terra: quatro cantos Ap. 7.1; 20.8, quatro pontos cardeais na rosa-dos-ventos, quatro elementos (terra, ar, fogo e água), quatro estações, etc.
Cinco – Graça, Ex 27.1-2
Seis – homem, Gn 1.26, 31; Ex 20.9-11; Ap. 13.18 (múltiplas vezes depravado; o pior homem; parte da trindade impiã)
Sete – perfeição, completo; Gn 2.2; Em Apocalipse se encontra: sete igrejas, sete, espíritos de Deus; sete estrelas; sete chifres; sete olhos; sete anjos; sete trombetas; sete pragas; sete taças douradas; sete montanhas, sete reis; etc.
Oito – novo começo, depois do sétimo dia recomeçará uma nova semana, ou seja, no oitavo dia há um novo começo. Por exemplo note que dia que Cristo ressuscitou, o primeiro dia da semana, no dia de uma nova semana começar; Noé, a oitava pessoa, II Pe. 2.5, começou uma nova geração na terra;
Nove – Finalidade ou Julgamento; o último dígito, portanto a conclusão.
Dez – Responsabilidade do homem, Dez Mandamentos; dez leprosos curados Lc. 17.12-18; Dez virgens, Mt. 25.1; Dez pragas sobre Egito.
Onze – não há como afirmar, mas a combinação de números para somar onze pode ser útil, Ex 26.9 (5+6=11: graça para com o homem)
Doze – Governo Divino, Ap. 12.1.
HUCKABEE, D. W. Hermeneutica, http://www.palavraprudente.com.br/english/dw_huckabee/hermeneutics/cap14.html
Lembre-se: O livro de Apocalipse não foi dado a nós para sermos apenas didáticos, mas para sermos obedientes nas responsabilidades que temos. Deus é longânime, mas as Suas promessas abundantes sobre as consequências da rejeição da Verdade e da corrupção das concupiscências têm o seu dia de cumprimento. Estar em Cristo pelo arrependimento e a fé em Cristo Jesus é a única salvação. Adorar a Deus em espírito e em verdade é o caminho das bênçãos espirituais agora e no além.
Como as profecias da primeira vinda revelam o decreto de Deus para aquela época, as profecias da segunda vinda revelam o decreto de Deus para o futuro. Da mesma maneira que os detalhes das profecias da primeira vinda foram todos cumpridos assim será com as profecias da segunda vinda de Cristo.
“E temos, mui firme, a palavra dos profetas à qual bem fazeis em estar atentos”, II Pe. 1.19-20.
Você está pronto e desejando que Jesus volta logo?
O APOCALIPSE
Escatologia Pastor Calvin G. Gardner 2007-2009
Bibliografia dos Livros citados e consultados Neste Estudo
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ALLISON, Haroldo B., A Doutrina das Últimas Coisas., Editora Batista Regular, São Paulo, 2002.
BARNES, Notas do Novo Testamento, Bíblia Online, Ver.. 2.00.02 de 2006, janeiro
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CARROLL, JM, Rasto de Sangue. Imprensa Palavra Prudente, Presidente Prudente, 2008.
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Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Preterismo
42 - ANEXO I - ESCATOLOGIA
AS PARÁBOLAS DE JESUS/H4>
AS PARÁBOLAS DE JESUSCOMPILADAS PELO PR FOREST KEENER
LUCAS 5.36 PARÁBOLA DOS ODRES DE VINHO
LUCAS 6.39 PARÁBOLA DOS CEGOS CONDUTORES
LUCAS 7.41-50 PARÁBOLA DOS DOIS DEVEDORES
MATEUS 13.1-23; MARCOS 4.1-20; LUCAS 8.4-15 PARÁBOLA DO SEMEADOR
MARCOS 4.26-29 PARÁBOLA DA SEMENTE
MATEUS 13.24-43 PARÁBOLA DO JOIO
MATEUS 13.31-32; MARCOS 4.30-32; LUCAS 13.19 PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA
MATEUS 13.33; LUCAS 13.21 PARÁBOLA DO FERMENTO
MATEUS 13.44 PARÁBOLA DO TESOURO ESCONDIDO
MATEUS 13.45, 46 PARÁBOLA DA PEROLA
MATEUS 13.47-50 PARÁBOLA DA REDE
MATEUS 18.21-35 PARÁBOLA DO SERVO MALVADO
LUCAS 10.25-37 PARÁBOLA DO SAMARITANO
LUCAS 12.16-21, 23-32 PARÁBOLA DO HOMEM RICO
LUCAS 13.6-9 PARÁBOLA DA FIGUEIRA INFRUTÍFERA
LUCAS 14.7-11 PARÁBOLA DOS CONVIDADOS DA BODAS
LUCAS 14.15-24 PARÁBOLA DOS CONVIDADOS
LUCAS 14.25-35 PARÁBOLA DO PREÇO DO DISCIPULADO
LUCAS 15.1-7 PARÁBOLA DA OVELHA DESGARRADA
LUCAS 15.8-10 PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA
LUCAS 15.11-32 PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO
LUCAS 17.1-10 PARÁBOLA DO SERVO INÚTIL
LUCAS 18.1-8 PARÁBOLA DA VIÚVA PERSISTENTE
LUCAS 18.9-14 PARÁBOLA DO FARISEU E O PUBLICANO
LUCAS 19.11-28 PARÁBOLA DAS MINAS
MATEUS 21.28-32 PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS
MATEUS 21.33-46 PARÁBOLA DA VINHA
MATEUS 22.1-14 PARÁBOLA DAS BODAS
MATEUS 25.1-13 PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
MATEUS 25.14-30 PARÁBOLA DOS TALENTOS
AGORA DEIXE-ME DAR-LHE ALGUNS FATOS. DESTES TRINTA PARÁBOLAS PELO MENOS VINTE SÃO DIRETAMENTE E VERBALMENTE RELACIONADAS AO REINO DE DEUS. POR EXEMPLO, NESSES CASOS ONDE O SENHOR DIZ, “O REINO DOS CÉUS É SEMELHANTE AO...”, “A QUE COMPARAREI O REINO DE DEUS?”, OU DEPOIS QUE ELE TEM DADO A PARÁBOLA, LEMOS TAIS PALAVRAS COMO, “POR ISSO O REINO DOS CÉUS PODE COMPARAR-SE A...”; EM OUTRAS PALAVRAS, FAZENDO APLICAÇÃO ANTES OU DEPOIS COM ESSAS AFIRMAÇÕES VERBAIS, DEFINITIVAMENTE NOS FALA QUE A PARÁBOLA É RELEVANTE AO REINO DE DEUS. DAS DEZ RESTANTES, MAIS QUE METADE DELAS SÃO RELACIONADAS AO REINO DE DEUS POR UM CONTEXTO MAIOR. POR EXEMPLO, PODE NÃO FALAR NO CONTEXTO IMEDIATO, MAS NOS VERSÍCULOS ANTES DELA, ESTÁ FALANDO SOBRE O REINO DE DEUS, E ENQUANTO VOCÊ CONTINUA DE LER A PASSAGEM ACHARÁ QUE A CONTINUIDADE NORMAL GUIARÁ VOCÊ PARA DENTRO DO ASSUNTO, E AS PESSOAS COM QUEM ELE FALAVA SEM DUVIDA SABIAM QUE A PARÁBOLA TINHA HAVER COM O REINO DE DEUS. ISSO VAI NOS DEIXAR APENAS QUATRO OU CINCO PARÁBOLAS QUE APARENTEMENTE NÃO SÃO RELACIONADOS COM O REINO DE DEUS. POR EXEMPLO, A PARÁBOLA DOS ODRES DE VINHO PODE NÃO SER RELACIONADAS AO REINO DE DEUS. AS PARÁBOLAS DA OVELHA DESGARRADA, E A DRACMA PERDIDA, E O FILHO PRÓDIGO PODE NÃO SER RELACIONADAS. MUITOS DELAS SÃO RELACIONADAS INDIRETAMENTE, MAS PELO MENOS VINTE DELAS SÃO RELACIONADAS ESTRITAMENTE COM O REINO DE DEUS (KEENER, PGS.185-186).
FOREST KEENER, THE MYSTERIES OF THE KINGDOM, THE WATCHMAN PRESS, LAWTON, SD.
TRADUZIDO PELO DAVID C. GARDNER COM AUTORIZAÇÃO DO AUTOR.
43 - ANEXO III - ESCATOLOGIA
SATANÁS – SEUS NOMES E SUAS OCUPAÇÕES
Anexo IISatanás – Seus Nomes e Suas Ocupações
Satanás É uma Pessoa Real e Não uma Influência Imaginária
“Não podemos negar a personalidade de Satanás, exceto sobre prin¬cípios que nos compeliriam a negar a existência dos anjos, a personalidade do Espírito Santo e a do Pai, Deus” (Strong, Systematic Theology, p.223, citado pelo T.P. Simmons, Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica, p.141).
1. Os nomes de Satanás indicam personalidade de uma verdadeira pessoa.
a) Abadom, Apoliom - Ap 9.11- significa destruidor em hebraica e em grego: “e o pecado, sendo consumado, gera a morte” Tg 1.15.
b) Belial - II Co 6.15 - nome pessoal referente a personalidade
c) Belzebu - Mt 12.24-26 – refere-se a Satanás como o chefe dos demônios.
d) Deus deste século II Co 4.3,4 (II Ts 2.3,4; Rm 6.16) - elemento de personalidade.
e) Diabo - 35 vezes; Ap 12.7-10; Mt 4.1. Significa o acusador ou difamador.
f) Dragão - Ap 12.9 - representa a maldade em ação
g) Estrela da manhã - Is 14.12 - Lúcifer - a sua pessoa era brilhante. Foi tratado como pessoa tendo posição, julgamento e foi amaldiçoado. Nome pessoal que se refere a personalidade.
h) Homicídio - Jo 8.44 - elemento de personalidade
i) Inimigo - At 13.10 – é pessoa para ser lançado no lago de fogo, Ap 20.10.
j) Maligno - I Jo 2.13, 14; 5.19
k) Mentiroso - Jo 8.44 - elemento de personalidade
l) Príncipe deste mundo - Jo 14.30; Ez 28.11-19; Jo 16.11; Judas 9 - elemento de personalidade.
m) Príncipe do poder dos ares - Ef 2.2 (Ef 6.12) - elemento de personalidade.
n) Satanás -52 vezes. Jó 1.6; 2.1; I Cr 21.1; Sal 109.6; Zc 3.1. Significa aquele que odeia, inimigo ou adversário. Satanás é uma pessoa tanto quanto aquelas com quem ele esteve (Jó, “filhos de Deus” e Deus Pai)
o) Serpente - Gn 3.1-6 (primeira menção)- representa a astúcia em ação
p) Tentador - Mt 4.1-11
2. As palavras associadas aos títulos de Satanás indicam atividades de uma pessoa real
a) Acusador - Ap. 12.10 - significa em grego: ser contra um na assembléia, reclamação na lei; espec. Satanás. (Strong's, #2725). Veja II Tm 3.3, “caluniadores” (difamar, vilificar, falar o que é falso) e I Pedro 3.16, “blasfemam” (insultar). Ver o exemplo em Jó 1.9-11; 2.4,5.
b) Apoderar (Mt 8.31)
c) Astuto - Gn 3.1 (II Co 11.3, “enganou com astúcia”), significa em grego: artimanha, artifício. (Strong's, #3834) Trata-se de uma manipulação hábil mas maliciosa.
d) Brilhar (II Co 11.14)
e) Cegar - II Co 4.4 (I Jo 2.11), significa em grego: fazer cego, ofuscar. Strong's (#5186)
f) Chegar, colocar, mostrar, dar - Mt 11.3,5,8,9
g) Cirandar como trigo - Lucas 22.31, significa em grego: perfurar, crivar, furar com tiros. Strong's (#4617)
h) Debilitar (Is 14.12)
i) Discordar (II Co 6.15)
j) Desejar – (Jo 8.44)
k) Enganar - Ap 20.7,8,10; 12.9 (13.14) - significa em grego: afastar-se da verdade, da segurança ou da virtude. Strong's Ver os usos em At 13.10, “cheio de todo o engano” que entende-se por truques (Strong's # 1388) e Ef 6.11, “ciladas”, que tem o en¬tendimento de andar por cima (Strong's #3180).
l) Entrar, Apoderar - Mt 8.31
m) Esbofetear - II Co 12.7 - significa em grego: bater com a mão fechada (para castigar, infligir dor). Strong's (#2852). Ver o exemplo em II Samuel 16.5-12.
n) Homicida - Jo 8.44 - significa em grego: matar homens. Strong's (#443). Ver Heb 2.14.
o) Impedir - I Ts 2.18 - significa em grego: impedir, atrasar, cortar para dentro. Strong's (#1465). Ver os exemplos em Gl 5.7 (espiritualmente - bater para não avançar, impedir; barreira #348) e Mt 9.32,33 (fisicamente).
p) Laço - I Tm 3.7 (II Tm 2.26) - significa em grego: armadilha, estratagema (tentação). Strong's (#3803) Compara com Ef 6.11, “ciladas”
q) Opor - Veja a pratica disso em Mt 13.39; Mar 4.15; Jo 13.27; II Pe 2.18. Opor-se a palavra e a pessoa de Deus.
r) Oprimir - At 10.38 - significa em grego: ter domínio contra. Strong's (#2616). Faz isso física, mental e espiritualmente.
s) Peca - I Jo 3.8 - significa em grego: pecado (errar o alvo). Strong's (#266)
t) Persuadir - Gl 5.8 - significa em grego: credulidade de; convencer; pacificar. Strong's (#3988). Ver o exemplo de Mt 28.14.
u) Perturbar - At 13.10 - significa em grego entortar, mal interpretar, corromper (moral) Strong’s #1294
v) Perturbar (At 13.10, Strong’s # 1294, entortar, interpretar mal, corromper moralmente)
w) Profere Mentira - Jo 8.44; Gn 3.4; (At 5.3). Por exemplo. II Co 11.14
x) Provocar Ciladas, Escandalizar (Mt 16.23; Ap 2.14; Strong’s #4625, armadilha, causar o desprezo)
y) Tentar - Mar 1.13 significa em grego: testar, atrair, seduzir, escrutar Strong's (#3985). Provar é permitir uma situação adversa onde se encontrar uma opção de decisão. Tentar é provocar uma decisão errada. (Aurélio). Essa palavra grega é usada em I Co 10.13 e Tg 1.13,14.
z) Tragar, Buscar (I Pedro 5.8);
43 - ANEXO III - ESCATOLOGIA
OS USOS DA PALAVRA “REINO” NO NOVO TESTAMENTO
Anexo III
Os Usos da Palavra “Reino” no Novo Testamento
Reino dos Céus:
Mt 3.2 E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
Mt 4.17 Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
Mt 5.3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Mt 5.10 Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Mt 5.19 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
Mt 5.20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
Mt 7.21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Mt 8.11 Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus;
Mt 10.7 E, indo, pregai, dizendo. É chegado o reino dos céus.
Mt 11.11 Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.
Mt 11.12 E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele.
Mt 13.11 Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;
Mt 13.24 Propós-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo;
Mt 13.31 Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo;
Mt 13.33 Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado.
Mt 13.44 Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
Mt 13.45 Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas;
Mt 13.47 Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes.
Mt 13.52 E ele disse-lhes: Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.
Mt 16.19 E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
Mt 18.1 Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos céus?
Mt 18.3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.
Mt 18.4 Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus.
Mt 18.23 Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
Mt 19.12 Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.
Mt 19.14 Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus.
Mt 19.23 Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus.
Mt 20.1 Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.
Mt 22.2 O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;
Mt 23.13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.
Mt 25.1 Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
Reino de Deus:
Mt 6.33 Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Mt 12.28 Mas, se eu expulso os demónios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.
Mt 19.24 E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
Mt 21.31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.
Mt 21.43 Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.
Mc 1.14 E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus,
Mc 1.15 E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.
Mc 4.11 E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas,
Mc 4.26 E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra.
Mc 4.30 E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos?
Mc 9.1 Dizia-lhes também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o reino de Deus com poder.
Mc 9.47 E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno,
Mc 10.14 Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus.
Mc 10.15 Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele.
Mc 10.23 Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
Mc 10.24 E os discípulos se admiraram destas suas palavras; mas Jesus, tornando a falar, disse-lhes: Filhos, quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus!
Mc 10.25 É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.
Mc 12.34 E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.
Mc 14.25 Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus.
Mc 15.43 Chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
Lc 4.43 Ele, porém, lhes disse: Também é necessário que eu anuncie a outras cidades o evangelho do reino de Deus; porque para isso fui enviado.
Lc 6:20 E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.
Lc 7.28 E eu vos digo que, entre os nascidos de mulheres, não há maior profeta do que João o Batista; mas o menor no reino de Deus é maior do que ele.
Lc 8.1 E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele,
Lc 8.10 E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros por parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam.
Lc 9.2 E enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos.
Lc 9.11 E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os recebeu, e falava-lhes do reino de Deus, e sarava os que necessitavam de cura.
Lc 9.27 E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que vejam o reino de Deus.
Lc 9.60 Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.
Lc 9.62 E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.
Lc 10.9 E curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus.
Lc 10.11 Até o pó, que da vossa cidade se nos pegou, sacudimos sobre vós. Sabei, contudo, isto, que já o reino de Deus é chegado a vós.
Lc 11.20 Mas, se eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o reino de Deus.
Lc 12.31 Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Lc 13.18 E dizia: A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei?
Lc 13.20 E disse outra vez: A que compararei o reino de Deus?
Lc 13.28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora.
Lc 13.29 E virão do oriente, e do ocidente, e do norte, e do sul, e assentar-se-ão à mesa no reino de Deus.
Lc 14.15 E, ouvindo isto, um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado o que comer pão no reino de Deus.
Lc 16.16 A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele.
Lc 17.20 E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.
Lc 17.21 Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.
Lc 18.16 Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus.
Lc 18.17 Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele.
Lc 18.24 E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
Lc 18.25 Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
Lc 18.29 E ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus,
Lc 19.11 E, ouvindo eles estas coisas, ele prosseguiu, e contou uma parábola; porquanto estava perto de Jerusalém, e cuidavam que logo se havia de manifestar o reino de Deus.
Lc 21.31 Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto.
Lc 22.16 Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus.
Lc 22.18 Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus.
Lc 23.51 Que não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros, de Arimatéia, cidade dos judeus, e que também esperava o reino de Deus;
Jo 3.3 Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Jo 3.5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
At 1.3 Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.
At 8.12 Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.
At 14.22 Confirmando os ánimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus.
At 19.8 E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus.
At 20.25 E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.
At 28.23 E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o reino de Deus, e procurava persuadi-los à fé em Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde a manhã até à tarde.
At 28.31 Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum.
Rm 14.17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
1Co 4.20 Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.
1Co 6.9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?
1Co 6.10 Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
1Co 15.50 E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.
Gl 5.21 Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
Cl 4.11 E Jesus, chamado Justo; os quais são da circuncisão; são estes unicamente os meus cooperadores no reino de Deus; e para mim têm sido consolação.
2Ts 1.5 Prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis;
“Meu Reino”
Lc 22.30 Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel.
Jo 18.36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
“Evangelho do Reino”
Mt 4.23 E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Mt 9.35 E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Mt 24.14 E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
Mc 1.14 E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus,
Lc 4.43 Ele, porém, lhes disse: Também é necessário que eu anuncie a outras cidades o evangelho do reino de Deus; porque para isso fui enviado.
Lc 8.1 E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele,
“Teu Reino”
Mt 6.10 Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
Mt 6.13 E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
Mt 20.21 E ele diz-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino.
Lc 11.2 E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.
Lc 23.42 E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.
Hb 1.8 Mas, do Filho, diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.
“Palavra do Reino”
Mt 13.19 Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho.
“Filhos do Reino”
Mt 8.12 E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Mt 13.38 O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno;
“Um Reino”
Mc 3.24 E, se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode subsistir;
Lc 19.12 Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois.
Hb 12.28 Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade;
“Reino de Meu Pai”
Mt 26.29 E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.
“Reino de Seu Pai”
“Mt 13.43 Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
“Seu Reino”
Mt 13.41 Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade.
Mt 16.28 Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.
Lc 1.33 E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.
1Ts 2.12 Para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.
2Tm 4.1 Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,
2Tm 4.18 E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém.
Ap 16.10 E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor.
“O Reino”
Mt 25.34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Lc 12.32 Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino.
Lc 19.15 E aconteceu que, voltando ele, depois de ter tomado o reino, disse que lhe chamassem aqueles servos, a quem tinha dado o dinheiro, para saber o que cada um tinha ganhado, negociando.
Lc 22.29 E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou,
At 1.6 Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
1Co 15.24 Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força.
Ap 12.10 E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.
“Reino de Cristo e de Deus”
Ef 5.5 Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.
“Reino do Filho”
Cl 1.13 O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor;
“Herdeiros do Reino”
Tg 2.5 Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?
“No Reino”
2Pe 1.11 Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Ap 1.9 Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.
Os Livros do Novo Testamento que Mencionam o Reino ou Assuntos Associados ao Reino
Mt 4.23; Mc 4.26; Lc 22.30; Jo 18.36; At 1.8; Rm 14.17; I Co 4.20; II Co 5.10; 6.16; Gl 5.21; Ef 6.5; Fp 2.16; Cl 4.11; I Ts 2.12; II Ts 1.5; I Tm 4.8; 6.19; II Tm 4.3; Tt 2.13; Hb 1.8; 12.28; Tg 2.5; I Pe 4.5; II Pe 1.11; I Jo 2.28; Jd 14,18,19; Ap 1.9
Mais do que Todos os Autores do Novo Testamento Mencionaram do Reino ou Sobre os Assuntos Associados ao Assunto
Mateus – Mt 4.23
Marcos – Mc 4.26
Lucas – Lc 22.30
João o Apóstolo – Jo 18.36; I Jo 2.28
Filipe – At 8.12
João Batista – Mt 3.2
Jesus – Mt 4.17
Paulo – At 20.25
Tiago – Tg 2.5
Pedro – II Pe 1.11
Judas – Jd 14, 18, 19
Autor: Pastor Calvin